#Crônica: Qual é o seu critério de voto nas Eleições deste ano?
setembro 09, 2014Foto: Site do TSE / Reprodução. |
Há menos de um mês para as #eleições2014, uma pergunta se faz
necessária: qual é o seu critério de voto nas Eleições deste ano? Comecei a
pensar sobre isso quando, logo no início das eleições havia decidido que não
iria votar em cargos do executivo por não me sentir representado e por
acompanhar há alguns anos candidatos ao legislativo mais compromissados com a
sociedade.
Ao tocar neste assunto, dividia
opiniões. Tinha gente que não entendia, que concordava com o meu “protesto” e
ainda havia outro grupo que não acreditava no legislativo, ainda mais no
deputado honesto. Mas, por incrível que
pareça, políticos honestos existem. Por mais que o senso comum nos force
diariamente a acreditar que todo político é ladrão e corrupto, na prática a
coisa não é bem assim. Existem políticos sérios e que defendem causas
importantes de forma engajada.
Mas, após muitas conversas com alguns
amigos, resolvi voltar atrás na minha decisão, principalmente após constatar
que anular meu voto para Presidente e Governador em sinal de protesto neste atual
momento não seria o mais prudente, devido ao contexto inédito das #eleições2014. Pela primeira vez na história
do Brasil, teremos duas mulheres tão antagônicas com condições reais de ganhar
a eleição para Presidente da República.
Então, depois de muito avaliar define
alguns critérios de voto. O primeiro é o alinhamento político e ideológico das
coisas que acredito que possam ser importantes para que possamos ter um país
que não abandone as conquistas sociais e de inclusão alcançadas nos últimos
anos, mas que não ignore a inflação, uma vez que o poder de compra do
brasileiro – principalmente na parte de alimentos, está cada vez mais
preocupante.
Tudo está muito caro! Basta ir ao
supermercado com frequência para se notar o quanto os preços estão
inconstantes. Parece que o dinheiro não rende como rendia antigamente. E acredito
que talvez seja este motivo do debate econômico estar no centro do furacão dos
embates entre candidatos na mídia e na propaganda eleitoral.
Veja também:
Meu segundo critério é: esse
candidato faz parte de qual partido e legenda? Por mais que nós brasileiros
tenhamos a tendência de votar em um candidato por uma afinidade pessoal, é
importante observar o que essa legenda se propõe a fazer e quais são os
interesses dos partidos envolvidos. E o programa político contempla o quê? É
firme nas suas posições? Tudo isso tem que ser ponderado.
Atualmente, temos um candidato a
presidência historicamente neoliberal e com um dos mais frágeis telhados de
vidro da história recente da política brasileira; uma candidata liberal,
ambientalista, mas com um passado socialista e uma outra candidata que tenta a
reeleição com programas sociais fortes, mas que nega a inflação e os erros de
seu partido.
Ainda tem os candidatos de partidos
nanicos se perdem, muitas vezes pelo discurso xiita, mas que colocam no jogo eleitoral
fagulhas de debates extremamente necessários para provocar o eleitor sobre
muitas questões que são omitidas. Diante disso, não resta outra alternativa:
tem que analisar, nem que seja para criar uma lista mental de prós e contras.
Foto: Blog Quinho Ilustrador / Reprodução. |
E, por último, o critério final são os
financiadores da campanha do candidato. Se no Plano de Governo corremos o risco de ser ludibriados, é na parte
dos financiadores – informação que é cedida pelo site do TSE, podemos notar se
o discurso após o início do mandado será bancado mesmo. Tem muito político que
diz uma coisa e faz outra.
Particularmente, tenho pé atrás com candidatos
financiados por Planos de Saúde, Bancos, empreiteiras de obras e empresas de
ônibus (concessão para o transporte público): os interesses nem sempre são os
melhores. O triste é que infelizmente existe empresários que doam para uma
determinada campanha esperando algo em troca depois. Claro que é ruim
generalizar, mas a história recente dos bastidores políticos tem mostrado a “política
brasileira” funciona no esquema de “uma mão lava a outra”. Revoltante!
Por isso que é bom definir os
critérios e ir “peneirando” os seus possíveis candidatos até definir um nome.
Lembrando que todos esses critérios que levantei são os meus critérios. Não são
nem melhor, nem pior, são apenas os meus. E imagino que você tenha os seus
também.
Quem sabe não possamos pensar sobre este e outros critérios que são (ou
seriam) tão importantes na hora de escolher um deputado estadual, um deputado
federal, um governador, um senador e um presidente. Você já pensou sobre isso?
Então, qual é o seu critério de voto nas Eleições deste ano?
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