Massacre em Newtown – Fragilidade dos Estados Unidos e a questão do desarmamento
dezembro 15, 2012
A maior tragédia já vista em uma
Escola dos Estados Unidos (EUA). É assim que a imprensa internacional vem tratando o
massacre que aconteceu na cidade de Newtown, no estado de Connecticut, nos
EUA. Na manhã da última sexta-feira (14/12), por volta das 10h – horário
de Brasilía-DF, um homem entrou na escola primária Sandy Hook e matou 20
crianças e seis adultos, além da própria mãe. Ao final, o suspeito Adam Lanza,
de 20 anos, teria se suicidado, de acordo com informações repassadas à imprensa
pela Polícia norte-americana.
Não é a primeira vez que uma tragédia
deste porte acontece nos EUA. Em abril de 1999, dois estudantes
mataram 12 colegas e uma professora na Escola de Columbine, em Littleton, no
Colorado. Ao final, os assassinos também teriam se matado. O fato que assustou
todo mundo, anos mais tarde, virou documentário.
Mesmo com toda comoção em torno do assunto,
difícil entender este fascínio às armas de fogo tão enraizadas à cultura
norte-americana. Lá, em muitos estados, é possível comprar uma arma no
supermercado ou numa loja de conveniências, por exemplo.
Em coletiva à imprensa após o
massacre em Newtown, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, colocou a
questão do desarmamento em pauta – nas entrelinhas, como uma forma de inibir o
acesso fácil às armas. “Como país, nós
passamos por isso um número excessivo de vezes. Nós precisamos nos unir
enquanto comunidade para impedir que esse tipo de evento ocorra novamente.
(...) Michele e eu abraçaremos nossas filhas hoje à noite. Infelizmente, muitos
pais de Newtown não poderão fazer o mesmo. Elas tinham as vidas inteiras pela
frente. Nossos corações estão partidos”, disse Obama que se emocionou
durante o pronunciamento. Confira o
vídeo:
O Brasil viveu, em abril de 2011, uma
tragédia parecida, em uma escola de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Doze
crianças morreram baleadas na Escola Municipal Tasso da Silveira. Elas foram
vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, que entrou
alvejando disparos no colégio e havia sido aluno da escola. Após o ataque,
Wellington se matou. Clique
aqui para ver a história completa.
Barrigada
No jornalismo, quando se passa uma
informação errada, usa-se a expressão “barrigada” ou “barriga”. Na pressa do hard
news em desvendar o perfil do suspeito de ter assassinado mais de 20
pessoas na escola primária de Newtown, a imprensa norte-americana deu uma “barrigada”,
baseada somente em informações e suposições da internet.
Empresas jornalísticas sérias como Fox News, CNN, Buzzfeed e Gawker passaram a divulgar a página no
Facebook do suspeito, Ryan Lanza. cuja cidade natal seria Newtown, Connecticut,
e estaria vivendo atualmente em Hoboken, New Jersey. Em questão de segundos,
amigos de Ryan começaram a postar nas redes sociais que ele não era o assassino
e que se tratava de um homônimo. Além disso, como ele poderia estar atualizando
o seu perfil, sendo que o assassino cometeu suicídio na escola?
"Fuck you CNN, não fui eu. (...) Eu estou no ônibus
indo para casa agora, não fui eu. NÃO FUI EU, EU ESTAVA NO TRABALHO", postou Ryan nas redes sociais. Só depois que os veículos de
comunicação começaram a dar o nome correto do suspeito, Adam Lanza, de 20 anos,
que teria entrado na escola com os documentos de um irmão que já havia
falecido.
Fotos: Agência EFE.
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Jornalista
2 comentários
Achei bonito que o que o Obama falou sobre a tragédia e mostrou o quanto ele como presidente tem sensibilidade. Esse negócio de vender arma em cada esquina nos Estados Unidos é muito perigoso. Dá margem pra gente desequilibrada fazer esse tipo de tragédia.
ResponderExcluirMuito triste o que aconteceu na Escola de Newtown. O pior foi a imprensa americana dá essa barrigada e dá o facebook do cara ao vivo....essa mancada merece um processo, no mínimo.
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