#SegurançaDigital: Especialista traz orientações sobre como proteger seus dados e evitar crimes virtuais

fevereiro 04, 2021


Você sabe como proteger os seus dados na internet? O que fazer para evitar crimes virtuais? Muitas pessoas ainda têm essas dúvidas. Mas, calma! É possível navegar pela web de forma segura. O primeiro passo é incentivar a educação digital ainda na infância, conforme explica o coordenador do curso de Gestão de Startups e Empreendedorismo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter, Armando Kolbe Júnior.

"A Internet é um grande agente de tecnologia que permite a disseminação e troca de informações em tempo real. Por isso, devemos ficar atentos a alguns tópicos importantes para conversar com as crianças, como por exemplo, o perigo de contato com estranhos. Afinal, ensinamos isso às crianças em um ambiente offline e o mesmo princípio se aplica ao mundo digital", avalia Júnior.

Levando-se em consideração que nos próximos anos, principalmente com o advento do 5G, haverá o aumento do volume de dados e informações sensíveis que circularão pela internet, o professor questiona se estamos pensando em como proteger estes dados.

“Algumas boas práticas, como verificar os termos de uso e a política de privacidade da loja online e denunciar o cyberbullying, podem ajudar a garantir uma navegação mais segura. Além disso, datas como o Dia da Internet Segura (11/02), são iniciativas destinadas a conscientizar usuários e instituições sobre a importância do uso seguro, ético e responsável”, comenta o especialista.

Mais de 140 países estão sendo mobilizados para proteção de segurança online. Por exemplo, no Brasil, uma pesquisa realizada pelo Google com pais e professores mostrou que 91% dos professores precisam de mais recursos para ensinar segurança online de forma eficaz para crianças menores de 10 anos.

Os entrevistados estão mais preocupados com a privacidade, prevenindo o cyberbullying, evitando conteúdos inadequados, compartilhando informações com cuidado e evitando fraudes. Júnior lembra que “a conduta online pode expor crianças e jovens a estranhos mal-intencionados, mas não apenas os menores estão em risco. Os adultos geralmente são vítimas de golpes como phishing, vazamento de dados e abuso sexual”.

Por isso, para navegar pela web de forma segura, o especialista selecionou algumas dicas, que servem para adultos e crianças, do que não se deve fazer na Internet para tentar garantir a segurança. Confira: 

E-mails suspeitos

O e-mail é uma fonte poderosa de cibercriminosos e um dos principais canais de phishing. É importante ter cuidado com mensagens que parecem vir do seu banco e exigem uma alteração de senha, por exemplo, para avisá-lo sobre tentativas de cometer fraude na conta ou fornecer algum seguro grátis.

“Para verificar a precisão do e-mail, verifique o endereço do remetente e veja se a comunicação contém um anexo com a extensão .exe. Nesse caso, é provável que esses arquivos contenham vírus ou spyware. Não abra e exclua a mensagem imediatamente. Vale lembrar que neste tipo de golpe, os criminosos também recorrem a órgãos governamentais, policiais e judiciais”, afirma o professor.

Termos de Uso

Se você já se cadastrou em um site de comércio eletrônico, normalmente pula a leitura do texto descritivo em letras pequenas e marca diretamente a opção “Concordo com os termos e condições de uso”. Embora essa prática seja comum entre os usuários da Internet, é prejudicial à segurança

Isso porque esse documento funciona como um contrato entre o comprador e a loja virtual e é essencial para a segurança do empreendimento. Na “Política de Privacidade”, a empresa demonstra como tratar as informações privadas cadastradas pelos clientes em seu banco de dados. Essa regra também se aplica também a download de aplicativos ou registros de jogos ou redes sociais, ao clicar no site, expresse o valor de “Aceito”.

Autorização e privacidade

No ambiente on-line, respeitar a privacidade dos outros é uma atitude particularmente necessária. Se você quiser postar uma foto em que outras pessoas apareçam, certifique-se de que elas concordam com a publicação. Se o cadastro envolver crianças ou jovens, deve-se obter autorização do responsável. “Evite superexposição, tanto nossa como de nossos filhos. Nós inadvertidamente postamos fotos, vídeos e até locais de forma excessiva e abrimos informações pessoais”, comenta Armando Kolbe Júnior.

Violência virtual

Praticar cyberbullying significa usar espaços virtuais para ofender, intimidar ou assediar outras pessoas. Essa atitude é mais comum entre crianças e adolescentes e, se for interpretada como crime que prejudica a reputação do ambiente virtual, pode ser punida pela legislação brasileira. Uma maneira de conter essa violência virtual é por meio de relatórios. Para isso, é importante não só copiar o link da postagem abusada (pois o link pode ser excluído posteriormente), mas também tirar print (screenshots) do perfil e comentários do agressor e encaminhá-los às autoridades responsáveis. Outra opção é reportar a publicação na própria rede social.

Controle dos pais

Embora a atual geração de crianças e jovens tenha o título de “nativos digitais”, a supervisão dos pais ainda é essencial para garantir uma navegação segura. Nesse sentido, as ferramentas de controle dos pais podem ajudar os responsáveis ​​a proteger a privacidade das crianças.

Senhas fracas

A senha de segurança tem que ter preferencialmente mais de oito caracteres e combinar números e caracteres especiais. Criar uma senha forte o suficiente para um invasor não tem nada a ver com criatividade, nem estratégia. Use números aleatórios e caracteres especiais e evite palavras muito comuns ou strings numéricas, data de nascimento, nome de familiares, números sequenciais.

Além disso, também é importante adotar senhas diferentes para cada conta de e-mail, e-commerce e rede social que você visita regularmente. Se o site ou aplicativo oferecer opções, inclua a verificação em duas etapas em seu registro. “Este recurso foi desenvolvido para dificultar o acesso indevido: quando um usuário digita uma senha, o serviço relacionado automaticamente envia um PIN ou algum outro código para confirmar a identidade”, explica Armando Kolbe Júnior.




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