Encontro com Fátima Bernardes precisa investir mais no Jornalismo e no Factual
junho 27, 2012
Nunca antes na história das manhãs da TV aberta esteve tão movimentada. Até a Rede Globo, que das emissoras atuais é que possui a grade mais estável se rendeu as mudanças, principalmente no horário matutino. E o atual destaque dessa semana atende pelo nome de Encontro com Fátima Bernardes. A nova grade da Globo foca totalmente no público adulto e conseguiu criar propostas diferentes durante toda manhã. Com dois dias de estreia, o programa de Fátima ainda não disse a que veio e a impressão de quem assiste é que falta alguma coisa.
Até agora, pelo contexto que foi mostrado, a produção de Fátima Bernardes ainda não conseguiu mostrar para nós telespectadores a Fátima “que a gente ainda não viu”, conforme apresentado em campanha publicitária. Claro, a apresentadora tem carisma de sobra. Mas não é só carisma que segura uma audiência. As pautas são fracas. E, pelo menos no início, a expectativa do público é que a atração da esposa de William Bonner fosse uma revista eletrônica bem conversada, que abrisse mais espaço para o jornalismo e que deixasse o público bem informado durante as manhãs.
Esse é o ponto que a Globo não se tocou. Ao permitir que Fátima estreasse com pautas frias e sem movimentar repórteres pelo Brasil ou se posicionar diante das notícias – coisa que o telespectador adora ver, a emissora deu uma grande mancada. Fátima saiu da bancada do jornal, mas a bancada não saiu dela.
E, provavelmente, demorará a sair. E isso não é ruim, pelo contrário: dá a credibilidade necessária para que ela experimente outros modelos de telejornalismo no vídeo, que saia para rua quando necessário e que se torne a âncora das notícias da manhã da emissora, comentando, analisando ou reportando.
Imagine se Fátima estreasse com um grande furo de reportagem e desse espaço suficiente para conversar sobre essa pauta – seja com os repórteres ou com as fontes, além de atualizar o público sobre as últimas notícias do dia. Ia ser o comentário da semana. Não que a Fátima tenha que ir para o hard News. O grande pulo do gato seria mostrar para o telespectador que é possível informar de outro modo, mais livre e menos engessado.
Claro, essa reponsabilidade de âncora tem que ser trabalhada de forma suave e bem conversada, abrindo espaço para a participação do telespectador e que o estúdio seja um complemento da notícia e não apenas o principal canal. Querendo ou não, a imagem de Fátima Bernardes ainda está enraizada com o jornalismo.
Gostou do Café com Notícias? Então, siga-me no Twitter, curta a Fan Page no Facebook, circule o blog no Google Plus, assine a newsletter e participe da comunidade no Orkut.
Jornalista
1 comentários
Um dos piores probramas de Tv que eu já vi. Da sono...
ResponderExcluir