#CaféEntrevista: Tony Ramos fala sobre o marcante trabalho como Miguel na novela Laços de Família

novembro 26, 2020

Crédito: Fábio Rocha / TV Globo. 

A parceria de Tony Ramos com Manoel Carlos começou em 1981, quando o ator viveu os gêmeos João Victor e Quinzinho, na novela Baila Comigo, da @redeglobo. Tony fez grande sucesso ao representar com perfeição duas personalidades bem diferentes. 

Depois ele atuou em mais quatro novelas do autor e cita Laços de Família como uma das melhores experiências. A paixão de Miguel por livros sem dúvida está entre as razões que tornaram o trabalho tão especial para o ator que, em 2020, completou duas décadas da primeira exibição. 

"Miguel reforçou meu amor pelos livros, pela boa música e frequentar uma livraria. Sempre gostei desse universo. O público comentava comigo na época que foi muito importante o incentivo à leitura e as questões difíceis vividas pela família do Miguel na trama", relembra o ator, que também integra o elenco de outro sucesso de Manoel Carlos, Mulheres Apaixonadas, atualmente exibida pelo @canalviva

Exibida atualmente no Vale a Pena Ver de Novo, na programação vespertina da TV Globo, Laços de Família é escrita por Manoel Carlos, com direção geral e de núcleo de Ricardo Waddington. Tocando em temas tão profundo e importantes, a trama que contribuiu para imortalizar o bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, como cenário de várias histórias, é considerada ainda atual não só pelo atores que participaram da história, como também para o publico. 

Para Tony Ramos, que interpretou o culto e charmoso Miguel, apaixonado por Helena, essa é uma marca do autor. “Você sempre vai encontrar um texto atemporal nas obras do Maneco. Ele tem essa característica de observar continuamente o cotidiano, como se estivesse olhando da janela e gravando a vida das pessoas”, analisa. 

Na entrevista abaixo, Tony Ramos relembra o trabalho em 'Laços de Família' e a importância dele em sua carreira. Acompanhe: 

1) O que o trabalho em Laços de Família representa na sua tão bem-sucedida e extensa carreira?

Maneco é mestre da crônica urbana, um grande observador do cotidiano, leitor voraz, um poeta muitas vezes e, principalmente, um amante da palavra e da nossa linda língua portuguesa. Miguel representa sua essência, foi um prazer enorme interpretá-lo. A preparação para o papel se deu através de inúmeras conversas com Maneco e um mergulho intenso no universo livreiro. O público sempre comentou comigo que foi muito importante o incentivo à leitura, além das questões complexas vividas pela família do Miguel.

2) Como está sendo a experiência de rever Laços de Família?

É sempre bom rever nossos trabalhos. Mas quantas vezes me surpreendo dizendo: poxa, eu acho que tal cena, hoje, faria diferente. Isso é típico do ator, sempre. O que é bom, para mim sempre é mais um aprendizado.
Crédito: Jorge Baumann / TV Globo. 

3) Quais as principais lembranças que guarda do período de gravações?

A integração de uma equipe adorável, desde nossa ida ao Japão, pois o início das gravações foi lá. Me marcaram também a emoção das cenas entre as personagens de Carolina Dieckmann e Vera Fischer e a família de Miguel com várias situações inesquecíveis.

4) O que mais te atraiu na personalidade do Miguel e sua trajetória na trama?

Miguel sempre teve um comportamento de muita justiça e surpresas em suas decisões. A família era o centro fundamental de sua vida e as cenas com o Flávio Silvino sempre eram muito emocionantes.

5) O que mais o motiva para dar vida a um novo personagem?

Sempre o texto. Onde podemos e devemos inquietar o espectador. Sou grato a cada momento nesses 57 anos de televisão. Minha caminhada com 140 personagens em TV, teatro e cinema são frutos de muito trabalho e perseverança.



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*Colaborou: Comunicação Globo.




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