"Mulheres do Hamas" é tema de série de reportagens no "Saia Justa", do canal GNT
agosto 17, 2014
O conflito entre judeus e palestinos
é antigo. Remonta no início do século passado quando começou haver uma maior
ocupação dos judeus em um território que envolve questões culturais e
religiosas para os dois lados que vão além do território. Para entender o
conflito entre israelenses e palestinos, clique
aqui.
Por mais que acompanhamos na mídia os
muitos capítulos desta história que ainda não chegou ao fim, temos a estranha
sensação de escolher um lado, como se houvesse “vilões e mocinhos”. A coisa não
é bem assim. Em julho, quando os conflitos se intensificaram, me questionei
como seria viver em Gaza. Como será para aquela geração que nasceu ali, sob o
cerco de Israel e do poder do Hamas?
A visão ocidental passada, muitas
vezes, é de que o Hamas é um grupo terrorista. Mas, como pode Israel,
praticamente ilhar Gaza/Palestina do restante do mundo? Isso também não seria
terrorismo? Longe de querer julgar, mas sim querer entender um pouco mais sobre
esse conflito, a jornalista Adriana Carranca,
corajosamente, viajou até Israel e passou alguns dias na Faixa de Gaza.
O resultado desta última visita
rendeu uma série de reportagens que começou a ser exibida na semana passada no
programa Saia Justa, do canal GNT,
na TV Paga. A primeira reportagem se chama “Mulheres do Hamas” e investiga como
as mulheres se posicionam politicamente em Gaza. Para assistir a primeira
reportagem, clique
aqui.
Nesta reportagem, Adriana Carranca conversa
com duas mulheres que atuam como lideranças, apesar do posicionamento distinto.
A primeira é uma deputada que lidera o braço político e feminino do Hamas. Ela
diz que o Ocidente tem uma visão distorcida do Hamas, que para eles é mais um
grupo de resistência do que propriamente de ataques terroristas.
Em seguida, Adriana vai até o outro
lado da cidade conversar com uma mulher casada com um líder religioso que
fomenta o ódio contra Israel em seus sermões. O curioso é que essa mulher já
chegou a ser uma ativista que não usava véu e andava de calça de jeans, mas
depois das inúmeras guerras optou por um discurso mais radical.
O mais interessante dessas duas
personagens é que mostra como a mulher na cultura islâmica, presente em um
conflito que dura tanto tempo e que, infelizmente, está longe de ser resolvido,
consegue se posicionar de forma política no mundo islâmico comandado por
homens. Na reportagem dá para perceber que o que difere estas duas mulheres é a
questão do estudo, mas nem por isso elas deixaram de exercer o seu papel
político dentro da sociedade.
Quem não viu a reportagem, assista.
Quem já viu, reveja novamente e compartilhe com os amigos. É sem dúvida uma
aula de história contemporânea e uma oportunidade para revermos os nossos
próprios conceitos em relação às guerras e as diferenças culturais e
religiosas. Vale a pena conferir!
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Jornalista
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