Mostra Aurora é destaque na 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes
janeiro 26, 2015Foto: Leo Lara / Universo Produção / Reprodução. |
Nesta segunda-feira (26/01), o
principal destaque da 18ª Mostra de
Cinema de Tiradentes é a Mostra
Aurora. De caráter competitivo, os cineastas que participam desta Mostra
podem concorrer ao prêmio de R$ 50 mil do Itamaraty. O primeiro longa da seção,
às 19h30, será O Animal Sonhado,
produção cearense dirigida pelo coletivo formado por Breno Baptista, Luciana
Vieira, Rodrigo Fernandes, Samuel Brasileiro, Ticiana Augusto Lima e Victor
Costa Lopes.
Dando seguimento ao Encontro com a Crítica, o Diretor e o
Público, no Cine-Teatro Sesi, dois encontros marcam o dia. Na parte da
manhã, às 11h, o crítico Daniel Schenker discutiu o filme A Despedida, ao lado do diretor, Marcelo Galvão. Em seguida, às
12h30, o crítico Luiz Carlos Merten conversou sobre o filme Obra, junto ao cineasta Gregorio
Graziosi.
Já na parte da tarde, às 14h30,
acontece o debate Perspectivas para o
Audiovisual Brasileiro em 2015 conta com a presença de Rodrigo Camargo,
Coordenador do Núcleo do Fundo Setorial do Audiovisual (Ancine). Ainda, a
partir das 16h30, no Cine-Teatro acontece o workshop Oportunidades para o Cinema Brasileiro no Exterior, em que a
consultora de mercados internacionais do Programa
Cinema do Brasil, Marika Kozlovska, vai relatar experiências e parcerias de
realizadores locais com projetos, fundos e vendas fora do país.
Foto: Leo Lara / Universo Produção / Reprodução. |
A programação de filmes segue nos
três espaços da mostra. No Cine-Tenda, a maratona já se inicia às 16h, com a Mostra Panorama Série 3, que inclui
quatro curtas-metragens. Às 17h30, o longa O
Tempo não Existe no Lugar em que Estamos, de Dellani Lima, será apresentado
na Mostra Transições. Às 22h30,
começa a Mostra Foco, com quatro
curtas. Tanto a Foco quanto a Mostra Aurora serão avaliadas pelo Júri
da Crítica, que desembarca na cidade também nesta segunda-feira.
No Cine BNDES na Praça, às 21h, tem mais curtas, com a Série 1 dos Curtas na Praça, reunindo quatro
filmes. A noite se encerra à 0h30, no Cine-Lounge, com a apresentação da The Rubens Ewald Filho Band, que
executa releituras e ressignificações dos grandes clássicos de karaokê e hits
contemporâneos de nomes populares da música.
Mais cinema
Na madrugada de sábado para domingo
(25/01), o Cine-Tenda lotou para a
sessão aterrorizante de As Fábulas
Negras, produção coletiva do Espírito Santo, com direção de Rodrigo Aragão,
Joel Caetano, Petter Baiestorf e José Mojica Marins. Reunindo cinco contos
inspirados em lendas populares brasileiras, o filme mistura humor e terror,
deixando a plateia reagindo constantemente ao que via na tela.
Ainda, na manhã de domingo (25/01), houve
mais dois debates do Encontro da
Crítica, Diretor e Público. Na mesa sobre Revoada, filme baiano de José Umberto Dias, a crítica e
pesquisadora Maria do Rosário Caetano contextualizou o longa-metragem dentro da
produção brasileira ambientado no cangaço. “A
estrutura dos filmes, desde O Cangaceiro, em 1950, se dá no embate entre o
líder que quebra as regras e um integrante do bando que tenta retomar a
tradição e reconstruir os valores. No caso de Revoada, a estrutura é outra, de
maior liberdade e poesia”, disse Rosário.
Foto: Leo Lara / Universo Produção / Reprodução. |
José Umberto Dias contou ter se
inspirado na estética barroca “do excesso” para sua visão muito particular da
saga de Corisco e Dadá entre o final dos anos 1930 e começo dos anos 40. “É um filme antropofágico”, resumiu o
cineasta.
Na mesa sobre A Batalha da Maria Antônia, documentário de Renato Tapajós, o
crítico Luiz Zanin Oricchio falou sobre o momento histórico no qual o filme se
ambienta, a partir do relato de um enfrentamento entre estudantes numa rua de
São Paulo em 1968. “Tapajós coloca em
evidência de que maneira enxergar aqueles fatos da época num filme realizado no
presente de hoje”, explica Zanin.
“O filme me parece o ponto de vista de uma esquerda atual
sobre a esquerda daquela época, funcionando como uma crítica da esquerda pela
própria esquerda”, completou o crítico. Tapajós, ao
lado, falou bastante do quanto viveu intensamente a época e a situação do filme
e assumiu ter feito um trabalho sem ambições de equilíbrio ou objetividade. “Eu quis deixar bem claro que sou eu narrando,
sob o meu ponto de vista”, comentou.
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