#Podcast: Projeto Fiocruz no Ar alerta sobre os casos de sífilis e resistência a antibióticos entre jovens

fevereiro 19, 2020


Desde 2010, quando se tornou obrigatória a notificação de casos de sífilis no Brasil, os números demonstram um aumento persistente. O @minsaude divulgou em outubro de 2019, os dados de seu boletim epidemiológico, que atestam que entre 2017 e 2018, o número de casos, saltou de 59,1 por cada 100 mil habitantes, para 75,8, o que representa um aumento de 28,3%.

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, no período de 2010 a junho de 2019, foram notificados, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 650.258 casos de sífilis adquirida

A região Sudeste lidera com 53,5% dos casos, seguida das regiões Sul e Nordeste com, respectivamente, 22,1% e 12,9% dos casos. As regiões Centro Oeste (6,5%) e Norte (4,9%) fecham os dados. O documento do Ministério da Saúde explicita também que, de 2010 a 2018, 347.064 (40,6%) dos casos ocorreram em homens e 506.873 (59,4%) em mulheres.

A sífilis é considerada uma Infecção Sexualmente Transmitida (IST) e é causada pela bactéria Treponema pallidum. Uma das características da doença é que ela pode levar meses ou anos no organismo da pessoa infectada. 

Na fase primária, que pode durar entre duas e seis semanas, uma ferida que não dói, não arde e que desaparece de forma espontânea estando ou não sendo feito o tratamento, pode levar a falsa impressão de cura. 

Na segunda fase, manchas pelo corpo – nestas fases iniciais é que ocorre o maior risco de contágio. Sem tratamento, a bactéria pode “adormecer” no organismo entre dois a 40 anos do início da infecção, e aí, ao “acordar”. 

O tratamento é por meio do antibiótico penicilina benzatina, popularmente conhecida por benzetacil, que ajuda a curar a doença. O tratamento é fundamental para o restabelecimento da saúde do paciente. O uso inadequado do antibiótico pode causar a resistência a ele e dificultar o tratamento. 

E a sífilis não curada leva a riscos como infecção por HIV, problemas neurológicos e nas artérias e vasos sanguíneos, de visão e até demência. Para as gestantes, a sífilis pode causar complicações na gravidez, inclusive aborto e problemas no feto como surdez, cegueira ou má formação, dentre outros.

Para falar sobre essa IST, o Projeto Fiocruz no Ar ouviu o médico e professor adjunto do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gabriel Osanan, que explica os riscos do não tratamento da doença. Ouça o podcast:


Projeto Fiocruz no Ar

A iniciativa produz podcasts para serem distribuídos para rádios interessadas em veicular (gratuitamente) informação de qualidade, tendo como referência a expertise de 120 anos da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), do Ministério da Saúde

A distribuição do material também é feita pelo Whatsapp, para que a informação chegue a um maior número de pessoas. O Projeto é uma iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), da Fundação Oswaldo Cruz/Ministério da Saúde.




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