#Curiosidade: Dicas para começar 2021 com as contas no azul, sem dívidas e com organização financeira
janeiro 05, 2021Crédito: iStock / Reprodução. |
O ano de 2020 não foi nada fácil para as finanças da maioria dos brasileiros. O índice de desemprego chegou a 14,4% em outubro, o que representa a maior taxa desde 2012, atingindo 13,8 milhões. Com as contas no vermelho, é preciso planejamento para que 2021 entre no azul, sem dívidas e com organização financeira.
De acordo com dados de um estudo realizado pela QuiteJá, plataforma de renegociação de dívidas, com a participação de 1.400 usuários da plataforma, de todos os estados brasileiros, 47,7% dos respondentes possuem dívidas entre R$ 1.000,00 e R$ 5.000,00. Dentre elas, 24,7% têm entre 25 a 54 anos e 34,8% possuem idade entre 35 a 44 anos. Outro dado levantado pela pesquisa é que 81,4% dos respondentes possuem renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 3.000.
Com o início do ano, é comum a criação de metas e objetivos para colocar em prática. Uma das mais comuns é ser mais organizado com as finanças. No início do ano, uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostrava que guardar dinheiro era a principal meta financeira do brasileiro para 2020 (49%), mas a pandemia tirou esse foco.
Para colocar em prática a organização financeira em 2021, Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, dá algumas dicas de ouro. Confira:
1) Orçamento
Estabelecer um teto de gastos para as categorias de despesas mensais ajuda a economizar e evitar desperdícios. As áreas da saúde, moradia, transporte e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas. Com isso, separar uma quantia específica para usar com os gastos extras evita o consumo exagerado com itens desnecessários.
2) Necessidade
Fazer uma lista do que deseja comprar é um passo fundamental para a organização. Dividir os itens nas categorias: "quero" e "necessito", faz com que os produtos da segunda categoria tenham prioridade em relação aos da primeira. "Usar a técnica chamada "3 Ps e 1 Q" pode ser uma ótima opção. O consumidor tem que perguntar a si mesmo se realmente PRECISA do que ele quer adquirir, se ele pode PAGAR por aquilo, se o PREÇO está bom e se ele realmente QUER, evitando o impulso", afirma Larissa.
3) Organização
Um dos maiores problemas dos gastos com compras excessivas é a perda de controle por falta de organização. Roupas, calçados, livros e tudo aquilo que leva ao desejo do consumo, sempre devem estar muito bem organizados e visivelmente dispostos, assim você não esquecerá daquilo que já tem e não precisa comprar.
4) Cartão de crédito
Inicialmente, uma compra de valor baixo pode parecer inofensiva, mas o acúmulo de pequenos gastos pode comprometer o orçamento dos meses seguintes. Ao optar por pagamentos parcelados, inclua o valor da fatura no seu planejamento de compras. Mas, dê preferência por opções à vista, e evite ao máximo recorrer ao cheque especial.
5) Comparação de preços
Atualmente, com a ajuda da internet, pesquisar sobre a variação de preços de um mesmo produto pode render uma boa economia. Os valores podem variar das lojas físicas e on-line, além das multimarcas. Ficar atento aos cupons de desconto pode ser interessante também, pois um grande número de sites de compras, de quase todos os segmentos, oferece vouchers de descontos.
6) Corte de gastos
Em casos em que a renda mensal é menor ou próxima do total de gastos, a verificação de possíveis cortes é a melhor alternativa para evitar situações sufocantes em que a única saída seriam os empréstimos. Atividades de lazer e entretenimento de alto custo podem ser substituídas por opções mais baratas e até mesmo gratuitas. Além disso, conhecer e colocar em prática suas habilidades de forma criativa pode te ajudar a ganhar mais dinheiro.
7) Poupança
Guardar mensalmente uma parcela da renda total traz grandes benefícios, principalmente a longo prazo. A construção de uma poupança gera uma segurança maior dentro do planejamento financeiro. Uma maneira para estimular essa poupança é estabelecer metas e aplicar o dinheiro em algum investimento que proporcione rendimentos.
8) Reserva para emergências
Imprevistos acontecem a qualquer hora, por isso é primordial ter uma quantia guardada para situações extremas. A reserva de emergência pode variar dependendo de cada pessoa, porém, normalmente ela representa seis vezes o valor do custo médio mensal e é essencial para alcançar a tranquilidade financeira.
9) Anote tudo
O valor de um cafezinho pode parecer que não vai impactar as suas finanças, mas se você não tiver controle sobre os pequenos gastos que são feitos no dia a dia, pode ser que você não saiba como está gastando o seu dinheiro. Por isso, é importante encontrar uma maneira de se adaptar melhor para criar o hábito de registrar cada ganho e gasto que tem em seu cotidiano.
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Jornalista
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