Unesco lança versão digital e gratuita de Manual de Jornalismo Investigativo

fevereiro 22, 2014



Com a proposta de oferecer um material de apoio para jornalistas investigativos, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou esta semana o e-book “A Investigação a partir de Histórias: Um Manual para Jornalistas Investigativos”. Para baixar o livro digital gratuitamente, clique aqui.

Escrito por Mark Lee Hunter e traduzido para sete idiomas, o manual foi publicado pela primeira vez em 2009, por meio de uma parceria entre a Unesco e a rede de Repórteres Árabes para Jornalismo Investigativo (ARIJ). Desde aquela época até hoje, a preocupação principal do livro é ser um manual para desmistificar todo o processo que envolve o trabalho de pesquisa, apuração e produção da reportagem investigativa.

"O Jornalismo Investigativo implica em trazer à luz questões que permaneciam ocultas, seja deliberadamente por uma pessoa em uma posição de poder, ou acidentalmente, por trás de uma massa desconexa de fatos e circunstâncias – e a análise e apresentação de todos os seus fatos relevantes ao público. Dessa forma, o jornalismo investigativo contribui crucialmente para a liberdade de expressão e a liberdade de informação, que estão no coração do mandato da UNESCO", diz a apresentação do e-book.

Nesse sentido, a proposta do livro é trazer luz sobre uma série de discussões que envolvem o jornalismo investigativo – independente da editoria, mostrando que é possível esmiuçar uma informação para poder contar uma boa história de interesse público, social e político, centrado principalmente na apresentação de estudos de caso reais e na investigação por hipótese, usando muitas vezes critérios científicos.

Para o autor Mark Lee Hunter, “há uma série de reportagens investigativas importantes produzidas em espanhol e português, em países como Brasil, México e outros países latino-americanos, bem como na Europa, África e, em particular, em Moçambique”, por isso a tradução do manual para outros idiomas é uma forma de incentivar e promover a capacitação de jornalistas investigativos.

Imprensa

Ciente da importância da liberdade da imprensa para a manutenção da igualdade, da liberdade e dos direitos civis, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem se mostrado bastante preocupada com o número de jornalistas que são agredidos ou mortos por fazerem o seu trabalho.

Na última década, por exemplo, mais de 600 jornalistas foram mortos e muitos mais sofreram ataques não fatais. Por conta disso, a entidade tem se posicionado cobrando punições e esclarecimentos públicos de nações que passam por conflitos ou ainda não tem o Estado de Direito consolidado. Nos últimos anos, infelizmente, tem havido um reduzido índice de condenação dos autores desses crimes.

Em 12 de abril de 2012, a ONU aprovou o Plano de Ação das Nações Unidas sobre a Segurança dos Jornalistas e a Questão da Impunidade. Entre as atividades estão, sobretudo, a capacitação e a segurança dos jornalistas para que eles possam executar com dignidade e respeito o seu trabalho que é de produzir/relatar informação de alcance social e ético. A ONU acredita que “sem liberdade de informação não há jornalismo investigativo”. Abaixo, assista o depoimento de Mark Lee Hunter sobre a tradução do manual de jornalismo investigativo:








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