Alerta para queimaduras causadas por fogos de artifício
dezembro 28, 2015
O aumento de queimaduras causadas por
acidentes com fogos de artifício pode chegar a triplicar em razão da festa de Ano Novo, na comparação com os
outros meses do ano. Os números de notificações nesta época do ano superam os
das festas juninas, período também tradicional de comemorações com fogos. Por
isso, é muito importante ficar atento a alguns cuidados para evitar queimaduras
por manejo incorreto de fogos de artifício.
O foguete de mão é o artefato que
mais causa acidentes, provocando queimaduras de terceiro grau e até a perda de
membros. O explosivo só deve ser acionado em área aberta e o perigo aumenta
quando é colocado um foguete sobre o outro. O cuidado ao manusear fogos de
artifício é fundamental.
Na grande maioria das ocorrências, o
acidente acontece com pessoas que normalmente não sabem manusear o foguete, não
seguem as orientações do fabricante. Quando ocorre o acidente, deve-se envolver
a área afetada com um pano limpo e umedecido em água gelada e jamais colocar
qualquer tipo de produto. A vítima deve ser encaminhada imediatamente para
atendimento médico.
Tipos de queimaduras
As queimaduras causadas por agente
externo são classificadas de acordo com sua gravidade e análise da profundidade
de tecido lesado, em queimaduras de 1º, 2º e 3º graus. Em casos mais graves,
podem atingir camadas mais profundas como tecido celular subcutâneo, músculos,
tendões e ossos.
As queimaduras de 1º grau são
queimaduras leves, superficiais e afetam apenas a epiderme. Apresentam uma
vermelhidão no local, seguida de inchaço e dor variável. “Não há formação de bolhas e a pele não se desprende”, explica o
enfermeiro estomaterapeuta, Antonio Rangel.
Já nas de 2º grau podem ser
superficiais ou mais profundas e existe uma destruição maior da epiderme e
derme. As feridas mais profundas são indolores e as bolhas costumam apresentam
uma base branca. As mais superficiais caracterizam-se pela formação e bolhas
com base rósea e por causar bastante dor. Em média, as feridas cicatrizam entre
7 e 21 dias.
Nas queimaduras de 3º grau ocorre
destruição total de todas as camadas da pele, e o local pode ficar
esbranquiçado ou escuro. Nesse caso, a dor é geralmente pequena, pois a
queimadura é tão profunda que danifica as terminações nervosas da pele. “Estas podem ser muito graves e até fatais.
Essas lesões não reepitelizam, sendo necessário realizar enxerto de pele”.
O que fazer após o acidente?
O especialista ressalta que as
pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre o que é correto fazer após o acidente. “Existem algumas crendices populares que são
extremamente perigosas, como passar pasta de dente e manteiga após o acidente.
Isso irá piorar ainda mais a lesão, pois poderá causar irritação e
contaminação”.
A recomendação, para casos de
queimaduras de 1º e 2º grau, é colocar a parte afetada imediatamente debaixo de
água corrente fria por cerca de 10 minutos. É possível também fazer compressas
úmidas e frias e colocar sob a região atingida. “A água irá resfriar a região e também contribuir para a hidratação da
lesão. Já para casos de feridas mais graves, as de 3º grau, a indicação é
buscar atendimento de saúde emergencial”, revela.
Como tratar as queimaduras?
O tratamento dependerá de cada caso.
Procurar orientação médica é a recomendação mais importante. O tratamento
adequado pode ajudar a acelerar a regeneração da pele e minimizar as
consequências, deixando cicatrizes menos aparentes, por exemplo.
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