Agência Pública promove debate sobre o fortalecimento da "Comunicação Pública" no Brasil
outubro 01, 2016Mauricio Stycer, Ricardo Melo e Tereza Cruvinel durante debate na Casa Pública, da Agência Pública. Foto: Mariana Simões / Reprodução. |
“A comunicação pública no Brasil foi ferida de morte”. Assim o jornalista Ricardo Melo define a dança das cadeiras que o tirou, o recolocou e o afastou em definitivo da presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) por meio de uma medida provisória (MP) do governo golpista de Michel Temer. A mesma MP extinguiu o conselho curador da empresa e foi seguida pela demissão de 30 funcionários.
Escolhido pela então presidente Dilma Rousseff para presidir a estatal responsável pelas emissoras de TV e rádio e pelo portal de notícias do governo federal, Melo teve o mandato de quatro anos interrompido com apenas duas semanas de exercício do cargo.
Foi substituído por Temer pelo jornalista Laerte Rímoli, ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aécio Neves na eleição presidencial de 2014 e diretor de comunicação da Câmara dos Deputados durante a gestão de Eduardo Cunha.
Ricardo Melo, a ex-presidente da empresa e criadora da TV Brasil, Tereza Cruvinel (2007-2011), e o colunista de televisão do UOL Mauricio Stycer participaram de debate sobre os rumos da comunicação pública no Brasil sediado na Casa Pública, com mediação da jornalista Marina Amaral, codiretora da Agência Pública, no último dia 24 de outubro.
Para Stycer, o decreto assinado por Michel Temer alterando a estrutura da estatal ressaltou a relevância da EBC entre os meios de comunicação do país. “O fato de uma das primeiras medidas do governo Temer ter sido o afastamento do Ricardo deixou bastante clara a importância da EBC”, afirmou o colunista.
Melo sublinhou que a interrupção do seu mandato extrapola os limites da empresa: “O problema não é a EBC nem o Ricardo Melo. É uma questão que tem a ver com ambiente político geral”, afirmou.
“O que estamos vendo hoje é um retrocesso em toda a linha dos direitos democráticos e sociais do Brasil: retrocesso em direitos trabalhistas, retrocesso em direitos da saúde, retrocesso em direitos educacionais, tentativa de anistiar os políticos envolvidos na questão do caixa 2… A comunicação pública, nesse contexto, é um empecilho. Se a sociedade não amadurece democraticamente, não há espaço para a comunicação pública”, completa.
» Clique aqui e confira a reportagem completa na Agência Pública.
Escolhido pela então presidente Dilma Rousseff para presidir a estatal responsável pelas emissoras de TV e rádio e pelo portal de notícias do governo federal, Melo teve o mandato de quatro anos interrompido com apenas duas semanas de exercício do cargo.
Foi substituído por Temer pelo jornalista Laerte Rímoli, ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aécio Neves na eleição presidencial de 2014 e diretor de comunicação da Câmara dos Deputados durante a gestão de Eduardo Cunha.
Ricardo Melo, a ex-presidente da empresa e criadora da TV Brasil, Tereza Cruvinel (2007-2011), e o colunista de televisão do UOL Mauricio Stycer participaram de debate sobre os rumos da comunicação pública no Brasil sediado na Casa Pública, com mediação da jornalista Marina Amaral, codiretora da Agência Pública, no último dia 24 de outubro.
Para Stycer, o decreto assinado por Michel Temer alterando a estrutura da estatal ressaltou a relevância da EBC entre os meios de comunicação do país. “O fato de uma das primeiras medidas do governo Temer ter sido o afastamento do Ricardo deixou bastante clara a importância da EBC”, afirmou o colunista.
Melo sublinhou que a interrupção do seu mandato extrapola os limites da empresa: “O problema não é a EBC nem o Ricardo Melo. É uma questão que tem a ver com ambiente político geral”, afirmou.
“O que estamos vendo hoje é um retrocesso em toda a linha dos direitos democráticos e sociais do Brasil: retrocesso em direitos trabalhistas, retrocesso em direitos da saúde, retrocesso em direitos educacionais, tentativa de anistiar os políticos envolvidos na questão do caixa 2… A comunicação pública, nesse contexto, é um empecilho. Se a sociedade não amadurece democraticamente, não há espaço para a comunicação pública”, completa.
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