#Documentário: Sin Embargo, uma Utopia acompanha o maestro Kleber Mazziero em viagem à Cuba

junho 07, 2024


Dirigido por Fabiana Parra, o documentário "Sin Embargo, uma Utopia" tem o maestro Kleber Mazziero como produtor executivo. O longa, que começou com um registro de um concerto, tornou-se, como explica o maestro, sobre a situação de Cuba.

O filme abre e encerra com ele próprio fazendo um apelo ao presidente e à vice-presidenta dos EUA para colocar um fim ao embargo do país a Cuba que já dura mais de 60 anos, e começou a passar por um relaxamento no governo de Barack Obama, mas voltou a ser irrestrito durante a presidência de Donald Trump. Assista ao trailer, abaixo:

"A ideia desses textos surgiu após vermos e vivermos as condições subumanas em que vivem os cubanos. Após vermos o joelho dos EUA sufocando o pescoço de onze milhões de pessoas por nada. Porque eles ousaram, um dia, acreditar que todos somos iguais, que todos somos comuns, que todos somos um. O texto foi escrito pela diretora do filme a quatro mãos comigo", relembra. 

Mazziero conta que o filme nasceu de um projeto pessoal, sobre a ida de um compositor brasileiro a Cuba, mas, aos poucos, foi ganhando outros contornos. "Deixou de ser um filme pessoal e se tornou um filme narrado desde uma perspectiva pessoal, eu até diria (em detrimento de minha participação no filme) personalista", diz o maestro. 

Durante dez dias em Cuba, Parra filmou mais de 15 horas de material, entre o concerto, imagens de cobertura, entrevistas e tomadas de lugares como o Conservatório Amadeo Roldán e a Escuela Internacional de Cine y TV, em San Antonio de los Baños.

"Cortar aquele material era como cortar parte da própria carne, pois queríamos mostrar tudo o que vimos e vivemos. No entanto, o enriquecimento que tivemos foi ainda maior do que a dificuldade”, explica a diretora. “Construímos um discurso cinematográfico que mesclou o aspecto histórico, o âmbito social e a instância emocional", resume.

Como maestro, Mazziero regeu e dirigiu três óperas, ao longo de sua carreira. Depois, foi para o teatro, montando onze peças, premiadas, e logo foi para o cinema com mais de 38 filmes - com títulos premiados em cinco continentes. 

"Desse modo, minha formação e experiência como maestro levou-me ao cinema. Agora: no âmbito discursivo, no uso dos recursos de linguagem, a música contribuiu fundamentalmente para me dar a noção precisa do tempo", define. "Cinema é a arte de esculpir o tempo. Nada melhor do que um maestro para controlar o tempo", conclui.




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Jornalista

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