#Curiosidade: O Gambito da Rainha reforça a importância da estratégia no jogo de xadrez

dezembro 04, 2020

Crédito: Netflix / Reprodução. 

Estrelada pela atriz anglo-argentina, Anya Taylor-Joy a minissérie "O Gambito da Rainha" (The Queen’s Gambit), da @NetflixBrasil, tem feito bastante sucesso entre a crítica e o público. Uma prova disso é que o interesse pelo @xadrezbrasil aumentou a procura pelo termo em 400% nas pesquisas do Google. Baseada no livro de mesmo nome, a série não é baseada em fatos reais, mas sim em uma obra de ficção publicada em 1983 por Walter Tevis.

Tanto a série, quanto livro, narram a vida da órfã Beth Harmon, uma menina de nove anos que descobre dois vícios em sua vida: o xadrez e as pílulas calmantes. Em mundo dominado por homens, Harmon se destaca pelas suas jogadas inteligentes no xadrez. Ela procura se tornar a maior jogadora do mundo, mas para isso ela precisa vencer a si mesma. Assista ao trailer:

Mas, o que pouca gente sabe é que a série quase virou um filme pelas mãos do diretor Allan Scott que, há 30 anos atrás, comprou os direitos do livro e queria levar a história para o cinema. 

A ideia de Scott era ter Heath Ledger como um dos diretores do longa e como ator ao lado de Ellen Page como a protagonista. Porém, com a morte de Ledger em 2008, o projeto foi engavetado e, anos depois, se tornando um dos programas mais assistidos da Netflix

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Xeque-mate

Com esportes e atividades em grupo suspensas devido à pandemia, cresce a procura por atividades que possam ser realizadas em casa e on-line. O xadrez é um desses casos, já que pode ser jogado on-line e ainda traz diversos benefícios para quem pratica. 

Entre os benefícios do xadrez para a aprendizagem está a melhora a memória, bem como a capacidade de concentração e do pensamento crítico. Além disso, o jogo favorece a integração já que não é importante a idade, nem a nacionalidade, nem sequer o idioma, na medida em que podem jogar crianças com jovens ou adultos e não é necessário ser um grande jogador para participar em torneios abertos.

De acordo com o professor de xadrez do Colégio Marista Santa Maria, Alberto Paulo Fedeszen Lapuch, tanto a versão de tabuleiro como o jogo on-line são bons exercícios para a mente. “Seja qual for o meio, o xadrez vai sempre trazer benefícios para o jogador”, afirma. 

“O jogo tradicional estimula a socialização e as amizades, mas no atual cenário, o mundo virtual permite jogar com pessoas do mundo inteiro. E especialmente durante a pandemia, é importante exercitar a mente e usar o tempo em casa para evoluir o pensamento estratégico e o xadrez é uma ótima alternativa para isso”, finaliza Lapuch.
Crédito: iStock / Reprodução. 

Para quem quiser começar a jogar on-line, a dica é sempre ficar atento à segurança. “Não usar o nome próprio em plataformas e tomar os mesmos cuidados que em outros ambientes virtuais e ter a supervisão dos pais é importante sempre”, explica Lapuch. Confira algumas dicas para começar a praticar o xadrez:

Mundo virtual

Existem diversas plataformas e aplicativos que ensinam a jogar xadrez. Eles oferecem facilidades como apresentar partidas e oponentes no seu nível de desenvolvimento, por exemplo. Além da facilidade de jogar em smartphones e tablets, que torna o esporte mais acessível. Se você não sabe jogar xadrez, mas quer aprender, assista ao vídeo abaixo:
 

Faça amigos

A prática do xadrez estimula a socialização e a formação de amizades. Seja um professor, um colega ou pessoas que apenas se encontram durante os jogos e torneios, o jogo tende a reunir pessoas que tem o esporte como hobby. 

Linguagem universal

Na internet, é possível jogar com pessoas do mundo inteiro, mesmo sem saber falar outros idiomas. “A linguagem do xadrez é universal. Desde brasileiros, até russos, japoneses ou australianos, todos os jogadores podem interagir e se conectar por meio dos tabuleiros virtuais”, explica o professor. 

Respeito mútuo

Acima de tudo, o xadrez é um jogo social. É preciso ter respeito com o outro jogador, empatia e resiliência para lidar com as diferentes situações e resultados. “Por mais que se esteja perdendo, não se deve abandonar um jogo, em respeito à outra pessoa”, comenta Lapuch. “Essa é uma lição valiosa que o xadrez nos traz, tanto no mundo virtual como no real. Saber perder e ganhar no tabuleiro nos prepara para muitas situações cotidianas”

Desenvolvimento

Aprender com a evolução do jogo é o que mantém o interesse de jogadores experientes em todo o mundo. Para Alberto Lapuch “Assim como na vida, o xadrez nos mostra que se perdemos uma partida, é preciso estudar mais, praticar e tentar novamente. E o mesmo acontece com as vitórias, pois nos mostra que é possível encarar desafios maiores”.

Concentração

Durante o jogo é preciso formular uma estratégia e reavaliá-la a cada jogada. Isso exige concentração e foco do jogador de uma maneira constante e ativa. Com a prática, essas características vão sendo incorporadas também nos estudos e na leitura, por exemplo.

Foco na inteligência

Aprender e praticar xadrez desenvolve e amplia conhecimentos, bem como a inteligência, e o pensamento. O jogo forma pensadores críticos e analíticos, do ponto de vista social e esportivo, além de ajudar na formação do caráter




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