#FANBH: 10ª edição do Festival de Arte Negra de BH abre espaço para diversas atrações culturais

novembro 06, 2019


De 18 a 24 de novembro, Belo Horizonte (MG) será palco da 10ª edição do Festival de Arte Negra (FAN-BH), um evento dedicado à valorização e à difusão da arte negra, englobando áreas da música, artes cênicas, cinema, moda, artes visuais, performance e literatura de matriz africana. Todas as atrações são gratuitas, com opções para todas as idades. O eixo de reflexão é "Território Memória". 

Com periodicidade bienal, o @festivalartenegra compreende uma ampla programação cultural, marcada pela diversidade de linguagens artísticas e pela participação de artistas, grupos e pesquisadores da arte e da cultura negra

Desde 1995, atua como um importante instrumento para valorização de manifestações culturais diversas, impulsionando a formação da rede de um mercado local e fomentando a inserção de artistas da cidade em variados nos circuitos culturais.

Ao longo de sua trajetória, o festival tem se consolidado como um importante fórum de encontro entre artistas locais, nacionais e internacionais para compartilhar ideias, procedimentos e técnicas sobre a Arte Negra
Crédito: Ricardo Laf / Reprodução. 

Além das atrações culturais, o #FANBH também promoverá 13 atividades formativas que abordam temas como a história da África pré-colonial, a luta antirracista, dramaturgia, música, cinema, empreendedorismo negro, criatividade e moda. Os convidados e convidadas que irão ministrar as atividades vêm de cinco estados diferentes e também do exterior. 

As ações formativas e reflexivas da #FANBH são concebidas para dialogarem com o resto do festival, porém a partir de uma perspectiva autônoma. As inscrições para oficinas, cursos, aulas públicas e residência estão abertas, de forma gratuita, pelo site do festival.

Uma novidade desse ano é a inclusão da cultura indígena na programação, como por exemplo no seminário “Jardins do Sagrado, Cultivando Insabas que Curam”, que terá entre suas discussões a dificuldade de acesso à plantas por comunidades tradicionais indígenas e de terreiro, entre os dias 21 e 22 de novembro, no Centro Cultural da UFMG.

Serão objetos de discussão do Seminário: como estabelecer mecanismos e instrumentos que salvaguardem as práticas culturais indígenas e de terreiro no meio urbano? Como promover o diálogo necessário entre os diversos grupos sociais que dão aos territórios sentidos e apropriações diversas? Como promover a confluência de saberes capazes de produzir novos conhecimentos e novas formas de conviver e compartilhar as áreas verdes da cidade?
Crédito: Filipe Frazão / iStock. 
O Seminário faz parte do projeto que integra a Política de Patrimônio Cultural do Município e busca proteger, divulgar e apoiar os saberes ancestrais dos povos tradicionais na utilização cultural das plantas. Com isso destaca-se não só a importância em si desses saberes, mas também a sua condição de memória a ser referenciada e incentivada como parte integrante da história de nossa população.

“O projeto Jardins do Sagrado é uma ação que amplia e fortalece a política de salvaguarda do patrimônio imaterial de Belo Horizonte. Já o FAN-BH é um festival que tem como foco as contribuições de matrizes africanas e das diásporas na formação da cultura brasileira. Esse encontro é espaço fundamental para as discussões propostas e para a afirmação, a valorização e a celebração das manifestações tradicionais”, afirma a presidenta da Fundação Municipal de Cultura de BH, Fabíola Moulin.


SERVIÇO

Seminário “As cidades e o sagrado dos povos tradicionais: território, identidades e práticas culturais”
21 e 22 de novembro, no Centro Cultural da UFMG, de 9h às 18h 
Av. Santos Dumont, 174 - Centro. 
Entrada gratuita, inscrições no site: www.fan.pbh.gov.br/seminario


Pisada de Caboclo
23 de novembro, no Parque Lagoa do Nado – Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional, de 9h30 às 13h
Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904 – Itapoã / Belo Horizonte
Entrada gratuita, participação livre.




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