16ª Mostra de Cinema de Tiradentes apresenta filmes de diversas partes do Brasil

janeiro 16, 2013



Mostrar para o público que o cinema brasileiro ficou mais independente do eixo Rio São Paulo. Esta é a proposta da 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que começa nesta sexta-feira (18) e vai até o outro sábado (26). De acordo com os organizadores, esta edição conta com mais de 65% dos longas originários de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Paraná e Bahia.

O festival faz parte do circuito Cinema sem Fronteiras e abre o calendário audiovisual brasileiro. Este ano, o festival prestará uma homenagem à atriz Simone Spoladore e lança o desafio de exibir, refletir e colocar em evidência a produção cinematográfica brasileira contemporânea em 131 filmes: 34 longas e 97 curtas em 54 sessões de cinema. No primeiro dia do evento, será exibido no Cine-Tenda, às 21, a produção paraibana Onde Borges Tudo Vê, de Taciano Valério.

Durante nove dias de programação oferecida gratuitamente ao público, a cidade de Tiradentes torna-se a capital do cinema reunindo um público estimado em mais de 30 mil pessoas. “A cada ano, a Mostra Tiradentes tem demonstrado sua capacidade de renovar-se e estabelecer diálogo entre as diversas esferas da sociedade e as forças constituintes de uma cinematografia. Nesta edição o público vai conhecer a produção brasileira de todos os cantos do Brasil, novos diretores, novas maneiras de fazer cinema – a diversidade na pulsação da contemporaneidade”,  afirma a coordenadora da 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes, Raquel Hallak.

Um diferencial importante desta edição da Mostra de Cinema, segundo os organizadores, é que a descentralização das políticas públicas de incentivo à produção cinematográfica, a disseminação da tecnologia digital e das obras realizadas coletivamente, bem como as iniciativas de formação de mão-de-obra, proporcionadas por programas de capacitação e qualificação em todo o país, provocaram transformações no fazer cinematográfico  culminando na perda do eixo geográfico (antes centrado em RJ-SP) e em novas experiências de estilos cinematográficos da produção recente.

Desde o ano passado, o evento conta com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, a instituição promoverá o evento Cine BNDES na Praça, montado no Largo das Forras, no centro de Tiradentes, onde serão exibidos documentários ao ar livre, além da Mostrinha de Cinema, dedicada às crianças, que poderão assistir ao filme de longa-metragem de animação Peixonauta: o Agente Secreto da O.S.T.R.A., de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo. A produção tem apoio do Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (BNDES Procult).

Novatos

Novas mostras temáticas marcam esta edição, além da conhecida e aguardada Mostra Aurora, dedicada a jovens diretores com até três longas-metragens na carreira e que primam pela inquietação formal ainda não legitimada.

Dos sete concorrentes deste ano, cinco são documentários: "Ventos de Valls", "Matéria de Composição", "Nas Minhas Mãos Eu Não Quero Pregos", "Flutuantes" e "Os Dias com Ele". Além disso, há dois de ficção: "Ferrolho" e "Linz - Quando Todos os Acidentes Acontecem".  Minas Gerais participa com o recorde de três produções nesta seção competitiva.

“Havia mais de 35 filmes inéditos inscritos com perfil para a Mostra Aurora. Poucas vezes vi o Aurora com tanta personalidade própria. Esta programação tem algo de estratégia política de percepção, de visibilidade e de discussão”, aponta o curador Cléber Eduardo.

Uma parceria inédita com a Divisão de Promoção do Audiovisual do Ministério das Relações Exteriores permitiu a concessão do Prêmio Itamaraty no valor de R$ 50 mil para o vencedor da Mostra Aurora deste ano, a ser escolhido pelo Júri da Crítica.




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Jornalista

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3 comentários

  1. E os promotores ainda demonstram responsabilidade social, pois são parceiros da campanha contra a Dengue. Os VTs que alertam sobre a necessidade da prevenção aos focos do mosquito serão apresentados na Mostra.

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  2. Todo ano eu vou à Tiradesnte com o meu pai para este festival...tem um monte de gringo. É o maior barato!

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  3. De uns anos para cá tenho notado um grande número de filmes brasileiros e muitos de excelente qualidade, por sinal. Acho muito válido ver festivais assim que promovem não só o cinema, mas a reflexão sobre aquilo que o público vai assistir.

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