8ª Mostra CineBH coloca a capital mineira no mapa do cinema internacional
outubro 13, 2014Foto: Universo Produção / Flickr / Reprodução. |
De 16 a 23 de outubro, a capital
mineira entra definitivamente no mapa do cinema internacional. É que Belo
Horizonte vira palco da 8ª CineBH –
Mostra Internacional de Cinema de BH. O evento, promovido pela Universo Produção, tem como proposta mostrar
para o público o que há de contemporâneo nas discussões cinematográficas, além
de propor um ambiente de negócios para realizadores. Toda a programação é
oferecida gratuitamente ao público.
Na 8ª Mostra CineBH serão apresentados 98 filmes, sendo 39 longas, 5
médias e 54 curtas-metragens. Destes, há títulos de 20 países (Argentina,
Austrália, Áustria, Canadá, Chile, China, Cuba, Alemanha, Espanha, EUA,
Holanda, França, Bélgica, Portugal, Itália, México, Reino Unido, Noruega,
Luxemburgo, Suíça) e representantes de 12 estados brasileiros (BA, SP, PE, CE,
GO, MG, PR, RS, RJ, RN, RR, SC).
“Os desafios do setor audiovisual brasileiro no mercado
global dão o tom da programação desta edição, que amplia parcerias, ações de
cooperação e intercâmbio, a rede de contatos e negócios e propõe ser
instrumento facilitador para conectar os profissionais brasileiros e estrangeiros”, afirma a diretora da Universo Produção e coordenadora do evento,
Raquel Hallak.
Diferente de outros anos em que a
Mostra acontecia na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza, este ano a
abertura será realizada na noite do dia 16 de outubro, às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB BH),
localizado no Circuito Cultural Praça da
Liberdade. O teatro com capacidade para 264 lugares sediará a abertura do
evento, enquanto no espaço multiuso (100 lugares), será instalado uma sala de
exibição com projeção digital especialmente para atender o evento.
Foto: Universo Produção / Flickr / Reprodução. |
Na abertura, será exibido o filme "Deserto
Azul", do diretor e artista plástico mineiro Éder Santos. Ficção
científica ambientado num futuro distópico, o filme tem no elenco nomes como
Ângelo Antônio, Maria Luísa Mendonça, Chico Diaz e Odilon Esteves.
As cenas foram gravadas em Brasília-DF
e no deserto do Atacama, no Chile, com pós-produção em Berlim, na Alemanha. O
enredo trata de um mundo no qual não há mais guerras nem problemas sociais e
onde resta aos seres humanos, agora dotados de forte espiritualidade, a
"transcendência", busca essencial do protagonista.
Ao longo dos oito dias, a programação
de filmes da Mostra CineBH se divide em quatro mostras, sendo duas grandes e
importantes retrospectivas que prometem mobilizar os cinéfilos. Uma será a do
cultuado diretor francês Olivier Assayas. Ex-crítico da prestigiosa revista
"Cahiers du Cinéma", Assayas estreou como realizador em 1986,
dirigindo "Désordre".
Ainda, serão exibidos oito de seus
filmes, entre eles o mais recente e ainda inédito no Brasil, "Acima das
Nuvens"; e também "Água Fria" (1994), "Irma Vep"
(1996), "Destinos Sentimentais" (2000) e "Traição em Hong-Kong"
(2007), entre outros.
A outra retrospectiva é do cineasta
argentino Santiago Loza, nome reconhecido internacionalmente e ainda pouco
visto no Brasil. Natural de Córdoba, Loza ganhou o prêmio de melhor filme do Festival de Roterdã em 2003 já com seu
primeiro longa, "Extraño".
Foto: Universo Produção / Flickr / Reprodução. |
A 8ª Mostra CineBH vai exibir este e outros sete trabalhos, entre
eles "A Invenção da Carne" (2009) e "Quatro Mulheres
Descalças" (2005). Loza também ministrará uma masterclass no dia 17 de
outubro, quando falará sobre seu percurso na produção independente da América
Latina e de sua experiência como roteirista e diretor, tendo participado de festivais
como Cannes, Berlim e Locarno.
Enquanto isso, na Mostra Contemporânea, com curadoria dos
críticos Francis Vogner dos Reis e Pedro Butcher, serão exibidos filmes
brasileiros e estrangeiros que dividem as atenções do público interessado em
conhecer um recente e instigante panorama da cinematografia mundial.
"Selecionamos alguns filmes de rara personalidade que
não poderiam ser ignorados em uma mostra que se propõe a pensar um espectro da
produção atual. Optamos assim, por uma visão historicamente mais panorâmica,
para que possamos visualizar com amplitude algumas linhas de força que
consideramos fundamentais para se pensar o cinema hoje", diz Francis.
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Jornalista
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