Obituário – Morre o cantor Reginaldo Rossi, o Rei do Brega

dezembro 21, 2013

O cantor Reginaldo Rossi durante um show de 2009, no Largo do Arouche, em São Paulo.
Foto: Guilherme Lara Campos / Folha de S. Paulo / Reprodução.

"Minhas músicas tocam no iPod do desembargador e no radinho de pilha do porteiro porque, independente da classe social, todo mundo sofre por amor e gosta de ouvir canções românticas. Quando um homem leva um chifre, o diploma cai da parede". (Reginaldo Rossi)


A música brega está de luto. Ou melhor, todos os “apaixonados” estão de luto. Nesta sexta-feira (20/12), faleceu aos 69 anos, o cantor Reginaldo Rodrigues dos Santos – mais conhecido como Reginaldo Rossi, considerado o Rei do Brega.

Natural de Recife, (1944-2013), o cantor havia descoberto a cerca de um mês um câncer no pulmão e estava internado para o tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Memorial São José. A notícia da doença pegou todo mundo de surpresa, principalmente no meio artístico.

Neste sábado (21/12), o corpo de Reginaldo Rossi foi velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, em Recife. Em seguida, houve um cortejo de 14 km até o cemitério Morada da Paz, no município vizinho de Paulista, num carro do Corpo de Bombeiros.

Centenas de fãs foram prestar uma última homenagem ao artista. Autoridades como o governador Eduardo Campos (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), compareceram no local. O enterro foi realizado por volta das 20h, numa cerimônia fechada para a família.
Velório de Reginaldo Rossi na Assembleia Legislativa de Pernambuco, em Recife.
Foto: Matheus Britto / Folha de S. Paulo.

Considerado por muitos um “trovador da música brega”, Reginaldo Rossi deixou inúmeros sucessos, tais como as músicas “Garçom”, "A Raposa e as Uvas" e o “O Dia do Corno”.

Mas, como disse o jornalista, Daniel Buarque - que fez um dos melhores obituários sobre Rossi, o cantor deixou um legado musical importante, principalmente pelo fato da sua música unir pessoas dos mais diferentes tipos e estilos.

Particularmente, descobri Reginaldo Rossi na minha adolescência. Tenho um tio que sempre tinha o CD do cantor no carro. Achava Rossi um barato porque ele conversa com a plateia antes de interpretar as músicas, o que deixava o álbum bastante intimista, diga-se de passagem.

Com o passar do tempo, Rossi se tornou figura presente nos programas de auditório da TV. Participou do Dança dos Famosos, no Faustão, e sempre rendia ótimas entrevistas pela sua inteligência e percepção de mundo. Falava vários idiomas e era um artista que amava (e defendia) o Nordeste brasileiro como ninguém.

Reginaldo Rossi não foi artista de uma música ou de poucas músicas. Mas, lembrar de “Garçom” neste momento é uma forma de homenagear este artista que falou durante anos sobre amor e paixão. Viva a música brega! Viva Reginaldo Rossi! Abaixo, assista um clipe da música “Garçom”, retirado do DVD ao vivo:

Pelo Twitter













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