Cresce o número de mamografias realizadas pelo SUS em todo o país
outubro 12, 2015Foto: Site M de Mulher / Reprodução. |
Uma a cada dez mulheres pode
desenvolver câncer de mama. O alerta é do médico e chefe da unidade de oncologia do
Hospital Universitário de Brasília (HUB), Marcos Santos. De acordo com o especialista, o ideal é que as mulheres façam o exame das mama periodicamente em uma Unidade de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto mais rápido o diagnóstico é feito, maior
é a chances de cura e menor pode ser a intervenção cirúrgica.
“O câncer de mama é o segundo mais
frequente no Brasil. O câncer de próstata em homens é mais frequente, mas tem
uma importância clínica menor que o de mama, porque o melhor tratamento [da
próstata] pode ser não fazer nada”, compara. “No câncer de mama não existe essa
alternativa”, diz o médico. A mamografia está entre os exames
mais importantes para diagnosticar o câncer de mama, uma doença que somente
neste ano deve atingir 57.120 novas mulheres, segundo o Instituto Nacional do
Câncer (Inca).
Não à toa, a mamografia recebeu
investimentos do governo federal nos últimos quatro anos. Entre 2010 e
2014, foram repassados R$ 3,3 bilhões a hospitais do SUS que tratam de diversos canceres - entre eles o de mama, com a incidência mais
agressiva entre as mulheres.
De acordo com o Ministério da Saúde,
os recursos dos últimos quatro anos foram 45% maiores que o de mesmo período
anterior. O resultado se refletiu no aumento expressivo de mamografias
realizadas em mulheres de 50 a 69 anos, a faixa etária que registra o maior
número de casos de câncer de mama. Em 2010, o SUS realizou cerca de 1,55 milhão
de mamografias. No ano passado, esse número saltou para pouco mais de 2,5
milhões – um crescimento de 61,9%.
A mamografia é essencial para o tratamento
da doença na mama. O oncologista do HUB afirma que mulheres a partir dos 50
anos devem fazer a mamografia a cada dois anos. “O grande segredo do câncer de
mama é o diagnóstico precoce”, sugere.
O Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou também o volume de
exames de pouco mais de 3 milhões, em 2010, para 4,3 milhões, em 2014. O exame
pode e deve ser feito por mulheres de todas as idades.
“Quanto mais jovens uma mulher desenvolver o câncer de mama, muito
provavelmente maior é agressividade do tumor”, explica o oncologista.
A quantidade de cirurgias oncológicas
também aumentou, passando de 251,2 mil, em 2010, para 291 mil no ano passado, o
que representa um crescimento de 5,8% A cirurgia, contudo, não significa a
retirada completa da mama, procedimento chamado de mastectomia. “Se a gente
tiver um tratamento adjuvante de quimio e radioterapia efetivo, é possível
diminuir o tamanho da cirurgia”, observa o oncologista do hospital da
Universidade de Brasília (UnB).
A rede pública ampliou ainda o número
de quimioterapias nos últimos quatro anos, etapa decisiva para a regressão de
canceres. Foram realizados 29,7% a mais deste tipo de procedimento no mesmo
período, saindo de cerca de 2,2 milhões para quase 2,85 milhões. O mesmo
ocorreu com as radioterapias, outra fase importante do tratamento ao câncer,
que saltaram de 8,3 milhões, em 2010, para 10,5 milhões em 2014, após aumento
de ampliação de 25,8%.
Fonte: Portal
Brasil / Reprodução.
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