Redes Sociais e o futuro da comunicação
maio 01, 2012
Desde
que me formei como jornalista, em 2007, sempre acreditei no poder das redes
sociais. E, desde então, tenho me especializado neste nicho e me dedicado a
pesquisas sobre o assunto. De 2007 para cá, muita coisa mudou. Muita mesmo. E
continua mudando, graças a Deus. Hoje em dia, pelo celular smartphone com 3G,
podemos transmitir qualquer evento ou acontecimento em tempo real via redes
sociais para o mundo. O jornalismo está mais empreendedor e independente do que
nunca.
Logo no
começo, enquanto um grupo de pessimistas encarava as redes sociais apenas como
entretenimento, eu estava firme e forte no grupo dos otimistas que acreditavam
que estávamos diante da revolução, de uma nova forma de se produzir conteúdo e
interagir com o público. Primeiro vieram o “boom”
dos blogs, a explosão do Orkut, a viralização do YouTube, o broadcasting do
Twitter e a simplicidade do botão “curtir” do Facebook que encantou o mundo. E
continua encantando...assista o vídeo, abaixo:
Para
que serve mesmo o Orkut e o MSN? Outro dia me fiz essa pergunta. Existe alguém
que ainda usa essas duas redes? Existe, claro. Elas são muito ativas. O
problema que uma parte da população que já vem caminhando e acompanhando o fenômeno
das redes sociais, vai aos poucos encontrando outras redes que se identificam
mais e, principalmente, que oferecem mais funcionalidade. Quando o seu grupo
social sai do Hotmail e vai para o Gmail, por exemplo, a rede incorpora novos
hábitos e recursos. Os usuários vão moldando a rede o tempo todo.
Hoje,
Twitter, Facebook e YouTube são tops. Não só para uso pessoal, mas para quem
quer pensar em colocar o seu blog, site ou assessorado nas redes. É preciso
pensar nessas três num primeiro momento e, acima de tudo, entender que a dinâmica
delas é diferente. Cada rede social tem uma funcionalidade, um objetivo. Não dá
para pensar em internet sem palavra-chave.
Além disso, o conteúdo é o mestre de tudo: é por meio da informação que se
forma uma rede em torno de você ou se participa de uma em que se tenha
afinidade.
Veja também
Confesso
que custei a entender que as redes são diferentes. E, principalmente, que é o
público de cada rede quer um conteúdo diferente. O Orkut no Brasil não tem a
mesma relevância que tinha em 2007, por exemplo, mas ainda existe gente lá que
movimenta comunidades, posta foto, manda scrap e divulga evento porque custou a
convencer a família ou alguns amigos a criarem um perfil em rede social e eles
não querem sair de lá, porque o facebook é difícil. Quem nunca ouviu isso? Com
o Twitter acontece a mesma coisa.
A
principal resistência ao Twitter e ao Facebook é que eles exigem a produção e
compartilhamento de conteúdo. Nem todo mundo está disposto a produzir conteúdo
o tempo todo. No Orkut, não. Até tinha troca de conteúdo para quem participava
das comunidades, mas para quem só tinha perfil, a rede social funcionava como
um grande mural e um “vigiava” a vida do outro, no bom e no mal sentido.
Tem
gente que transforma o próprio perfil em diário pessoal, revelando detalhes da
intimidade que podem ser perigosos, do ponto de vista da segurança,
principalmente. Se os usuários carentes – aqueles que querem atenção a toda
hora, já eram mal visto, imagina agora? Pior do que ser carente, é ser troll o
tempo inteiro. Tem internauta que não tem semancol. Criticar é uma coisa. Ser
arrogante é outra!
Para
muitos, o principal desafio da internet, desde o seu surgimento e até os dias
de hoje, sempre foi e sempre será o conteúdo. Isso não é só uma premissa das
redes sociais, nem dos blogs. Agora, a coisa está mais evidente porque qualquer
um pode ter um perfil e produzir conteúdo nas redes sociais. E nem sempre este
conteúdo é relevante, informativo e verídico.
Estamos
em um processo de transformação da comunicação. Se para os comunicadores já é difícil
assimilar tantas mudanças em menos de cinco anos, imagina para o público?
Estamos num processo de entendimento das redes. Vamos errar muito, na mesma
intensidade que vamos acertar e aprender. Quando se entende que as redes tem
linguagem própria, já abrimos a mente para o novo, para o conhecimento se
transformar em ação.
No
Twitter, por exemplo, temos post minuto a minuto, arroba, hashtag, “RT”, block
e Trending Topics. Tem que ter conteúdo para ser seguido e ser relevante. O Facebook
também tem as suas particularidades: curtir, compartilhar, fan page, marcar
foto, citar amigos e fazer check in
de lugares onde está. É tão legal compartilhar banner e imagens no facebook,
não é mesmo? O Youtube é mais fácil. A maioria só assiste vídeos. Mas há quem
se arrisca e produz conteúdo audiovisual, os vloggers. Cada rede tem a sua
linguagem, o seu jeito.
Os
blogs ainda tem a sua força e estão vivendo um momento de consolidação. Muitos
internautas já entenderam que nos blogs a informação circula de uma maneira
mais livre e independente. Muitos blogueiros não são só produtores de conteúdo,
são empreendedores. Quando se abre a mente para entender essas diferenças, as
redes sociais se tornam mais divertidas, e menos complicadas. O negócio é não
ter medo e pesquisar. Arrisque-se!
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no Google Plus, assine a newsletter e participe da comunidade
no Orkut.
Jornalista
8 comentários
Quando a gente para pensar o quanto as redes sociais já mudaram e estão mudando a comunicação em tão pouco tempo é algo que assusta mesmo. Viva a revolução da web! Parabéns pelo artigo Wander.
ResponderExcluirEi querido. O que percebo hoje é que tem muita gente trabalhando com internet. Uns, realmente sabem o que fazem. Outros são picaretas. O ruim é que nem sempre quem tem qualidade, tem o espaço devido. Adorei seu artigo. Beijos
ResponderExcluirMuito legal o seu artigo. Estou fazendo faculdade de jornalismo aqui em BH e vira e mexe o povo comenta do seu blog. Parabéns pelo excelente trabalho que fazes. Meu sonho é trabalhar com redes sociais, blogs e internet e neste artigo aprendi coisas que não sabia. Obrigada por compartilhar. :)
ResponderExcluirO que mais me encanta nas redes sociais é o debate. Não entendo muito disso, mas prefiro ler blogs independentes como o seu do que ficar me estressando com esses jornais cheios de amarras políticas e empresariais. O público quer liberdade de ideias. E isso só é possível nas redes.
ResponderExcluirExcelente artigo, Wander. Vou compartilha-lo na minha rede. Leio sempre o seu blog, apesar de não comentar muito.
ResponderExcluirSempre acesso o seu blog, mas comento muito pouco. Hoje este post me chamou a atenção pq também comecei a trabalhar com internet nesta época e, realmente, muita coisa mudou, está mudando e vai mudar. Parabéns pelo artigo e por dividir o seu aprendizado conosco.
ResponderExcluirMuito bom Wander!!!
ResponderExcluirWander
ResponderExcluirFoi por meio do google+ que vim ler seu artigo, tenho usado bastante e com bons resultados.