#Crônica: O dia que quase fui assaltado de novo
agosto 24, 2013
Na noite desta sexta-feira (23/08),
ao chegar em casa um pouco mais tarde do que o costume, quase fui assaltado de
novo na minha própria rua. Quase. Não reagi ao assalto, mas a situação em si. É
um alívio e tanto escapar de uma situação de possível violência. Estou
agradecendo a Deus – ao meu anjo da guarda, até agora.
Moro uns cinco quarteirões do ponto
final do ônibus. Desta vez, ao descer do coletivo, notei que estava sendo
seguido por dois homens. Por ser de madrugada, a rua estava vazia, porém com
muito movimento de carros. Foi graças a este movimento que consegui correr e
ganhar uma distância considerável dos marginais.
Enquanto corria, tive a ideia de
ligar para a Polícia, no número 190. Claro, sei que a polícia não ia aparecer
como um passe de mágica, mas quem sabe intimidaria os assaltantes. Correndo,
falei com a atendente que estava sendo seguido por dois homens, dei o endereço
da rua e disse a ela que não conseguia prestar a atenção no rosto ou nas roupas
dos bandidos porque eu estava correndo.
Por sorte, a atendente disse que
tinha uma viatura próxima ao local e que se caso eles me alcançassem para eu
não reagir. Fiz questão de falar alto para ver se os bandidos ouvissem que
estava chamando a polícia. Funcionou.
Eles pararam de correr e começaram a
gritar palavras de insulto. De longe ouvi a sirene do carro da polícia. Eles
fugiram. Mas, nessa hora, já tinha conseguido abrir o portão e estava dentro de
casa. Foi um alívio. Não sou atleta, mas corri o máximo que pude. As pernas
ainda estão doendo. Corri em ziguezague na rua porque fiquei com medo de ganhar
um tirou ou até mesmo uma pedrada. Graças a Deus não aconteceu nada.
Da outra vez que quase fui assaltado,
estava voltando de táxi para casa. Quando saí do carro, na porta da minha casa,
apareceu um homem mal encarado me pedindo dinheiro.
Como disse não, ele ficou agressivo. O motorista de táxi viu pelo espelho do carro e voltou. Sai do carro com um pedaço de ferro e o intimidou. O mau elemento foi embora. Fiquei eternamente grato ao motorista. Meu anjo da guarda é forte!
Como disse não, ele ficou agressivo. O motorista de táxi viu pelo espelho do carro e voltou. Sai do carro com um pedaço de ferro e o intimidou. O mau elemento foi embora. Fiquei eternamente grato ao motorista. Meu anjo da guarda é forte!
Agora, mais calmo, lembrei de uma
pesquisa preocupante. De acordo com os dados do Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, do Centro Brasileiro de Estudos
Latino-Americanos, Minas
Gerais é o único estado da região sudeste a ter aumento no número de crimes.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, houve queda de 37,9% e 64,2%,
respectivamente. Na região Sudeste como um todo, o declínio foi de 40,1%.
O problema da violência é algo que
está incomodando muito os mineiros. Moro num bairro que já possui um histórico
alto de violência, apesar do constante patrulhamento que vejo da Polícia
Militar. Fiquei morrendo de medo de acontecer alguma coisa mais séria, por isso
liguei para a polícia. Só pensava na minha família, se conseguiria voltar para
casa são e salvo. Consegui. Ainda bem.
Não sei se os bandidos foram presos,
mas pelo menos as autoridades estão cientes do fato. Tive que ter ousadia num
momento muito arriscado. Não queria virar apenas mais uma estatística de crime.
Graças a Deus, cheguei em casa bem. Não me levaram nada. Foi um susto e um
aprendizado para tomar cuidado. A violência pode estar em qualquer lugar, em
qualquer horário.
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4 comentários
Realmente, as estatísticas em MG são alarmantes...
ResponderExcluirEu nunca fui assaltada, graças a Deus, mas imagino o seu susto, principalmente quando estava chegando em casa, local que se espera relaxar e ter segurança.
Ainda bem que terminou bem!
Caramba, Wander, ai tá pior que São Paulo.
ResponderExcluirMas ainda bem que você está bem.
Ola Wander
ResponderExcluirMoro relativamente perto de você e tomei por hábito não chegar após as 20:00 h em casa. Os moradores do Céu Azul, Trevo, Garças e Nova Pampulha sofrem com esses assaltos e roubos. Por aqui a vida não está fácil não... e sabemos de onde eles vem...
Sério mesmo, não consigo colocar na cabeça que uma coisa dessa ocorreu na "nossa rua". Lugar este que por diversas vezes passamos os dias e até as noites jogando conversa fora. Na minha cabeça é uma coisa muito distante, triste ilusão.
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