#Crônica: Aonde foi parar o amor?
setembro 18, 2012
Amor é algo que a gente sente. Muitas vezes, não dá para explicar.
Acontece. No entanto, uma coisa é certa: está faltando amor no mundo. Quem me dera que isso fosse apenas uma impressão pessoal. Adoraria estar errado. Infelizmente, o amor
virou artigo de luxo. Corre o risco de entrar em extinção. A maior prova disso
é que mais da metade da população confunde amor com obsessão. Amor virou apego,
muleta e superego. Daqui a pouco, vai rolar um campanha nas redes sociais pedindo
mais AMOR. Não duvido!
Aonde foi parar o amor? Cadê aquele amor que completa, e não só
divide? O amor deixou de ser amor quando TER passou a ser mais importante do
que SER. O amor contemporâneo deixou de ser verbo e virou sujeito. Em alguns
casos, adjetivo. De qualidade, virou defeito. Fulano de Tal ama demais. Cicrano
ama de menos. Dá para mensurar o amor?
Os filósofos questionam se amor tem explicação. É um sentimento
abstrato ou algo concreto? Você tem o amor. Mas, o amor te tem? E não estou
falando apenas do ponto de vista gramatical. Falo de sentimentos. Do amor maior
do mundo. Daquele tipo de amor que dá brilho nos olhos e nos enche de
entusiasmo. Do amor que acolhe, conforta, redime e desperta desejo. Saudade do
amor que sabe encher a nossa bola quando necessário e também sabe criticar
quando é preciso. Todo mundo deveria ter um amor de construção.
O amor tem vários tipos. Talvez, aquele que seja mais importante é
o amor ao próximo. Amar o outro como amamos a nós mesmos. Esse tipo de amor é
tão difícil. Mais de dois mil anos se passaram e poucas nações se predispuseram
a entender as possibilidades dessa modalidade de amor. Guerras foram criadas em
nome do Amor Divino. Tentaram explicar aquilo que não se explica: o amor. Amar
é tão complicado....quando será que a humanidade vai aprender a amar?
Gostaria de saber essa resposta que, por ora, é apenas pergunta.
Todos nós temos os nossos amores, mas quanto tempo nos dedicamos a eles? O que
fazemos para o nosso amor próprio? Não tem receita. Aliás, até tem. Cada um tem
a sua resposta e o modo como o amor toca o seu coração. O amor de verdade só
acontece com o perdão, com a aceitação daquilo que pode ou deve ser mudado. Se
for mudado. Muitas vezes, o amor permanece e nem sempre acontece. Como diria o filósofo:
o amor é universo, e não apenas constelação. Veja o vídeo, abaixo:
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Jornalista
2 comentários
Oi Wander, que texto bacana!
ResponderExcluirrealmente é interessante pensar sobre esse sentimento tão complexo....sempre amei muitas pessoas, cada uma manifestada de forma diferente...amor por pai e mãe, amor de irmã, amor por um homem, etc. mas, quando minha filha nasceu eu percebi que "todos os meus amores" embora importantes, eram pequeninos perto do que sinto por ela....como é bom isso! realmente inexplicável, uma benção de Deus....abçs
Obrigada por me propiciar algumas ou muitas reflexões tanto de atitudes quanto de anseios.
ResponderExcluirbeijos, Maria Marçal - Porto Alegre - RS