#Crônica: Uma ferida aberta chamada SAUDADE

dezembro 28, 2015



Tenho uma ferida aberta chamada SAUDADE. Às vezes, ela cicatriza. Outras vezes, fica aberta. Exposta. Sai sangue e solta pus. Vira ferida mesmo. Depende do meu momento. Depende de como encaro a vida. Tem dias que acordo com mais saudade. Outros dias, a saudade ameniza.

Quem tem SAUDADE mesmo sabe que esta ferida não passa. Fica ali esperando algum deslize emocional. Um momento de vulnerabilidade. Uma emoção mais forte. Daí ela se abre. A ferida sangra. Incomoda. Quem perdeu alguém que ama sabe desta dor.

Com o tempo, aprendi a viver com a minha. Tem momento que não sei se é melhor cicatriza-la ou se a deixo jorrar sangue e pus como se fosse uma cachoeira. Não tenho a resposta. O que sei neste exato momento é que tenho uma ferida. Ferida aberta que se chama SAUDADE.






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Jornalista


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