#BBB16: Reality show mais popular da TV ainda insiste em se reinventar
janeiro 31, 2016
Para o bem ou para o mal, o Big Brother Brasil é o reality show
mais popular do país e, consequentemente, o de maior audiência. Também o mais
amado e odiado pelos telespectadores. São quase 15 anos no ar e 16 temporadas.
O BBB mudou junto com a TV
brasileira. É um dos programas pioneiros no conceito de transmídia no país e
por ter um acalorado debate nas redes sociais durante o seu período de
exibição.
Talvez, por essas e outras, que ao
chegar à sua 16ª edição o reality ainda insiste em se reinventar. E precisa
muito. Principalmente, porque caso o contrário já teria “morrido na praia”. Nesta
temporada em especial, a produção entendeu isso e sabe que não pode oferecer ao
telespectador uma edição igual a outra, por mais que algumas regras e provas
permaneçam as mesmas.
O BBB é o programa que mais tem força na internet brasileira. Durante
anos, é o termo mais pesquisado pelos brasileiros. Do mesmo jeito que tem gente
que odeia o reality, tem pessoas que são fãs das histórias que são geradas a
cada temporada. Histórias. Este é o principal diferencial do #BBB16 em relação às outras temporadas.
Os participantes desta edição tem algo a dizer e não se resumem a um monte de
aspirantes a subcelebridades. Assista o
vídeo de apresentação dos participantes:
Esta mudança de perfil foi decisiva
neste ano. Nas chamadas, antes mesmo do #BBB16 estrear, a produção do reality
deixava claro que “máscaras” iriam cair durante o programa e que ninguém é o
que parece ser quando se está confinado concorrendo a R$ 2 milhões. O voyeurismo
de ver como o ser humano se comporta, como age no dia-dia, nas relações
humanas, é o que move a atração televisiva e desperta tanta torcida.
Além disso, ouviu o público que não
queria só saber de marombados e gostosonas na “casa mais vigiada do Brasil” e
resolveu colocar este ano “gente como a gente”. A mudança surtiu efeito e a
audiência que estava em queda livre na TV aberta, deu uma sutil animada:
manteve os mesmos 24 pontos da estreia no ano passado e tem conseguido 27
pontos nos dias de paredão e eliminação. Confira a seguir as audiências de
estreia das temporadas anteriores:
BBB 1: 49 pontos
BBB 2: 28 pontos
BBB 3: 37 pontos
BBB 4: 42 pontos
BBB 5: 46 pontos
BBB 6: 45 pontos
BBB 7: 43 pontos
BBB 8: 37 pontos
BBB 9: 37 pontos
BBB 10: 30 pontos
BBB 11: 34 pontos
BBB 12: 34 pontos
BBB 13: 25 pontos
BBB 14: 30 pontos
BBB 15: 24 pontos
BBB 16: 24 pontos
Opinião
Eu mesmo não ia assistir o #BBB16 este ano. Achei que o programa
estava se repetindo demais e a ausência de carisma dos últimos participantes me
fez tomar uma certa antipatia. Mas, ao ver o perfil dos participantes resolvi
dar uma chance e ver o programa de estreia que resolveu apostar numa mistura de
gerações, com pessoas estudadas e que tinham profissões e/ou papeis sociais
claros.
Ao escolher pessoas comuns que estão
focadas em ganhar o prêmio final de R$ 2 milhões, o BBB volta a sua proposta
inicial de ser um reality show de confinamento, onde o comportamento e as
histórias geradas naquele simulacro de realidade podem (ou não) conquistar o
público e definir um único ganhador. Do jeito que estava antes, com
participantes querendo se tornar subcelebridades a qualquer preço, desvirtuava
a proposta do programa.
É tanto que as edições mais famosas
do BBB são o BBB5, o BBB7 e o BBB10. Edições onde as histórias se prevaleceram
em relação a ideia de ficar famoso. Nada contra aos aspirantes da fama. Mas,
uma coisa que é preciso ficar clara que é para se ter sucesso é preciso
trabalhar, fazer uma arte, no caso de quem quer ser artista. Estudar e
trabalhar não tiram pedaço, pelo contrário: contribuem para o crescimento de
cada um.
Neste #BBB16 pode ter uma meia dúzia – ou até menos do que isso, que
queiram trabalhar por uma carreira artística pós-reality. Natural. E isso pode
ser uma consequência do grau de popularidade conquistado. Mas ao entrar no
reality show o foco inicial não pode ser esse. É um jogo cruel em que a sua
privacidade é devassada.
O foco no prêmio é o grande chamarisco
para participar de uma experiência tão intensa. Até porque, as redes sociais
estão aí para mostrar que qualquer um pode se tornar famoso por expor a vida pessoal.
Ir ou não para o BBB pode mais atrapalhar do que ajudar. Tempos modernos e mais
reflexivos.
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