Vídeo Show não decola e irá passar por mais uma reformulação

fevereiro 24, 2014



Por que será que a Globo demorou tanto tempo para perceber que o novo Vídeo Show não decolou? Está é uma das perguntas que mais se ouve entre os telespectadores. Mesmo com a resposta negativa do público logo nas primeiras semanas, precisou do programa perder consecutivamente para concorrência para alguma coisa ser feita a respeito.

Demorou, mas demorou muito mesmo. Mais do que o normal. E o motivo não se resume apenas a presença eufórica de Zeca Camargo à frente do Vídeo Show, mas sim o formato do programa que parece estar em conflito com as reportagens exibidas e o talk show no palco que não conversam entre si. Complicado.

Para o telespectador, parecem dois programas em um único horário, competindo pela atenção do telespectador. Ficou estranho, uma vez que o público quer ver no Vídeo Show os bastidores da emissora carioca, os erros de gravação das novelas e as curiosidades das atrações que estão (ou vão) entrar no ar e, porque não, saber o que anda rolando no mundo do entretenimento, da música e da internet.

Se o principal problema no passado era a condução de Ana Furtado e André Marques, com quadros que pouco priorizavam os bastidores da Globo, o fato é que a entrada de Zeca Camargo pouco contribuiu para que o programa realmente voltasse a ter a pegada mais informativa que o consolidou nos anos em que Miguel Falabella, Cissa Guimarães e Renata Ceribelli estiveram à frente da atração.

E, por incrível que pareça, para fazer o Vídeo Show não precisa reinventar a roda. É só fazer o feijão com arroz de sempre. Quiseram mexer demais em um formato que já estava consolidado e deu no que deu: audiência em queda. Difícil creditar à Zeca Camargo o motivo da rejeição ao formato atual.

Ele é um jornalista muito experiente na área do entretenimento, principalmente em música. Fazer do Vídeo Show um programa mais informativo seria o caminho natural, mas optou-se em transforma-lo em um talk show. Não funcionou.

O fato é que o formato com estúdio, banda, plateia e brincadeiras no palco, do jeito que está no ar, entra em conflito com as reportagens que são veiculadas. Não há nenhum nexo entre o que está no estúdio com as reportagens que são exibidas.

Fica parecendo dois programas em um – por mais que se tenha tido a vontade de dar um ar mais “moderninho e descolado” ao programa que está há mais de 25 anos no ar. Até a vinheta de abertura foi cortada.

Foi preciso perder consecutivamente para o Balanço Geral, da Rede Record, para que o público que gosta do Vídeo Show possa ter o seu programa de volta. Finalmente, a revista eletrônica vai passar por uma reformulação branda para, aos poucos, voltar com a proposta do apresentador chamando reportagens e fazendo matérias especiais, algo do qual nunca deveria ter sido cogitado ser diferente. #voltaVídeoShow






Gostou do Café com Notícias? Então, siga-me no Twitter, curta a Fan Page no Facebook, circule o blog no Google Plusassine a newsletter e participe da comunidade no Orkut.







Jornalista

MAIS CAFÉ, POR FAVOR!

2 comentários

  1. É Wander. Eu tenho muitas saudades do Vídeo Show de Miguel Falabela. Quem sabe, o Zeca Camargo consiga reverter essa situação e até ficar mais simpático? O acho muito artificial.

    Grande abraço,
    Zilda de Assis
    www.porquegenteassim.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  2. É uma pena pois o Video Show sempre foi um programa interessante na sua proposta. Seria uma pena se acabasse. E pelo que li, esse novo formato meio que ``mata`` o programa aos poucos, afinal de contas, se não tiver um link legal entre as atrações fica chato.
    Abraço

    ResponderExcluir