Bienal do Livro do Rio supera números de vendas e de público

setembro 14, 2015

Foto: Leandro Martins / Light Press / Reprodução. 

A 17ª edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro teve o maior público de sua história: 676 mil pessoas, no período de 13 de setembro. Segundo a organização do evento, a maioria dos visitantes tinha entre 15 e 29 anos. A Bienal, que foi até o último domingo (13/09), contou com 27 autores estrangeiros e 200 nacionais que participaram de uma programação cultural variada voltada a todos os públicos. Na última edição, em 2013, o público total dos 11 dias foi de 660 mil pessoas.

Em uma das palestras da Bienal foi abordada a relevância das redes sociais e da mídia independente online. “A Mídia Ninja faz coberturas independentes, como, por exemplo, as manifestações de junho e julho de 2013”, explicou Filipe Peçanha, ressaltando que, durante esses movimentos, enfrentaram grandes dificuldades e resistências. “A grande imprensa acompanhou as manifestações com certo distanciamento, ao contrário da Mídia Ninja, que acompanhou tudo de perto”, acrescentou o repórter.

Rosane Svartman finalizou o encontro ressaltando a importância de estarmos sempre atentos aos detalhes. “Malhação é uma dramaturgia para jovens, portanto é preciso ter cuidado com a linguagem e os temas, entre outros aspectos”, explicou a escritora da série, que hoje possui mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais.

Com a arquibancada do Cubovoxes lotada, a autora teen Ana Beatriz Brandão engatou um animado bate-papo com os presentes sobre suas duas obras lançadas, Sombra de um anjo e Caçadores de almas – Segredos e maldições. “Sou apaixonada pela literatura fantástica e a minha inspiração para escrever vem da música. Ouço tudo: do clássico ao heavy metal”, afirmou.

Vendagem

Uma das curiosidades divulgadas é que na lista de mais vendidos da Editora Record, os grandes campeões foram: Invasão do mundo da superfície – Uma aventura não-oficial de Minecraft e Batalha pelo Nether – Uma aventura não-oficial de Minecraft – volume 2, ambos de Mark Cheverton pela Galera Júnior.

Ana Lima, editora executiva da Galera Record, comemorou o sucesso de vendas dos livros inspirados no jogo Minecraft. “Contrariando a teoria que meninas leem mais que meninos, dois livros para meninos de até doze anos são os campeões de venda do nosso estande. Meninos e meninas leem. Todo mundo pode ler. Basta o livro despertar o prazer da leitura – mães chegaram ao estande com os filhos, procurando pelo volume 2 da série, porque o 1 já havia sido lido, duas, três vezes, e aquele era o primeiro livro que tinham conseguido terminar. Fico feliz por ter certeza que estes são os primeiros de muitos livros que essas crianças vão ler. Assim formamos leitores, provando que ler é legal.”

Pelo Cubovoxes, passaram vários autores da Record. Carina Rissi abriu o espaço na quinta-feira, dia da abertura da Bienal. Também conversaram com os leitores ali Eduardo Spohr, que lança Filhos do Éden: Paraíso perdido  (Verus) em outubro, Henrique Rodrigues, de O próximo da fila (Record), e Marina Carvalho, de Elena, a filha da princesa (Galera).

As sessões de autógrafo e as conversas com os fãs no Auditório Madureira, onde ficava o Conexão Jovem, com senhas numeradas, foram dois pontos positivos do evento. Por lá, passaram o britânico Joseph Delaney, autor da série Caça-feitiço  (Bertrand Brasil), a britânica Sophie Kinsella, autora da série Becky Bloom, e a americana Colleen Hoover, da série Métrica (Galera).

No último dia de debates do Café Literário, o poeta Ferreira Gullar, que lançou o Toda poesia (José Olympio), conversou com o público sobre a sua trajetória. Ele encantou a plateia ao revelar como sua poesia nasce do espanto com coisas simples como o cheiro de uma tangerina. Disse que a “arte existe porque a vida não basta” e que “a poesia e a vida são a arte do acaso e da necessidade.”






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