Pesquisa mostra que acesso à internet chega a 50% das casas brasileiras
outubro 17, 2015Foto: iStock / Reprodução. |
A proporção de domicílios com acesso
à internet no Brasil em 2014 chegou a 50%, o que corresponde a 32,3 milhões de
domicílios em números absolutos. Essa é a primeira vez que o Brasil ultrapassa
essa marca. É o que mostra a pesquisa TIC Domicílios 2014, divulgada nesta última
terça-feira (15/10) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
O levantamento revela também que
acessam a internet pelo celular 81,5 milhões de brasileiros com mais de 10 anos
de idade. O número representa 47% dessa parcela da população, de acordo com as
entrevistas feitas em 19,2 mil domicílios entre outubro de 2014 e março de
2015. Na edição anterior da pesquisa TIC Domicílios, com referência a 2013, o
percentual de usuários da rede por telefone móvel era de 31% e em 2011, de 15%.
O celular é o segundo aparelho mais
presente nos lares brasileiros, estando em 92% deles. Perde apenas para os
televisores, que estão em 98% dos domicílios. No total, o telefone móvel é
usado por 86% dos adultos e adolescentes, um total de 148,2 milhões de pessoas.
O aparelho é o único meio de acesso à rede para 19% dos usuários. O computador
é o canal exclusivo de conexão para 23% dos internautas. 56% utilizam os dois
meios.
Entre os usuários de internet, o
equipamento mais utilizado ainda é o computador, sendo meio de acesso de 80%
deles – 54% computadores de mesa e 48% notebook. Em seguida, vem o celular, com
76%. O tablet é usado por 22%.
Em 50% dos domicílios, há pontos de
acesso à rede. Porém, são apontadas desigualdades regionais. Enquanto o índice
de lares com internet fica entre 55,1% e 60% no Sudeste, o percentual nas
regiões Norte e Nordeste está entre 35% e 40%.
Foto: iStock / Reprodução. |
“A série histórica da TIC Domicílios tem mostrado a
permanência da desigualdade no acesso, fato que precisa ser observado em sua
complexidade pelos gestores públicos para a reversão deste quadro”, ressalta o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
Por classe social, também é
verificada disparidade no acesso. Entre as residências da classe A, 98% têm
conexão, 82% nas da classe B, 48% na classe C e 14% nas D e E. O custo elevado
do serviço é um dos motivos apontado por 49 % dos que não têm internet em casa.
O segundo fator mais citado é a falta de computador (47%). Enquanto 45%
disseram simplesmente não ter interesse.
Em relação a velocidade de conexão,
35% dos usuários têm acesso lento, de até 2 megabits por segundo (Mbps). O coordenador
da pesquisa, Winston Oyadomari, destacou que a falta de boas conexões pode ser
um impedimento para acessar determinados conteúdos.
“Assistir a filmes ou vídeos aparece como uma das
atividades mais citadas. O que é interessante porque demanda uma conexão de
internet que dê conta de vídeo. Como fica essa questão do indivíduo demandar o
vídeo mas ter uma conexão que não necessariamente suporta?”, questionou Winston Oyadomari.
O envio de mensagens instantâneas por
redes sociais ou aplicativos é a atividade mais realizada pelos usuários de
internet (83%). Participar de redes sociais é razão do acesso de 76% dos
usuários. E 58% dos internautas usam a rede para assistir vídeos ou filmes.
Fonte: Portal
Brasil.
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