#Justiça: Nova minissérie da Globo faz crítica social sobre o que é justo e o que é vingança
agosto 28, 2016
De forma criativa e ousada, a nova
minissérie da Rede Globo, Justiça, que
estrou na última segunda-feira (22/08) na TV aberta – e no final de semana
anterior na Globo Play, faz uma crítica
social bastante reflexiva sobre o que é justo
e o que é vingança, por meio de
quatro personagens diferentes que, de alguma forma, tem as suas vidas cruzadas.
Escrita por Manuela Dias (mesma
autora da série Ligações Perigosas)
e dirigida por José Luiz Villamarim (mesmo diretor de Amores Roubados e O Canto da
Sereia), a trama se passa na cidade de Recife (Pernambuco) dos dias atuais
e há sete anos antes dos crimes praticados pelos quatro protagonistas que, a
cada dia da semana, tem a vida destacada em um episódio. Abaixo, assista o trailer da série Justiça:
Alguns personagens cometeram crimes
de forma passional, enquanto outros foram acusados injustamente. Vicente
(Jesuíta Barbosa) matou a noiva, Isabela (Marina Ruy Barbosa) após flagra-la
com outro homem; Fátima (Adriana Esteves) é acusada injustamente de tráfico de
drogas por ter matado o cachorro de um policial militar que havia atacado os
seus filhos; Rose (Jéssica Ellen) é flagrada com drogas numa festa da praia; e
Maurício (Cauã Reymond) praticou eutanásia na mulher, Beatriz (Marjorie
Estiano), após ela ter sofrido um trágico atropelamento.
O modo como a série costura esses
personagens lembra muito o filme Crach – No Limite e das
séries originais da Netflix, devido à
qualidade não só do roteiro de Manuela Dias, mas da direção visceral de Villamarim que, mais uma vez, tem Walter Carvalho, no comado da fotografia da produção. O
modo como os episódios foram construídos é algo raro na TV aberta brasileira,
mas que desafia o telespectador a ver a mesma história por visões diferentes e
de modo muito intimista.
Foto: Gshow / Reprodução. |
Justiça é uma série densa e, igualmente melancólica,
no sentido de que os quatro protagonistas se sentem injustiçados pela visão da Justiça,
como Poder social e político. Ao mesmo tempo em que vemos Fátima tentando
reconstruir a sua família após os sete anos que ficou presa, vemos Maurício se
armar até os dentes para matar aquele que atropelou a sua mulher. Ou ainda, a
mãe de Isabela que acredita que matar o assassino da sua filha irá lhe dar
algum conforto.
Será mesmo que a vingança é o melhor
modo de se fazer justiça? Será que também estamos tão presos nos nossos
problemas que não conseguimos enxergar que somos responsáveis pelos nossos atos
e que tudo que fizemos é uma consequência das nossas ações?
Além disso, Justiça nos faz pensar nos preconceitos raciais e de gênero que
existem ainda nossa sociedade, que subjugam as pessoas pelo o que elas
aparentam ser e não pelo o que elas são, infelizmente. Será mesmo que sabemos o real significado de Justiça? Ponto para a minissérie
que nos provoca essa reflexão tão importante.
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