#CineOP: 12ª edição debate a importância da preservação digital do cinema brasileiro
junho 12, 2017Foto: Leo Lara / Universo Produção. |
Nos dias 21 a 26 de junho, a cidade histórica de Ouro Preto é palco da 12ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. Além da Mostra e os debates da temática histórica, também serão realizados o 12º Seminário do Cinema Brasileiro: Fatos e Memória; o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros, e o Encontro da Educação: IX Fórum da Rede Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual.
O Seminário acontece nos auditórios do Centro de Artes e Convenções, um dos locais de realização do evento, e as inscrições devem ser realizadas pelo site oficial da Mostra até o dia 14 de junho. Vagas limitadas.
O eixo em discussão será Emergências Digitais na Temática Preservação; Quem conta a história? Olhares e identidades no cinema brasileiro, na Temática Histórica; e Emergências Ameríndias, na Temática Educação; considerando que um dos maiores problemas da sociedade brasileira é o acesso aos bens culturais por ela mesma produzidos.
O tema coloca em evidência a necessidade de criar os instrumentos adequados para a prática das virtudes da arte cinematográfica e amplia o diálogo e a reflexão sobre preservação, história e educação aplicadas à produção audiovisual brasileira.
Ao todo serão promovidos 20 debates com a participação de 90 convidados do audiovisual, acadêmicos, pesquisadores, historiadores, críticos de cinema e três convidados internacionais da Chile, Argentina e México, que vão colaborar com suas experiências, reflexões e propostas sobre as questões centrais das temáticas desta edição atraindo a participação de interessados e do público em geral.
“Preservadores e educadores vêm buscando uma participação maior e mais ativa no que concerne ao diálogo com os pares, com a universidade, com a sociedade e com o Estado, e a CineOP se colocou desde o início como um espaço para a aproximação dos diferentes agentes e para o incentivo de um trabalho em comum, com vistas a uma mudança significativa nas duas áreas”, afirma a coordenadora do evento e diretora da Universo Produção, Raquel Hallak.
Preservação
O 12º Encontro Nacional de Arquivos terá dois eixos de discussões - a preservação do patrimônio audiovisual digital sob a ótica das mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios e a apresentação do Plano Nacional de Preservação Audiovisual.
A proposta é colocar em pauta questões emergenciais sobre a preservação do conteúdo digital e as soluções encontradas para o gerenciamento da volumosa produção de conteúdo e os desafios para o desenvolvimento de repositórios para a conservação de documentos audiovisuais, além do depósito legal de obras financiadas com recursos públicos, e das estratégias de preservação de obras de produção independente num país em que, estima-se, 40% das obras audiovisuais já tenha sido perdidas.
O Plano Nacional de Preservação também ganha destaque na programação da 12ª CineOP. O documento é fruto dos Encontros Nacionais de Arquivos e Acervos Audiovisuais, que ocorrem anualmente durante a CineOP. Participaram da elaboração do Plano os membros da ABPA – Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (entidade fundada na 3ª CineOP – 2008) e preservadores audiovisuais de todo Brasil, com o propósito de trazer uma contribuição madura e diretrizes para o exercício e sobrevivência do setor.
Nesta edição, serão promovidos encontros, debates e diálogos com a participação de profissionais que integram a cadeia produtiva do audiovisual – uma oportunidade de ampliar vozes e ações em defesa do patrimônio audiovisual brasileiro, ao mesmo tempo, em que se pretende contribuir para a construção de uma política pública para o setor.
O debate inaugural, que acontece na sexta-feira, dia 23 de junho, terá como tema “Plano Nacional de Preservação”. Estarão reunidos a professora Anita Leandro, da UFRJ; o professor UFsCar e membro do Conselho da Cinemateca Brasileira, Arthur Autran; o presidente da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), Carlos Roberto de Souza; a secretária do Audiovisual, Mariana Ribas; e o pesquisador Ruy Gardnier; sob mediação da curadora Ines Aisengart Menezes.
No sábado, 24 de junho, serão realizados os debates “Mudanças tecnológicas, oportunidade e desafios: preservação audiovisual digital” e “Mudanças tecnológicas, oportunidade e desafios: documentos correlatos e valorização de coleções”.
