#CrimeAmbiental: Rio Paraopeba pede socorro após o rompimento da barragem em Brumadinho

fevereiro 02, 2019

Crédito: Agência EBC / Reprodução. 

O rompimento da barragem de rejeitos de minério da Vale, em Brumadinho (MG), completou uma semana. Apesar das autoridades não se cansarem de repetir que o foco nesse momento é o resgaste de pessoas desaparecidas ou tragadas pela lama tóxica, nada foi feito de forma efetiva em relação ao reparo de danos socioambientais. Com se uma coisa dependesse da outra. O que não é verdade.

Enquanto os executivos da @ValeNoBrasil e os governos estadual, municipal e federal não chegam a uma conclusão de como iniciar os trabalhos de recuperação socioambiental, o Rio Paraopeba segue todo contaminado, afetando não só os povos ribeirinhos, como aldeias indígenas e produtores rurais. Além disso, o rio que foi contaminado pela lama tóxica e metais pesados era utilizado pela captação da @CopasaMG para abastecimento de água da Grande Belo Horizonte. 

Com isso, outros cursos da água foram usados para a captação, o que pode provocar um possível desabastecimento ou falta de água em algumas regiões, como já está acontecendo em Pará de Minas. E isso parece ser ignorado completamente. Só após uma semana após o rompimento é que a Vale resolveu instalar uma barreira para conter os rejeitos de minério no rio. Mais do que afetar a economia de Brumadinho e ter desabrigado dezenas de famílias, essa tragédia pode ter um impacto social e econômico muito maior a longo prazo, se as autoridades não tomarem uma atitude e serem menos demagogas.

Até o fechamento desta edição, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais contabilizou 121 mortos, sendo 94 deles identificados; 226 desaparecidos; 395 pessoas localizadas. É claro que todos nós somos sensíveis à tragédia humana que se abateu na cidade. Vidas humanas importam sim, claro. Mas não podemos ignorar a necessidade de se fazer algo urgente pelo meio ambiente. Minas Gerais não pode perder mais um rio para os rejeitos de minério, como aconteceu com o Rio Doce. O Rio Paraopeba também pede socorro. 

Abaixo, confira o programa "Conexão Repórter" especial sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho:








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