#Luto: Morre José Wilker, um ator mais que "felomenal"

abril 05, 2014

O ator José Wilker faleceu aos 66 anos de idade vítima de infarto.
Foto: Site Listal / Reprodução.


Tem notícia que a gente custa para acreditar. Pensa que é pegadinha nas redes sociais, reluta até que o debate nas redes fica mais intenso e os veículos de comunicação começam a noticiar com mais detalhes. Foi bem isso que senti quando soube, por um dos meus alunos, na manhã deste sábado (05/04), que o ator José Wilker faleceu aos 66 anos, vítima de um infarto.

A primeira coisa que pensei: “poxa, o Wilker parecia estar saudável. Acabou de participar da última novela das nove da Rede Globo, Amor à Vida, veio de um papel tão bacana do remake de Gabriela – ambas de autoria de Walcyr Carrasco, como pôde morrer assim do nada?”.

Não foi “do nada”. Foi de infarto. E este é um problema do coração que não tem hora para chegar. Acontece. Ainda estou de cara com o falecimento dele...porque é do tipo de notícia que a gente nunca espera. E pensar que os bons atores (da velha guarda) estão nos deixando. Já perdemos Paulo Goulart, agora o Wilker. Complicado.

Quando penso neste ator de voz marcante e que ficou eternizado na TV com uma coleção de bons personagens na teledramaturgia, lembro de Giovanni Improtta, da novela Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva. Um bicheiro que trocava as palavras na tentativa de falar bonito e que tinha o bordão "felomenal". Era muito divertido! O personagem também ganhou as telonas, inclusive.

Aliás, o que não faltou na carreira de José Wilker foram papeis marcantes. Ele coleciona uma boa quantidade de tipos bem distintos. E isso é bom para o ator e para o público, pois podemos ver várias facetas. Um ator que não fica preso em tipos está cada vez mais raro hoje em dia. 

Ah, Wilker também foi diretor. Dirigiu algumas temporadas de Sai de Baixo, sitcom de sucesso do final dos anos 1990 e início da década de 2000, da Globo e que é reprisado no canal Viva, na TV Paga.

Também lembro do José Wilker comentando o Oscar, na Globo (e também na GloboNews), ao lado da Maria Beltrão. Adorava discordar (e concordar) com ele em muitos dos comentários. Era um cara que entendia muito de cinema, mas que tinha uma opinião muito particular sobre a indústria cinematográfica norte-americana.

Acabou que Wilker e Rubens Edwald Filho se tornaram – pelo menos na TV, ícones como comentaristas de cinema. Gente que ama e odeia. Faz parte do show. É com pesar que a gente se despede de um ator do quilate do Wilker. No mais, descanse paz, José Wilker! A sua obra é eterna.




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Jornalista

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