O primeiro refletirá sobre as soluções encontradas para o gerenciamento da volumosa produção de conteúdo em âmbito de produtoras, dos desafios para o desenvolvimento de repositórios para a conservação de documentos audiovisuais, além do depósito legal de obras financiadas com recursos públicos e das estratégias de preservação de obras de produção independente.
Já o segundo tratará do processo de preservação dos documentos que acompanham as diferentes etapas de produção e recepção das produções, como notas, storyboards, roteiros, releases de imprensa, entrevistas, fotografias, cartazes etc, peças fundamentais para a compreensão e contextualização das obras audiovisuais.
A experiência internacional na área de preservação será compartilhada no domingo, 25 de junho, com a presença de Andrés Levinson, preservador audiovisual do Museo Del Cine de Buenos Aires, e Tzutzumatzin Soto, chefe do Departamento de Acervo Videográfico e Iconográfico da Cineteca Nacional do México. O tema do encontro será “Mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios: a experiência latino-americana na preservação audiovisual”, e serão debatidas as vivências e iniciativas que vêm sendo realizadas por diferentes instituições do continente.
Na segunda, 26 de junho, serão realizados os debates “Mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios: midiativismo”, que convida a uma reflexão sobre os desafios da produção e preservação das imagens em movimento produzidas por indivíduos e/ou coletivos neste âmbito; e “Mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios: jogos eletrônicos, mídia-arte e cinema expandido”, que estende a definição de patrimônio audiovisual para outras mídias e práticas, muitas vezes de natureza híbrida e complexa.
Dois debates reunirão as temáticas Preservação, História e Educação: “Quem conta a história? Olhares e identidades no cinema brasileiro”, na sexta, 23 de junho, com discussões sobre representação e representatividade; e “O passado e o presente: uma perspectiva história e política do olhar”, no domingo, 25 de junho, que discutirá os valores, costumes e perspectivas de um passado e suas ressignificações no tempo presente.
A Temática Preservação contempla ainda a realização do workshop internacional “Os meios digitais e a preservação do patrimônio audiovisual – O projeto da cinemateca virtual do Chile”, que abordará o projeto pioneiro conduzido pela Cineteca Universidad de Chile de disponibilização em ambiente virtual de parte do patrimônio cinematográfico chileno.
O Seminário acontece nos auditórios do Centro de Artes e Convenções, um dos locais de realização do evento, e as inscrições devem ser realizadas pelo site oficial da Mostra até o dia 14 de junho. Vagas limitadas.
O eixo em discussão será Emergências Digitais na Temática Preservação; Quem conta a história? Olhares e identidades no cinema brasileiro, na Temática Histórica; e Emergências Ameríndias, na Temática Educação; considerando que um dos maiores problemas da sociedade brasileira é o acesso aos bens culturais por ela mesma produzidos.
O tema coloca em evidência a necessidade de criar os instrumentos adequados para a prática das virtudes da arte cinematográfica e amplia o diálogo e a reflexão sobre preservação, história e educação aplicadas à produção audiovisual brasileira.
Ao todo serão promovidos 20 debates com a participação de 90 convidados do audiovisual, acadêmicos, pesquisadores, historiadores, críticos de cinema e três convidados internacionais da Chile, Argentina e México, que vão colaborar com suas experiências, reflexões e propostas sobre as questões centrais das temáticas desta edição atraindo a participação de interessados e do público em geral.
“Preservadores e educadores vêm buscando uma participação maior e mais ativa no que concerne ao diálogo com os pares, com a universidade, com a sociedade e com o Estado, e a CineOP se colocou desde o início como um espaço para a aproximação dos diferentes agentes e para o incentivo de um trabalho em comum, com vistas a uma mudança significativa nas duas áreas”, afirma a coordenadora do evento e diretora da Universo Produção, Raquel Hallak.
Preservação
O 12º Encontro Nacional de Arquivos terá dois eixos de discussões - a preservação do patrimônio audiovisual digital sob a ótica das mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios e a apresentação do Plano Nacional de Preservação Audiovisual.
