Livro "Mãe Prematura" discute nascimento prematuro e defende parto normal
maio 10, 2015
A maioria das mães não encontra nos
livros sobre a gravidez e os primeiros anos de vida do bebê informações
detalhadas e sinceras sobre o nascimento prematuro. Nenhuma mãe se prepara para
estar na maternidade com um, dois ou três meses de antecedência. A chegada do
bebê antes da hora causa choque, entristece e amedronta.
“Ter que lidar com a superação tão cedo não é fácil; mas
também torna mãe e bebê mais fortes”, destaca a jornalista Flavia
Fonseca, autora do livro Mãe Prematura,
que será lançado pela Editora Asa de
Papel no dia 23 de maio, de 9h às 12h, na Biblioteca Pública Estadual Luiz
de Bessa, em Belo Horizonte (MG), localizada na Praça da Liberdade, no bairro
Funcionários.
Prematuro é todo aquele bebê que
nasce com menos de 37 semanas de gestação. Dependendo do estágio, é considerado
pouco prematuro (casa das 30 semanas) ou extremo (casa das 20 semanas). Em todo
o mundo, 15 milhões de crianças, todos os anos, nascem prematuramente, por
motivos diversos.
No Brasil, 340 mil bebês nasceram
prematuros só em 2012, uma média de 40 por hora. A taxa de prematuridade
brasileira é de 12,4%, o dobro do índice de alguns países europeus. Os dados
são do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do Sistema Único de Saúde (SUS). Há ainda muito desconhecimento em
relação aos motivos do nascimento prematuro. Algumas pesquisas buscam
associações, inclusive, com a poluição do ar.
Segundo o Estudo Multicêntrico de
Investigação em Prematuridade (EMIP): Prevalência e Fatores Associados com
Parto Prematuro Espontâneo, as causas mais detectadas são gravidez múltipla (24
vezes mais risco), encurtamento do colo (6 vezes mais risco), má-formação fetal
(5 vezes mais risco), sangramento vaginal (dobro de risco), menos que seis
consultas de pré-natal realizadas (1,5 vez mais risco) e infecções urinárias,
como cistite (1,2 vez mais risco).
“Eu não tive nenhum dos fatores acima e ainda assim fui
surpreendida por um parto normal prematuro, com 32 semanas de gestação. Acho
importante as mulheres estarem atentas para um detalhe ao qual não dei
importância durante toda a gestação. O risco de prematuridade é real”, destaca a autora.
A jornalista Flávia Fonseca é autora do livro "Mãe Prematura". Foto: Divulgação. |
O livro aborda ainda temas delicados
como a episiotomia, corte vaginal questionado enquanto procedimento de rotina
nos partos normais. No livro Mãe
Prematura, a autora desmistifica o ambiente frio da UTI neonatal, trazendo
um universo de amor e cumplicidade desenvolvido na luta pela sobrevivência.
A jornalista defende o parto normal e
a amamentação, mesmo nos casos de nascimento de bebês prematuros, e chama a
atenção para as recomendações da Organização
Mundial de Saúde (OMS). O Brasil é o país onde mais se realizam cesáreas no
mundo: as taxas chegam a 84% no sistema privado e a 40% no Sistema Único de Saúde (SUS). O recomendado pela OMS é 15%.
A cesárea oferece mais riscos para a
mãe e, segundo um estudo realizado pela Johns Hopkins School of Medicine, os
bebês prematuros nascidos através de parto normal apresentam menos complicações
respiratórias em comparação com os nascidos de cesárea.
O livro também é dedicado a mães que
não tiveram bebês prematuros, mas se sentem perplexas diante dos desafios da
maternidade. “Ser mãe não tem nada de
bonito quando as mulheres veem suas vidas roubadas prematuramente. Num belo
dia, game over. E toda mãe pensa isso em algum momento”, afirma a autora.
Os desafios de ser mãe nos dias de hoje, a necessidade de conciliar trabalho,
educação, saúde e família, também são temas tratados, tendo como pano de fundo
os marcos dos cinco primeiros anos da criança – ou a chamada primeira infância.
Além do lançamento na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa,
o livro Mãe Prematura estará
presente no 1º Seminário Internacionalde Mães, evento que acontecerá no dia 11 de julho, no Hotel Ouro Minas, em
Belo Horizonte, com a presença de formadores de opinião e profissionais
renomados, como as jornalistas americanas Melinda Blau e Pamela Duckerman,
ícones mundiais pela primeira vez no Brasil, escritoras dos respectivos
best-sellers “A Encantadora de Bebês” e “Crianças Francesas Não fazem Manha”. O
evento é promovido pela revista Pais & Filhos e Sou Mãe, da capital
mineira.
Sobre a autora
Flavia Fonseca é mineira de Pará de Minas. É jornalista
(PUC Minas), mestranda em Ciência da Informação (UFMG), especialista em Gestão
de Negócios (FDC) e em Comunicação e Gestão Empresarial (PUC Minas). Foi
assessora de comunicação da Fiat Automóveis e Construtora Lider, repórter de
Informática e Tecnologia do jornal Estado de Minas e assessora de imprensa da
Ricardo Eletro, quando atuou na agência Interface. É fundadora da Tinno,
agência de comunicação e marketing para empresas de tecnologia e inovação.
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