#PraNãoParar: MGTV lança série de reportagens sobre o transporte coletivo em BH

maio 13, 2014

MGTV exibe série de reportagens sobre os problemas do transporte público. Foto: TV Globo Minas / Reprodução.


Os principais corredores da capital mineira engarrafados em diversos horários durante o dia. Ônibus cheios, ciclistas subjugados, supervalorização do automóvel e um metrô que é lento e lotado. Diante de tudo isso, o que fazer para o trânsito não parar e o cidadão ter um transporte público de qualidade?

Mais do que apontar o que não está funcionando, é preciso debater soluções e mostrar de maneira prática que é possível encontrar uma luz no final do túnel. Esta é a proposta da série de reportagens #PraNãoParar que está sendo exibida nesta semana no MGTV 1ª edição, da TV Globo Minas.

Com problemas tão visíveis e uma dificuldade imensa de dialogar com a população, as autoridades empurraram com a barriga por décadas a situação do transporte coletivo em Belo Horizonte. O resultado é que estamos pagando a conta de forma exorbitante: temos um transporte público caro e completamente ineficiente.

A primeira reportagem da série do MGTV é sobre o MOVE, o sistema “rápido” de transporte público oriundo do BRT. Na segunda quinzena de maio, os moradores da região da Pampulha e Venda Nova passam a utilizar o MOVE e estão completamente perdidos quanto ao sistema. O MOVE era para ser uma alternativa de transporte, mas acabou se tornando uma imposição.

A ideia do transporte público é oferecer opções de rota para o usuário que está a pé e incentivá-lo a deixar o carro em casa. Mas, ao que parece, as nossas autoridades se esqueceram desta premissa. Com a chegada do MOVE, muitas linhas de ônibus serão extintas e algumas serão criadas.
Série de reportagens do MGTV também aborda a questão do trânsito 
e do transporte público em BH. Foto: TV Globo Minas / Reprodução.

O usuário que pegava um coletivo para ir ao centro, passa a fazer duas viagens: do bairro até a estação do BRT e da estação até o centro. Fora que o MOVE foi projetado para ter várias estações no decorrer dos corredores urbanos e muitas das suas estações foram inauguradas antes de estarem com as obras concluídas.

Para quem faz viagens mais curtas de um ponto ao outro, pode parecer que o BRT vai mais rápido, mas para quem mora longe a sensação é de desperdício de tempo e de dinheiro público. É unanimidade entre os belo-horizontinos: o dinheiro deveria ter sido usado para a ampliação do metro, mas não foi.

E tudo indica que isso está longe de acontecer. Enquanto a Metro Minas não conseguir ter o direito das linhas da CBTU, dificilmente haverá algum investimento do poder público no metrô de BH que colocou o sistema como bandeira partidária na sua propaganda política, e não como um projeto efetivo para a cidade. Um lado joga a culpa no outro. Este assunto é abordado na segunda parte da série de reportagens do MGTV.

Enquanto isso, Belo Horizonte fica com um dos piores sistemas de transporte público do Brasil, onde o metrô não consegue dialogar com os ônibus, nem com o BRT e muito menos com os ciclistas. 

Além disso, temos uma empresa de gerenciamento do tráfego que pouco dialoga com o cidadão e faz vistas grossas para os inúmeros problemas da cidade. Desse jeito, está cada vez mais difícil ficar otimista com o trânsito e transporte público de BH. Onde vamos parar?





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Jornalista

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