A proposta é colocar em pauta questões emergenciais sobre a preservação do conteúdo digital e as soluções encontradas para o gerenciamento da volumosa produção de conteúdo e os desafios para o desenvolvimento de repositórios para a conservação de documentos audiovisuais, além do depósito legal de obras financiadas com recursos públicos, e das estratégias de preservação de obras de produção independente num país em que, estima-se, 40% das obras audiovisuais já tenha sido perdidas.
Foto: Alexandre C. Mota / Universo Produção. |
O Plano Nacional de Preservação também ganha destaque na programação da 12ª CineOP. O documento é fruto dos Encontros Nacionais de Arquivos e Acervos Audiovisuais, que ocorrem anualmente durante a CineOP. Participaram da elaboração do Plano os membros da ABPA – Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (entidade fundada na 3ª CineOP – 2008) e preservadores audiovisuais de todo Brasil, com o propósito de trazer uma contribuição madura e diretrizes para o exercício e sobrevivência do setor.
Nesta edição, serão promovidos encontros, debates e diálogos com a participação de profissionais que integram a cadeia produtiva do audiovisual – uma oportunidade de ampliar vozes e ações em defesa do patrimônio audiovisual brasileiro, ao mesmo tempo, em que se pretende contribuir para a construção de uma política pública para o setor.
O debate inaugural, que acontece na sexta-feira, dia 23 de junho, terá como tema “Plano Nacional de Preservação”. Estarão reunidos a professora Anita Leandro, da UFRJ; o professor UFsCar e membro do Conselho da Cinemateca Brasileira, Arthur Autran; o presidente da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), Carlos Roberto de Souza; a secretária do Audiovisual, Mariana Ribas; e o pesquisador Ruy Gardnier; sob mediação da curadora Ines Aisengart Menezes.
No sábado, 24 de junho, serão realizados os debates “Mudanças tecnológicas, oportunidade e desafios: preservação audiovisual digital” e “Mudanças tecnológicas, oportunidade e desafios: documentos correlatos e valorização de coleções”.
O primeiro refletirá sobre as soluções encontradas para o gerenciamento da volumosa produção de conteúdo em âmbito de produtoras, dos desafios para o desenvolvimento de repositórios para a conservação de documentos audiovisuais, além do depósito legal de obras financiadas com recursos públicos e das estratégias de preservação de obras de produção independente.
Já o segundo tratará do processo de preservação dos documentos que acompanham as diferentes etapas de produção e recepção das produções, como notas, storyboards, roteiros, releases de imprensa, entrevistas, fotografias, cartazes etc, peças fundamentais para a compreensão e contextualização das obras audiovisuais.
A experiência internacional na área de preservação será compartilhada no domingo, 25 de junho, com a presença de Andrés Levinson, preservador audiovisual do Museo Del Cine de Buenos Aires, e Tzutzumatzin Soto, chefe do Departamento de Acervo Videográfico e Iconográfico da Cineteca Nacional do México. O tema do encontro será “Mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios: a experiência latino-americana na preservação audiovisual”, e serão debatidas as vivências e iniciativas que vêm sendo realizadas por diferentes instituições do continente.
Foto: Alexandre C. Mota / Universo Produção. |
Na segunda, 26 de junho, serão realizados os debates “Mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios: midiativismo”, que convida a uma reflexão sobre os desafios da produção e preservação das imagens em movimento produzidas por indivíduos e/ou coletivos neste âmbito; e “Mudanças tecnológicas, oportunidades e desafios: jogos eletrônicos, mídia-arte e cinema expandido”, que estende a definição de patrimônio audiovisual para outras mídias e práticas, muitas vezes de natureza híbrida e complexa.
Dois debates reunirão as temáticas Preservação, História e Educação: “Quem conta a história? Olhares e identidades no cinema brasileiro”, na sexta, 23 de junho, com discussões sobre representação e representatividade; e “O passado e o presente: uma perspectiva história e política do olhar”, no domingo, 25 de junho, que discutirá os valores, costumes e perspectivas de um passado e suas ressignificações no tempo presente.
A Temática Preservação contempla ainda a realização do workshop internacional “Os meios digitais e a preservação do patrimônio audiovisual – O projeto da cinemateca virtual do Chile”, que abordará o projeto pioneiro conduzido pela Cineteca Universidad de Chile de disponibilização em ambiente virtual de parte do patrimônio cinematográfico chileno.
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