Novela "Sete Vidas" pretende enaltecer as relações humanas

fevereiro 24, 2015



Sete meio-irmãos frutos de um doador de sêmen anônimo resolvem se conhecer e descobrir o paradeiro desse pai biológico. A medida que eles vão se reencontrando, a vida de cada um muda e novos laços começam a se estabelecer. Este é o fio condutor da nova novela das seis da Rede Globo, Sete Vidas, que estreia no dia 09 de março.

Escrita por Lícia Manzo e com direção geral e de núcleo de Jayme Monjardim, Sete Vidas foi produzida para ser a primeira novela inédita da faixa das 23h que, há alguns anos, tem apresentado remakes com duração de três a quatro meses. Mas, o texto de Lícia agradou tanto a direção da Globo que a trama foi reconduzida para faixa das 18h, onde a autora estreou em 2011 com a novela A Vida da Gente, sucesso de público e crítica.

Sete Vidas conta a história do navegador Miguel (Domingos Montagner), um homem livre de laços ou amarras. Até que um belo dia ele conhece Lígia (Debora Bloch), por quem inesperadamente se apaixona. Lígia quer constituir família, enquanto Miguel quer conhecer o mundo. Com visões diferentes, Miguel resolve abandonar seu grande amor e partir para uma viagem rumo à Antártica.

Após sofrer um acidente de barco e ter dado como morto, Miguel passa um tempo isolado na Patagônia. Na mocidade, ele foi doador de sêmen anônimo em uma clínica e desconhece a existência de sete filhos. Júlia (Isabelle Drummond), jovem gerada via inseminação artificial, trava uma verdadeira saga não só para conhecer os outros meio-irmãos frutos desse doador anônimo, como também desse pai. A existência desse novo núcleo familiar vai mexer não só com a vida de Miguel, mas de todos a sua volta. Abaixo, confira o trailer da novela:


Durante entrevista coletiva para apresentar a novela à imprensa, Lícia Manzo contou que a novela é fruto de uma parceria com o diretor Jayme Monjardim. “Esse trabalho nasceu de um monte de almoços na minha casa, muita conversa. É como sonhar algo na palavra e ver aquilo em uma explosão de forma e cor. Foi um processo de criação denso e muito gostoso. São histórias do cotidiano que falam de vida e de amor em família”.

Com uma trama realista, sem vilões perversos e mocinhos ingênuos, o maior desafio de Sete Vidas é falar do cotidiano de modo naturalista e contemporâneo. “Fazer cotidiano é muito difícil, mas consegui da Lícia esse retorno no texto. Os diálogos vibrantes e os atores mergulharam de cabeça na história. Na nossa novela o grande vilão serão as dificuldades da vida e as relações humanas. Ninguém é bom e mal o tempo todo”.

Opinião

Lícia Manzo é uma grata surpresa entre a safra de novos roteiristas da Rede Globo. Arrisco a dizer que ela é, por ora, a única sucessora de Manoel Carlos no estilo de fazer folhetins sobre crônicas do cotidiano com diálogos emocionantes e histórias que surpreendem por serem mais próximas do dia-dia do telespectador.
Fotos: TV Globo / Reprodução. 

Mas, ao comparar o trabalho de Lícia com Manoel Carlos, cabe um adendo: o texto da autora é cadente, ágil e os personagens são bem construídos. A Vida da Gente, primeiro trabalho como autora solo na faixa de novelas da Globo, mostra que Lícia ainda é uma das poucas roteiristas que se preocupam em não deixar a peteca cair no decorrer da novela.

Por isso, a expectativa em relação a Sete Vidas é enorme. É folhetim dramático mesmo. Com cenas para fazer o telespectador se emocionar e refletir sobre a vida e, principalmente, se questionar sobre essa “nova família brasileira” que há algum tempo não é mais monotemática, nem heterossexual, mas sim heterogênea, homossexual, fraterna e cheia de agregados ligados pelo único laço importante na vida que é o amor. Então, prepare a caixinha de lenços porque a emoção está no ar!






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Jornalista


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