#DicaCultural: Cine Humberto Mauro e Cine Santa Tereza, em BH, recebem festival de cinema

novembro 20, 2023


Entre os dias 23 de novembro e 03 de dezembro, Belo Horizonte recebe a 27ª edição do forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico, Fórum de Antropologia e Cinema. O evento, completamente gratuito, será realizado no Cine Humberto Mauro e no Cine Santa Tereza, além de contar com atividades online. A programação completa está disponível no site oficial do evento.

Neste ano, a programação conta com a exibição de 68 filmes, distribuídos em 04 mostras. Clique aqui para conferir a programação completa. Reunindo documentários realizados por mulheres durante o fim da ditadura militar e a redemocratização do Brasil, a mostra “Experimentações feministas - cinema, vídeo e democracia no Brasil (1970-1994)” conta com vídeos e filmes em película que apresentam um recorte das relações entre o audiovisual e os feminismos brasileiros. 

A Mostra Contemporânea Brasileira tem como intuito incentivar e mapear a produção audiovisual recente de filmes documentários e etnográficos, trazendo trabalhos finalizados nos últimos dois anos. Dos 350 filmes inscritos, 26 foram selecionados pela qualidade formal e temática.

A mostra-seminário "A Câmera é a Flecha, a Câmera é a Cesta: cinemas Krahô, Tupinambá, Kuikuro, Kaiabi e Guarani", pretende compartilhar com o público a diversidade de formas e narrativas indígenas que tem se desenvolvido nos últimos anos. Estarão presentes dez realizadores e realizadoras indígenas de diferentes povos originários. 

Por fim, as “Sessões Especiais”, apresentarão filmes selecionados pela curadoria do festival por associarem a pesquisa formal às questões contemporâneas.

A abertura do festival será no dia 23 de novembro, às 19h, no Cine Humberto Mauro. Haverá a exibição comentada do filme Yvy Pyte – Coração da Terra (Alberto Alvares e José Cury, Brasil/Paraguai, 2023) com a presença dos diretores e mediação de Paulo Maia, co-fundador e curador do festival. Haverá uma segunda sessão do filme dia 24 de novembro, às 19h, no Cine Santa Tereza. A exibição contará com acessibilidade (legendagem descritiva).

"A expectativa para a sessão de abertura é enorme. Eu tenho contato com o trabalho do Alberto e do José há muitos anos, pois tive o prazer de orientá-los na UFMG. E essa parceria entre eles caminha para completar 10 anos. O Alberto é reconhecido por ter um estilo muito próprio, no qual ele faz as suas pesquisas durante as andanças que faz pelas aldeias Guarani, nos Tekoa. E nesse filme, em especial, ele faz uma viagem de retorno à aldeia onde ele nasceu, onde o umbigo dele está enterrado. Ele tem uma carga emocional muito forte e ao mesmo tempo reconstitui um território dos povos Guarani que foi completamente ocupado pelos não-indígenas", explica Paulo Maia, co-fundador e curador do forumdoc.bh. 

O forumdoc.bh foi criado em 1997 com o objetivo de compartilhar filmes de difícil acesso nas salas de cinema convencionais, além de promover reflexão e formação crítica de público, fomentar a pesquisa e a qualificação da produção audiovisual em torno ao filme documentário e ao cinema mais inventivo que com ele dialoga.

Nos últimos anos, o festival tem apresentado uma produção potente para renovação e diversificação do filme documentário como forma expressiva de coletivos e segmentos sociais e étnico-raciais marginalizados, tais como: realizadores e realizadoras indígenas; os cinemas negros, cinemas queer, e os coletivos e autores e autoras de regiões de periferia. 

Para a organizadora e curadora do forumdoc.bh, Júnia Torres, uma das grandes conquistas do festival é a possibilidade de promover encontros entre os realizadores de filmes e o público, assim como o intercâmbio entre realizadores e realizadoras. 

“Uma das grandes conquistas do forumdoc.bh é a possibilidade de promover encontros entre os realizadores de filmes e o público e também entre os cineastas presentes, que podem refletir sobre seus processos de produção. São esses alguns dos motivos que nos diferenciam em um cenário em que a abrangência do streaming se torna cada vez maior. Trazemos produções recentes para Belo Horizonte, fomentando a produção documental, além de realizar ações de formação de público e reflexão a partir dos filmes exibidos. Estamos com uma edição incrível e diversa, com filmes de produção indígena, de novos realizadores e também clássicos. Esperamos que todos aproveitem”, explica.

O festival conta com incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura,  patrocínio do Itaú e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura / Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do patrocínio do UNI-BH. Conta ainda, com o apoio da Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro. A curadoria e a produção são assinadas por pesquisadores e integrantes do coletivo Filmes de Quintal e convidados.




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Jornalista

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