#Gastronomia: Queijos artesanais de Minas Gerais fomentam a rota de turismo gastronômico

maio 16, 2022


Quem aí gosta de uma boa fatia de queijo minas? Em 16 de maio é comemorado o Dia dos Queijos Artesanais de Minas Gerais, data que celebra uma das iguarias mais famosas em todo mundo e considerada um verdadeiro orgulho regional e nacional. Desde 2008, o modo artesanal da fabricação do queijo mineiro é considerado Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

Esse título atesta o valor do queijo minas artesanal como parte da identidade gastronômica e cultural do estado. Por tamanho significado, a iguaria tem um dia dedicado para celebrar sua importância. Instituída pela Lei Estadual 22.506/2017, a data escolhida para reconhecer a importância dos queijos artesanais de Minas Gerais diz respeito à história e tradição das receitas cultivadas e transmitidas de geração para geração.

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A importância dos pratos se dá em âmbito econômico, social e gastronômico, especialmente nas oito microrregiões que o produzem: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serras de Ibitipoca, Serro e o Triângulo Mineiro. Todos os anos, essas e outras localidades próximas recebem turistas dos quatro cantos do mundo interessados pelos diferentes tipos de queijos produzidos no estado mineiro e por todas as riquezas naturais e culturais que a região oferece.

Roteiro de viagem 

Com variadas opções de roteiros por fazendas, a fabricação do queijo mineiro atrai turistas gastronômicos com o objetivo de conhecer o dia a dia dos produtores. Entre as rotas do queijo muito procuradas no estado, destacam-se a Rota do Queijo Minas Artesanal do Triângulo Mineiro, englobando municípios como Araguari, Tupaciguara, Monte Carmelo e Uberlândia. 

Uma alternativa muito explorada é a Rota do Queijo da Canastra, um dos mais populares Brasil afora, que inclui as diversas fazendas da região da Serra da Canastra. A experimentação de diferentes tipos de queijos artesanais e o tour por todo o seu minucioso processo de produção inserem estes roteiros como parte importante do turismo em Minas Gerais.

Produção de queijos

Dos quintais do remoto Brasil colônia à referência internacional, a produção de queijos artesanais mineiros atualmente chega a 85 mil toneladas por ano, gerando emprego e renda para aproximadamente 30 mil famílias mineiras. A história do queijo feito de leite cru e sem pasteurização começou na época do Ciclo do Ouro, quando Minas Gerais ainda era uma capitania hereditária que atraia muitos portugueses.

Até os dias de hoje, os queijos mineiros ainda respeitam os tradicionais processos, realizados em pequenas propriedades por produtores da agricultura familiar. Cada uma delas produz, em média, 15,3 kg por dia. Esses produtores geram em torno de R$ 1,1 milhão por ano, contando todos os tipos de queijos artesanais.

Tipos de queijos artesanais

Além das oito microrregiões produtoras do queijo minas artesanal, outras se destacam pelos diferentes tipos de queijo que produzem, também de forma artesanal. São elas: Vale do Jequitinhonha, Serra Geral, Vale do Suaçuí, Alagoa, Mantiqueira de Minas e Requeijão Moreno. As características de cada queijo produzido nesses lugares são atribuídas a particularidades geográficas que marcam seus sabores únicos.

Essas influências vão desde o clima e das pastagens até a origem e o manejo dos rebanhos, aliados ao perfil do produtor, que determina o tipo de queijo produzido em cada lugar. Por exemplo, o Queijo Artesanal Cabacinha tem origem no Vale do Jequitinhonha e é feito com leite de vaca cru, massa aquecida, mas não pasteurizada, soro fermentado, retirado no final da mexedura da massa e reservado em temperatura ambiente. No dia seguinte, o queijo é moldado em forma de cabacinha.

Mas nem todos os queijos têm um processo de produção já definido, exemplo do queijo artesanal da Serra Geral, cuja forma de preparo ainda está em estudos. A iguaria é produzida em 17 municípios da Região Norte de Minas Gerais.






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Jornalista

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