#SomosTodosColoridos: Por que a causa gay incomoda tanta gente?

junho 27, 2015



Respeito e igualdade são essenciais para a vida em sociedade e fazem parte daquilo que esperamos da Democracia. Mas, para que isso seja alcançado, muita luta social precisa ser (e já foi) feita nos mais diversos grupos. Esta semana, por exemplo, os Estados Unidos, finalmente, aprovou o casamento gay nos 50 estados da federação. Para um país extremamente conservador, foi um marco e tanto.

A título de comparação o Brasil já havia aprovado a união estável entre pessoas do mesmo sexo desde 2013. Mas, por que o #LoveWins virou uma febre nas redes sociais e incomoda tanta gente? Tudo começou quando o Facebook – maior rede social do mundo com sede nos Estados Unidos, liberou um recurso automático em que todos os usuários pudessem adicionar a marca d’água com as cores do arco-íris à sua foto de perfil.

Lembrando que o Facebook é dono do Instagram e do WhatsApp, duas redes sociais com bastante audiência e presença no mundo móbile. Ao se posicionar à favor da luta dos direitos civis para os homossexuais, o Facebook liderou uma corrente até então nunca vista na internet brasileira. Algumas marcas, empresas, artistas, formadores de opinião, órgãos públicos, também se posicionaram com o “colorido no avatar”, enquanto outros não alteraram e a internet ficou dividida.
Foto: MLaden Antonov / AFP / Reprodução. 

O colorido no perfil das redes sociais brasileiras antecede dois episódios muito marcantes esse ano de discussão em torno da causa gay. A primeira foi em relação à propaganda do Dia dos Namorados da Boticário, em que alguns segmentos mais conservadores e/ou religiosos começaram a fazer uma campanha de boicote à marca, mas não deu certo. O público abraçou à causa e o Boticário teve um sucesso comercial (e de marketing) bastante positivo.

Além disso, há algumas semanas atrás, o jornalista Ricardo Boechat – âncora da Rádio Band News e da Band, mandou o pastor Silas Malafaia procurar “uma rola”, devido às barbaridades que o líder evangélico prega ao incitar o ódio entre práticas religiosas diferentes da dele. Ou seja, o Brasil vem de episódios bastante covardes na tentativa de incentivo à intolerância. Foi só o Zuckerberg liberar o #LoveWins que a comoção veio em debandada.

A internet brasileira precisava receber estas cores. Cores de tolerância para mostrar que é uma besteira sem tamanho achar que o que eu penso ou acredito ser o ideal deve ser tomado como verdade absoluta para todo mundo. Não é assim que a banda toca, cara-pálida! Na Democracia temos que respeitar às diferenças e aprender a ouvir o outro. Ouvir não é concordar, mas sim respeitar. Manda mais arco-íris que está pouco! Por mais ondas coloridas quando houver preconceito. A humanidade precisa ter esperança por dias melhores.








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Jornalista




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