Mostra Inova Minas apresenta ao público pesquisas em agronegócios, robótica e cultura maker
agosto 04, 2016
A Mostra Inova Minas, que
vai ser realizada a partir desta sexta-feira (05/08) no Circuito Cultural da
Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, vai apresentar ao público resultados dos
investimentos da Fapemig voltados para a inovação em agronegócios, robótica e cultura maker (faça você mesmo).
Em
três oficinas gratuitas, especialistas vão ministrar degustações comentadas
sobre as pesquisas em olivicultura, vitivinicultura e cafeicultura que
resultaram na produção de tecnologias que viabilizaram a fabricação em solo
mineiro de azeite extravirgem de qualidade, vinhos finos e cafés especiais.
» Clique
aqui para acessar a programação completa do Inova Minas.
“A mostra vai ser realizada em um local agradável e
naturalmente muito frequentado, a Praça da Liberdade, porque nos interessa o
fácil acesso ao público em geral. Fica muito próxima às pessoas, que poderão assim
se deparar com a ciência, a tecnologia e a inovação feita em Minas e se
emocionar, trocar ideias, compreender com mais profundidade os fenômenos e os
avanços”, enfatiza o presidente da Fapemig, Evaldo Vilela.
Inovação no campo
Um dos destaques da programação é a
oficina de olivicultura. O pesquisador da Epamig Luiz Fernando de Oliveira,
também coordenador do Núcleo Tecnológico Azeitona e Azeite, vai ministrar a
degustação comentada e falar sobre a história da olivicultura no Brasil, com
ênfase para os estudos que são empreendidos na região da Mantiqueira, no Sul de
Minas Gerais, desde 1975.
“Queremos mostrar para a sociedade que o dinheiro
investido na olivicultura já está dando resultado e que já existem produtores.
Não queremos competir em termos quantitativos com Chile, Itália, Espanha e
Portugal. Estamos focados na qualidade, que é compatível com os melhores
produtores do planeta, comprovado por especialistas do Brasil e do mundo”, salienta Luiz Fernando.
Durante a oficina o pesquisador
também vai esclarecer como funcionam os testes sensoriais para a classificação
do azeite. Após as explicações, o público presente vai simular a classificação
de dois tipos de azeite, um mais suave e outro mais forte, ambos produzidos em
Minas Gerais, na região da Mantiqueira, que possui o clima frio adequado para o
cultivo da oliveira.
“Vamos mostrar que existe diferença entre os azeites e de
onde vêm essas diferenças sensoriais. Uns são mais suaves, outros mais amargos
ou picantes, por exemplo. Depois vamos mostrar como é feita a classificação,
que atributos são observados. Vamos esclarecer um pouco o universo do azeite”, comenta Luiz Fernando.
De acordo com o pesquisador,
atualmente existem na região mais de 700 mil oliveiras plantadas e mais de 100
produtores. Um deles é Neide Maria Batista Soares, do município de Maria da Fé.
Ela produz azeite há 11 anos e vê o negócio prosperar. De 2008 a 2016 o crescimento da produção na região
é de cerca de 20% ao ano.
“Foi através de uma apresentação na Epamig que me interessei
pelo tema. Estamos evoluindo bastante, bem como a procura das pessoas. Comecei
com mil mudas e depois plantei mais 1.300 que vão dar frutos até 2018”, conta a produtora. Nos últimos dez anos, o consumo de azeite no
Brasil passou de 20 milhões para 74 milhões de litros.
Imersão na robótica
A oficina de programação, por sua
vez, pretende aproximar as pessoas do mundo da robótica. Em um ambiente de
laboratório, cada participante vai aprender a desenvolver o código de um
programa e interagir com o resultado obtido. Haverá atividades de desenvolvimento
de código para controle de robôs autônomos numa arena de competição virtual e
desenvolvimento de aplicativos diversos. Tudo feito de uma maneira simplificada
para que qualquer pessoa possa participar.
Foto: Senai / Divulgação. |
“A oficina vai ensinar a programar de uma maneira simples.
Teremos robôs virtuais, tanques de guerra em uma arena virtual. Cada
participante vai programar o tanque e vence o que for melhor programado. Antes,
vai ter toda explicação para que todos os alunos possam entender. A ideia é
atrair as pessoas”, ressalta o professor do
Departamento de Computação do Cefet-MG e responsável pela atividade, Sandro
Renato Dias.
No espaço também vai acontecer o
Torneio de Robótica, cuja ideia é demonstrar a aplicação da robótica na
construção do robô. São duas modalidades, conforme esclarece Sandro Dias. “No Seguidor de Linha o robô tem que
percorrer a pista de forma autônoma. Ele tem que identificar onde estão as
curvas e as paradas. No Sumô vence o robô que conseguir empurrar o outro para
fora da arena de forma autônoma”, explica o professor.
Yuri Bruno Fernandes dos Santos,
estudante de Engenharia de Computação do Cefet-MG, participou da montagem dos
robôs que estarão disponíveis no evento. O estudante espera que, assim como
ele, outros jovens vejam a robótica como opção de carreira profissional. “Minha trajetória com a robótica vem do meu
curso antigo, Controle e Automação. Mas desde pequeno gosto de mexer nesta
área. A partir disso comecei a trabalhar e seguir a carreira”, conta.
Sandro Dias ainda destaca que o
Cefet-MG vai iniciar um projeto em parceria com a Fapemig para divulgar a
ciência e a robótica em escolas públicas de Minas Gerais. Kits de robótica vão
ser adquiridos e levados às escolas com a intenção de incentivar os alunos a
seguir carreira na computação.
Faça você mesmo
Em outra oficina haverá a presença da
cultura maker, conceito em que qualquer pessoa pode fazer e reparar objetos com
as próprias mãos. No Lab Truck Senai vão ser promovidas atividades rápidas
(Coração Maker, Impressora 3D, Corte 2D e Realidade Virtual) e práticas para a
formação de makers (fazedores, em português) em Minas Gerais.
Os inscritos vão fazer parte do
Desafio 1K, que durante o Inova Minas pretende formar 100 makers, e, até o
final do ano, 1.000 em todo o estado. “O
Lab Truck foi criado para promover a prototipagem de produtos, processos e
negócios, que fortalecerá a cultura de inovação e criatividade disseminada pelo
movimento maker”, frisa a gerente do laboratório, Márcia Andrade Carmo de
Azevedo.
"O movimento maker possibilita que pessoas comuns,
sem curso superior ou habilidades específicas, possam criar, consertar,
modificar e fabricar os mais diversos tipos de produtos e negócios, como
impressoras 3D, mobiliários, cervejas artesanais e brinquedos. O aparecimento das
impressoras 3D e das máquinas de corte a laser tiveram uma grande importância
nessa etapa, possibilitando construir projetos mais complexos de maneira mais
simples", acrescenta Márcia.
A ideia do projeto é formar massa
crítica junto às indústrias, escolas, universidades e demais instituições
quanto ao potencial de transformação e competitividade advindas das novas
tecnologias de fabricação e trabalho em rede. O público da oficina são
inventores, empreendedores, grandes e médias empresas, aceleradoras e
incubadoras e comunidades educacionais.
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Fonte: Agência
Minas.
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