Café Convidado - Impressões do show do Red Hot Chilli Pepers no Mega Space

novembro 06, 2013


Na seção Café Convidado de hoje, a jornalista Flávya Pereira – amiga e parceira de longa data do Café com Notícias, fez uma reportagem especial (e ainda cedeu fotos incríveis) para o blog sobre o show do Red Hot Chilli Pepers, no Circuito Banco do Brasil, edição Belo Horizonte.

O evento, que aconteceu no último sábado (02/11), no Mega Space, em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, foi cercado de grande expectativa por parte do público mineiro que pela primeira vez iria conferir in loco a turma de Anthony Kieds e cia no palco.

Mais do que falar dos problemas estruturais que o evento teve e que foi amplamente divulgado pela imprensa, Flávya fez um relato sincero do show na parte musical. A sensação para quem não foi – como é o caso, é de que se perdeu uma ótima oportunidade de ouvir boa música feita por artistas diversos. Abaixo, confira o texto:


BH se rende à Red Hot Chili Peppers

*Por Flávya Pereira

Não era nem quatro horas da tarde e as faixas da avenida onde fica o Mega Space, em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, estavam tomadas por pessoas com um mesmo objetivo – como entregava as camisetas que vestiam: ver Red Hot Chili Peppers e curtir muito rock and roll.

No sábado (02/11), o espaço recebeu a primeira edição do Circuito Banco do Brasil Belo Horizonte e a banda californiana foi a atração principal. Dez minutos após o horário marcado, às 23h30, foram tocados os primeiros acordes da guitarra de Josh Klinghoffer, do baixo de Flea, da bateria de Chad Smith e por último, entrou no palco a inconfundível voz de Anthony Kiedis. A banda com 30 anos de estrada logo mandou “Can’t stop”.

Quem estava no primeiro lote do público próximo ao palco sofreu um pouco com o empurra-empurra, que acabou na segunda música, quando cantaram “Dani California”. Emendada a outro grande sucesso: “Otherside”. Homens, na maioria, estavam ensandecidos com a presença da banda.

O repertório contou com 17 músicas. Dos hits ficaram de fora “Scar Tissue” e “Tell me baby”. “Californication” e “By the way” fecharam a primeira parte do show. Ambas com direito a coro extensivo do público que chegou a abafar a voz de Anthony. A apresentação durou uma hora e 40 minutos e foi encerrada com as clássicas “Around the world” e “Give it away”. Pular foi o verbo daquele momento.

Red Hot Chili Peppers é daquelas bandas de poucas palavras. Eles querem é subir no palco, tocar, cantar e serem performáticos. Anthony, o vocalista, pouco conversou. 

Um cumprimento em português, um “thank you, Belo Horizonte” e só. O baixista Flea, um dos fundadores e considerado o mais simpático, foi quem interagiu com o público por poucas vezes, mas fez jus ao título de simpático da banda.

Acredito que os 40 mil presentes, segundo a organização do Circuito, saíram do show com a sensação de terem visto um dos melhores shows da vida. Red Hot Chili Peppers continua ótimo, mesmo com algumas trocas de guitarristas, e ainda dá muita conta do recado.

Palco Circuito – principal

A primeira banda a abrir os trabalhos no Circuito foi Jota Quest. Os mineiros fizeram um show leve, lotado de hits, divertido e com um tom de crítica política. 

Durante a música “De volta ao planeta”, Rogério Flausino comentou: “percebem que as letras sobre corrupção são sempre atuais”? No telão, ao fundo, eram exibidas capas de revista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em seguida, a apresentação foi d’O Rappa. Em função de manifestações dos moradores da região, a MG-020, uma das vias de acesso ao Mega Space, estava interditada. Os integrantes da banda não chegaram a tempo de fazer o show no tempo previsto.

Segundo o vocalista, Falcão, a equipe foi dividida ao meio e alguns chegaram e os outros não. Com isso, a apresentação começou com 45 minutos de atraso e durou apenas meia hora. O público mostrou-se insatisfeito com a situação, mas apoiou a banda que preferiu não atrasar o show dos demais artistas.

Antes do Red Hot Chili Peppers, subiu ao palco os americanos do Yeah Yeah Yeahs. Mais da metade do público desconhecia a banda. A vocalista Karen O estava com um figurino brilhante, colorido e tinha uma performance divertida. Mas o show não empolgou.

O som não estava bom e a voz de Karen ficou abafada. Além de fazer um show para ela, sem interagir com a plateia. No pouco que vi da apresentação, a vocalista olhou para o público apenas uma vez. 

Os olhos ficaram fechados ou olharam somente para a tela do computador com a letra das músicas. A banda é considerada boa para o cenário do rock alternativo, mas não conquistou o público do Circuito.

Palco Brasil

A mineira Tianastácia foi a primeira atração do Circuito Banco do Brasil. A banda mostrou em um show curto e toda a vitalidade de 21 anos de estrada dos integrantes. O show é divertido, com apostas em clássicos dos anos 1990 e início dos anos 2000.

Eles também apresentaram a nova canção “Love, love”, trilha do filme nacional “Mato sem cachorro”, em cartaz nos cinemas. A apresentação ainda rendeu homenagens aos Raimundos e ao Charlie Brown Jr. Tianastácia abriu o evento com chave de ouro.

A surpresa do evento, sem dúvida, foi o show de Gaby Amarantos. A cantora paraense ressaltou a importância da mistura de ritmos e colocou o público para dançar o tecnobrega. Muito divertida, ensinou coreografias, ouviu em coro “Ex mai love”, trilha da novela Cheias de Charme, da TV Globo.

Além de cantar sucessos como “Fogo e paixão”, de Wando, e “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó. Em clima de descontração, ela declarou que “viveu para ver os camisas pretas – roqueiros - cantarem músicas consideradas bregas”.

Gaby dividiu o palco com a mineira Fernanda Takai. Participante do quadro “Medida Certa”, do Fantástico, saiu do palco ouvindo gritos de “gostosa”. Ela agradeceu o carinho e o respeito que os mineiros tiveram com o trabalho dela.


Fotos: Flávya Pereira.



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*Perfil: Flávya Pereira, 26 anos, é mineira, jornalista formada, produtora e repórter de TV. É também apaixonada por música, cultura e entretenimento. Atualmente, é repórter especializada em agronegócios e faz MBA nesta área pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo.








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