Livro "Pare de Acreditar no Governo" esmiúça a política brasileira
maio 28, 2015
Em tempos de polarização política de
forma acalorada nas ruas e nas redes sociais, é interessante observar um paradoxo
social: o brasileiro não acredita no político, mas confia no Estado para
resolver os seus problemas. Como chegamos a esse ponto? Foi a partir desta
questão que Bruno Garschagen escreveu o
livro Pare de Acreditar no Governo,
lançado pela editora Record. Para comprar o livro, clique aqui.
De forma analítica, o autor mostra
esta disparidade brasileira que nasceu por conta da falta de acesso à educação
do povo que, mesmo sem entender o sistema democrático em que vivemos, tem a
sensação de não pertencer a coisa pública quando o assunto é escolher quem vai
fazer a gestão dos interesses da sociedade no poder Legislativo, Judiciário e
Executivo.
Bruno Garschagen mostra o quanto essa
falha do entendimento político tem trago prejuízos enormes para o debate
político brasileiro, principalmente quando se coloca interesses políticos e econômicos
no meio. A sensação de não pertencimento do processo político, fez com que o
brasileiro passasse a ver o Estado de forma paternalista, não enxergando que a
engrenagem democrática precisa dar articulação dos três poderes para funcionar
de forma plena.
Ainda, o autor vasculha a história
política do Brasil desde que os portugueses aqui chegaram até os dias de hoje.
Com texto leve, bem-humorado e informativo, Bruno recorre também às explicações
de pensadores brasileiros e portugueses, tecendo uma espécie de conversa entre
os intelectuais que refletiram sobre a cultura política do Brasil para narrar a
história de um país cuja formação cultural se confunde com a onipresença da
burocracia nacional.
No decorrer das páginas do livro,
Bruno busca entender como se formou historicamente no Brasil a ideia de que
cabe ao governo resolver todos ou a maioria dos problemas sociais, políticos e
econômicos. De Dom João VI a Dilma Rousseff, um compromisso inabalável uniu
todos os governantes, inclusive aqueles chamados (erradamente, segundo o autor)
de liberais ou neoliberais: a preservação do Estado monumental e mesmo o seu
crescimento. Por quê?
Sobre o autor

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