Cine Café – Documentário "Blood Money" discute a indústria do aborto inseguro
novembro 19, 2013
Você é contra ou a favor do aborto?
Independente da sua resposta, saiba que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 20 milhões de abortos inseguros
são praticados no mundo. Entende-se por inseguro, a interrupção da gestação
feita de forma insalubre e/ou sem o auxilio de um profissional de saúde
qualificado.
Mas, e quando há por detrás um forte comércio de clínicas clandestinas para a realização do aborto? O
que fazer? Este é o pano de fundo do documentário
americano "Blood Money - aborto legalizado", de David Kyle, que
denuncia a milionária indústria do aborto nos Estados Unidos. Confira o trailer:
Mesmo após os 40 anos de legalização
do aborto nos Estados Unidos, o documentário apresenta uma série de casos e de depoimentos
de mulheres que foram coagidas pela sociedade ou até mesmo pelos próprios
companheiros a realizar um aborto e como as consequências
deste ato as abalaram de forma psicológica e afetiva.
"Blood Money - aborto legalizado" está em exibição em algumas salas de cinema brasileiras, desde a
última sexta-feira (15/11). No Rio de Janeiro, o documentário está sendo exibido
no Espaço Itaú de Cinema, localizado
na Praia de Botafogo, 316, sala 3, às 15h30; 17h; 18h30; e 20h (legendado).
No
Recife, a exibição acontece no Cine Rosa e
Silva em horários alternativos, segundo a
programação. Em Belo Horizonte, ainda não há uma data, nem lugar de
exibição, divulgados. Para ver a lista completa das cidades que o documentário
será exibido, clique aqui. Ou ainda, o documentário "Blood Money" está disponível no YouTube com uma versão em inglês e outra em espanhol.
O documentário mostra, por exemplo, o
desespero inicial da maioria das mulheres ao descobrir uma gravidez indesejada
ou fora de hora – além de mostrar um posicionamento crítico perante o número de
casos de depressão e de suicídios após o aborto nos Estados Unidos.
"Blood Money - aborto legalizado" mostra ainda o drama de mulheres que "despejam" seus
bebês no vaso sanitário, quando recorrem a remédios em vez do aborto em
clínicas legalizadas, porém, em sua maioria sem higiene e boas condições de
esterilização. O índice de hemorragias é enorme e pode levar à morte.
O filme é apresentado por Alveda
King, ativista pró-vida e sobrinha do líder pacifista Martin Luther King. "A maior parte dos 3.500 abortos/dia é
feita em mulheres negras, sem nenhuma orientação de saúde qualificada, com
sérias consequências a saúde destas mulheres", explica.
No Brasil, uma das maiores
porta-vozes do filme é a cantora Elba Ramalho. "Assim que cheguei ao Rio, ainda em início de carreira, engravidei
e optei pelo aborto. Isto me traumatizou durante anos, afinal, naquele momento
eu produzi a morte. Hoje, procuro me redimir levantando a bandeira Pró-Vida e
fazendo um trabalho voluntário com as meninas grávidas de baixa renda”,
disse a cantora na pré-estreia do filme, no Rio de Janeiro.
O aborto
No Brasil, uma mulher morre a cada
dois dias devido a abortos inseguros. Dados
da Pesquisa Nacional do Aborto (PNA) apontam que 60% das mulheres
brasileiras já fizeram aborto entre 18 e 29 anos, enquanto 24% fizeram entre 20
e 24 anos.
Segundo o artigo 128 do Código Penal
brasileiro, de 1940, o aborto é permitido em caso de violência sexual assim
como em caso de risco de vida para a mãe e, em decisão posterior do Supremo
Tribunal Federal (STF), também nos casos de anencefalia fetal.
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Jornalista
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