UNA sedia encontro para discutir novas perspectivas do Jornalismo
agosto 20, 2015
Demissões, questionamentos sobre a
credibilidade dos veículos, redações integradas, novas tecnologias, novos
modelos de produção. Afinal, há crise no Jornalismo? Para discutir os desafios
e as novas possibilidades da profissão nesta segunda década do século XXI, o
curso de Jornalismo do Instituto de Comunicação e Artes (ICA) da UNA organiza,
de 26 a 28 de agosto, o encontro A Infinita Onda do Jornalismo. O encontro será realizado no Auditório do campus Liberdade 2 - Rua da Bahia, 1723, bairro Lourdes, em BH.
O evento irá reunir mercado e
academia em conversas abertas sobre modelos de negócio, empreendedorismo,
narrativas, inovação e ensino. “O
Jornalismo é como o mar; as ondas passam e o mar permanece, independente de
tsunamis, ressacas ou marolas”, analisa Lélio Fabiano dos Santos,
jornalista com mais de 50 anos de atuação, e diretor do ICA.
Santos define o tom do encontro: "Será um debate aberto sobre o que tem
se modificado numa profissão que ainda permanece como referência – mesmo em
suas movimentações mais intensas e ameaçadoras – para nossa sociedade. Afinal, em tempos de grandes e incertas
mudanças, evidencia-se que Jornalismo e vida social são compostos da mesma
matéria-prima".
Profundezas
“Celacanto provoca terremoto”. A
frase esteve presente nos muros cariocas na época da ditadura e as primeiras
pichações são creditadas à ousadia juvenil do jornalista Carlos Alberto
Teixeira. A frase nomeia, ainda, uma obra da artista plástica Adriana Varejão,
em Inhotim, e refere-se a uma crença popular. O celacanto, um peixe abissal,
subia à superfície, em cardume, às vésperas de grandes e violentas
movimentações na água do mar. Segundo a crença, o peixe seria a causa em si – e
não o prenúncio – do maremoto.
Mural produzido pela artista plástica Adriana Varejão, no Inhotim. Foto: Blog Eliane Sampaio / Reprodução. |
Cientistas descobriram, tempos
depois, que o aparecimento dos cardumes davam-se em função de deslocamentos das
correntes marinhas, desde as profundezas onde habitavam os celacantos. A
expressão, nos muros cariocas, chegou a ser interpretada, pelo contexto da
época, como uma postura de resistência individual ou de pequenos grupos frente
ao cenário opressor. Na atualidade, a expressão também nos serve de alerta: é
preciso olhar para além das causas aparentes, mirando no profundo, se quisermos
compreender o que transforma o Jornalismo na contemporaneidade.
Participações
Participam do evento, Laura
Capriglione, uma das fundadoras da rede Jornalistas Livres, Rodrigo Lucena,
Diretor de Comunicação da ALMG, Luiz Fernando Rocha, diretor de Jornalismo do
Hoje em Dia, além de representantes do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais
e professores e pesquisadores de instituições de ensino públicas e
particulares. Entre eles Fernando Resende (UFF), Júlio Pinto (UNA e PUC/MG),
Carlos D’Andréa (UFMG), Frederico Tavares (UFOP), João Carvalho (UNIBH) e
Tatiana Carvalho Costa (UNA).
Gostou do Café com Notícias?
Então, siga-me no Twitter, curta a Fan Page no Facebook, siga a company
page no LinkedIn, circule o blog
no Google Plus, assine a newsletter e baixe
o aplicativo do blog.
0 comentários