#Eleições2014: Dilma e Aécio respondem a eleitores indecisos no Debate da TV Globo

outubro 25, 2014

Foto: TV Globo / Reprodução.


Diferente dos outros debates realizados este ano na TV aberta, a Rede Globo inovou mais uma vez, nesta sexta-feira (24/10), ao trazer ao estúdio eleitores indecisos selecionados pelo Ibope para fazer perguntas aos candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Para assistir o debate na íntegra, clique aqui.

Além disso, o modelo menos engessado permitiu um confronto direto entre os dois candidatos, onde um perguntava para o outro. Realizado ao vivo, o debate começou por volta das 22h e foi mediado pelo jornalista William Bonner que, em muitos momentos, pediu para a plateia parar de aplaudir ou vaiar os candidatos em suas argumentações.

Nas redes sociais, a hashtag #DebateNaGlobo liderou entre os assuntos mais comentados pelo público. Internautas comentavam minuto a minuto as respostas e tréplicas dos presidenciáveis de forma bastante acalorada. Na TV, o debate da Rede Globo teve a melhor audiência de todos debates já exibidos neste ano, em torno de 30 pontos de audiência. A título de comparação, foi a mesma audiência da novela das 9 atual, Império.

O debate foi dividido em quatro blocos e teve 1h50 de duração. William Bonner abriu o programa dando as boas-vindas aos candidatos e explicando as regras ao público. O debate transcorreu com a seguinte dinâmica: o primeiro e o terceiro blocos tiveram temas livres escolhidos pelos candidatos que fizeram as perguntas.

Já no segundo e no quarto blocos, as perguntas foram feitas por eleitores indecisos selecionados pelo Ibope em todos os estados do país que estavam na plateia. Cada um elaborou previamente perguntas com temas de interesse nacional, que poderiam ser direcionadas a qualquer um dos candidatos.
Foto: TV Globo / Reprodução.

Por sorteio, Aécio Neves abriu o primeiro bloco de perguntas. No segundo bloco, Dilma Rousseff foi a primeira a responder à pergunta de um eleitor indeciso. No terceiro, novamente de tema livre, o presidenciável tucano abriu a rodada de perguntas, enquanto no quarto e último bloco, os dois candidatos voltaram a responder a perguntas feitas por eleitores indecisos. Clique aqui para conferir os principais pontos abordados no debate. Ao final, Dilma e Aécio tiveram um minuto e meio para suas considerações finais.

Tecnicamente empatados nas principais pesquisas de intenção de voto neste segundo turno, Aécio e Dilma são responsáveis por fazer uma das campanhas eleitorais mais baixas da história recente da nossa democracia. Pautada exclusivamente em ataques, o eleitor quase não consegue absorver as propostas dos candidatos por meio da propaganda eleitoral ou dos debates na TV.

E talvez esteja aí na internet, o lugar onde este eleitor consegue se aprofundar nas propostas de cada candidato e, ao mesmo tempo, encontrar um nível bastante rude de internautas-militantes que perdem a paciência quando são contrariados.

Nunca antes na história do Brasil, a economia tem sido tão pautada numa campanha eleitoral. De forma sintética, um candidato defende a volta do neoliberalismo e o outro a distribuição de renda. Um candidato censura jornalistas, outra lutou na ditadura pela volta da democracia. É só avaliar: dois pesos e duas medidas. Existe uma diferença histórica e pontual entre Dilma e Aécio que é pouca abordada na mídia tradicional, mas muito efervescente na web.

Denuncismo

O Café com Notícias é contra a violência e a favor da liberdade de expressão. Às vésperas das eleições, a Revista VEJA solta uma matéria de capa em que dá espaço para especulações e denuncismos relacionados ao escândalo da Petrobrás que podem comprometer um candidato e, possivelmente, ajudar o outro. 
Meme que circula nas redes sociais simulando a capa da Revista Veja às vésperas do segundo turno das eleições 2014. Foto: Reprodução.

Qual é o interesse disso? Influenciar a opinião pública, mesmo que o preço a ser pago seja a credibilidade. Como foi dito, foram especulações, não provas. O fato da VEJA ter sido alvo de pichações e manifestações por parte de alguns cidadãos não pode ser tratada apenas como vandalismo, mas sim como uma forma – mesmo que condenável, de mostrar indignação e revolta por um veículo extremamente tendencioso e classista.

Não há imparcialidade no jornalismo. O problema é que aqui no Brasil poucos veículos tem a coragem de posicionar de forma clara para o público e se prestam a este tipo de joguete político. Neste contexto, a série House Of Cards, do Netflix, é extremamente assertiva ao mostrar o papel da imprensa no meio político, ora prostituída na ilusão de dar furos jornalísticos, ora criminosa ao defender de forma subliminar interesses mercadológicos. Por isso, reflitam. A questão não é mudar: mas sim, regredir. Vote consciente!







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Jornalista




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