#NãoVaiTerGolpe: Luis Nassif entrevista Dilma Rousseff na TV Brasil

junho 10, 2016

Foto: TV Brasil / Reprodução. 

A TV Brasil, em parceria com a Rede Minas, exibiu nesta última quinta-feira (09/06) uma entrevista gravada com a presidenta afastada Dilma Rousseff, feita no último domingo (05/06) pelo jornalista Luis Nassif. Na conversa, Dilma abordou temas como a economia do país, o processo que levou a seu afastamento do cargo, o presidencialismo e a diplomacia brasileira. 

Neste mesmo formato, serão realizadas entrevistas com o presidente interino Michel Temer, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.

Durante a entrevista, Dilma disse que é a população que tem que dizer se quer a continuidade de seu governo ou a realização de novas eleições. “O pacto que vinha desde a Constituição de 1988 foi rompido e não acredito que se recomponha esse pacto dentro de gabinete. Acredito que a população deva ser consultada”, disse. 

Dilma ainda se mostrou preocupada com o estabelecimento da democracia por conta da tentativa de golpe parlamentar, midiático e jurídico que está em curso. “Não é o meu mandato, mas as consequências que tem sobre a democracia brasileira tirar um mandato. Isso não afeta só a Presidência da República, afeta todos os Poderes”,

Para ela, o país não conseguirá superar a crise com o governo interino. Dilma acredita que o povo não terá confiança no comando de Temer pelo fato de ele não ter passado pelo crivo das urnas. “Como você acha que alguém vai acreditar que os contratos serão mantidos se o maior contrato do país, que são as eleições, foi rompido?", indagou. “Não acho possível fazer pacto nenhum com o governo Temer em exercício”, completou.

Dilma criticou uma vez mais a admissibilidade do processo de afastamento usando como o argumento o fato de que, embora a Constituição preveja o impeachment, ela também estipula que é preciso haver crime para que se categorize o impedimento. “Não é possível dar um jeitinho e forçar um pouquinho e tornar esse artigo elástico e qualificar como crime aquilo que não é crime. Os presidentes que me antecederam fizeram mais decretos do que eu", reiterou. Abaixo, assista a entrevista completa:





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