#Carnaval2016: TVs diminuem tempo do Carnaval e tentam passar descontração
fevereiro 08, 2016Foto: TV Globo / Reprodução. |
Uma coisa é pular carnaval na rua.
Ver os desfiles de perto ou sair atrás do trio elétrico. Outra coisa
completamente diferente é transmitir esse fervo para o público na TV. É
difícil. Principalmente, porque interesse do telespectador por ver o carnaval de
São Paulo, Rio de Janeiro ou de Salvador na televisão cai a cada ano. Não que a
festa seja ruim, pelo contrário: o desafio é mostrar que aquilo tudo que se vê
é tão interessante como se estivesse lá de perto.
Este ano em especial, percebe-se por
parte da Rede Globo, um esforço de mostrar que os desfiles das escolas de samba
podem ser envolventes e descontraídos. Os apresentadores escalados são
carismáticos e se esforçam, por isso é até uma crueldade colocar a culpa do
programa não dar a mesma audiência de décadas atrás neles.
Muitas indagações começam a vir. A
primeira delas é se o Brasil tem 26 estados e um distrito federal, por que não
regionalizar a transmissão do carnaval, ao invés de focar em dois ou três
estados? A diversidade regional do carnaval é pouco abordada na TV. Dentro
deste contexto, fica mesmo difícil pensar em um modelo que possa inovar na TV
aberta, quando pensamos que a informação – principalmente em vídeo, está também
disponível nas redes sociais.
Não foi à toa que o Plim-Plim escalou
Fátima Bernardes ao lado do narrador esportivo Luís Roberto para comandar
transmissão das escolas do grupo especial da cidade maravilhosa, assim como no
ano passado. Ao lado dos comentaristas Milton Cunha, Eri Johnson e Pretinho da
Serrinha, Tiago Leifert roubou a cena por saber conduzir boas entrevistas e
tirar “leite de pedra” das situações.
Foto: Instagram / Reprodução. |
Outra ponto interessante foi a
sintonia com o Twitter. A palavra #Globeleza ganhou um emoji exclusivo e cada
escola tinha uma hashtag na tela, de forma personalizada, numa tentativa da própria
TV engajar o público nas redes sociais para a transmissão. Se funcionou ou não,
o fato é que os desfiles deram 11 pontos de audiência na TV aberta, mesmo índice
do ano passado.
Já SBT e Band passam por um desafio,
quase que simultâneo: competir com a outra fatia de telespectadores o interesse
pelos trios elétricos de Salvador. Mas, por incrível, as duas emissoras diminuem
a cada ano o tempo dado a transmissão, fazendo um recorte entre o que já
aconteceu durante a noite com o pouco que ainda se é possível mostrar ao vivo.
Sem contar que, para quem tem smarTV, conta com um canal exclusivo no YouTube
que também transmite ao vivo os trios elétricos. Ou seja, sempre tem opção.
Já para quem acha que o carnaval é o
local do escracho e do ridículo, a RedeTV! oferece o melhor (e pior) disso
tudo, com o programa Bastidores do
Carnaval que, de tão trash e avacalhado, consegue se tornar uma opção
engraçada para quem quer fugir dos desfiles intermináveis das escolas de samba
e dos trios elétricos com os mesmos artistas de sempre que estão nas paradas de
sucesso. Mas, a pergunta que fica vem da constatação que abriu este texto: será
que vale mesmo a pena acompanhar o carnaval pela TV?
Gostou do Café com Notícias?
Então, siga-me no Twitter, curta a Fan Page no Facebook, siga a company
page no LinkedIn, circule o blog
no Google Plus, assine a newsletter e baixe
o aplicativo do blog.
0 comentários