#Crônica: Entre Justin Bieber e o Rei do Camarote há muito mais do que ego e achismos

novembro 07, 2013


Tem coisa que não agrega valor. Atitudes, falas e expressões que não dizem nada a que veio, mas que se tornam assuntos do momento. Um meme, um hit, um hype. Um besteirol generalizado.

O que é “cool” e o que é “boring” na internet? Talvez, o humor seja o nosso escape para a dureza de descascar um abacaxi por dia para sobreviver. Rimos do inesperado em sinal de esperança e de bom humor, principalmente.

Confesso que tenho visto algumas coisas que não me representam. Cada hora um meme, um personagem pitoresco. Eita trem doido, sô! Entre Justin Bieber e o Rei do Camorote há muito mais do que ego e achismos. Tem carência, solidão, narcisismo, mas muita, muita falta de semancol.

Tem gente que corre atrás de status, da vontade de ser famoso e se manter na mídia a qualquer custo. Notícia pela ridicularizarão. Isso é deplorável! Uma venda de felicidade que é uma verdadeira ilusão.

Aliás, talvez o sucesso deles esteja aí: nós, o público, gostamos de ser enganados porque a verdade é muito cruel. É mais fácil apelar para a fantasia, pelo glamoroso mundo dos ricos e famosos que mascara um vazio sem fim. Nada é para sempre.

Vamos aos fatos! Traz mais uma “champa” saindo faísca e estupidamente gelada, aí! Quem não quer ser vip?

Entre as especulações de que o “Rei do Camarote” é uma farsa ou uma vontade sobrenatural de aparecer, o pobre menino rico canadense dá um tiro no pé atrás do outro pela passagem polêmica que teve no Brasil. Perdeu fãs? 

Duvido. Tem uma legião de talifãs para defendê-lo. O ídolo tem sempre razão. Agora, tem até uma modelo tirando casquinha disso. E olha que não duvido que ela pose para alguma revista [se já não posou] e ainda consiga entrar em algum reality show de confinamento ano que vem?

Justin é um menino de talento e muito bem agenciado. Como está entre os artistas de mais visibilidade entre o público adolescente, se acha o verdadeiro “Rei do Camorote” #sóquenão.

É incrível pensar que um menino de 19 anos e com uma reconhecida aptidão musical – basta ver os vídeos dele no YouTube, bem pequeno, cantando e tocando vários instrumentos, tenha como atitude, assim que chegou no Brasil, promover noitadas com garota de programas.

E para coroar, Justin ainda é procurado pela Polícia por fazer uma pichação que – na cabeça dele, seria um grafite. Um cara vem na sua casa, suja o seu muro e ainda deveria ser reverenciado? Só se for no Canadá, cara-pálida. 

Justin é um garoto normal? Sim, claro que é. Nem as celebridades precisam ser boazinhas o tempo inteiro. Aliás, ninguém é bonzinho o tempo inteiro.

Mas ele - assim como milhões de outros jovens, são influenciados pelo cenário dos rappers/artistas que fazem e acontecem, saem com garotas de vida fácil, tem um pé na marginalidade e estão nem aí para que o público pensa, porque tem gente que venera esse esquema.

O mesmo acontece com o Rei do Camarote que procura status e coisas para agregar valor nas noitadas mais top de São Paulo. Enquanto não nos educarmos para construir uma sociedade que valorize o ser e não o ter, vamos ver gente assim: ostentando um luxo vazio, mas completamente glamoroso nos olhos de quem quer viver de ilusão.

Será quem um dia a gente acorda? Tomara. Até porque trabalho vem antes de sucesso. E isso não é algo que está apenas no nosso dicionário. Serve para vida.

No fritar dos ovos, a verdade é uma só: vamos falar de outra coisa? O mundo gira e a vida continua. Eu quero mais é agregar valor. Valor à minha vida. #compartilhe





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Wander Veroni
Jornalista

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