5ª Mostra CineBH – Evento discutiu o fomento do cinema contemporâneo

outubro 05, 2011

Público conferindo, no Cine-Praça, a estreia nacional do longa "Outras Estorias",
com direção de Pedro Bial. Foto: Pedro Vilela/Universo Produção.




De 29 de setembro a 04 de outubro de 2011, a capital mineira foi palco da 5ª Mostra CineBH – Mostra de Cinema de Belo Horizonte. Em seis dias de programação gratuita, o festival atraiu mais de 25 mil pessoas. Além disso, durante a mostra, aconteceu a segunda edição do Brasil CineMundi – um  encontro internacional de coprodução que, na sua segunda edição, propiciou mais de 70 encontros oficiais entre produtores e realizadores brasileiros e convidados internacionais.


Na programação, o público conferiu debates, oficinas, homenagens (à produtora mineira Vânia Catani e ao roteirista italiano Tonino Guerra), exibições e encontros de negócios. O evento aconteceu em três espaços, simultaneamente: no bairro Santa Tereza em Belo Horizonte, denominado Vila do Cinema; no Cine Humberto Mauro, tradicional espaço de exibição do circuito de arte de Belo Horizonte: no SESC Palladium e no Instituo Inhotim, maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo.

A programação de filmes foi uma das principais responsáveis por essa intensa participação: ao longo dos seis dias de programação, foram exibidos 96 filmes – sendo 37 longas, 7 médias e 52 curtas – em 92 sessões distribuídas em seis espaços da cidade.
Público aguarda o início da cerimônia de abertura da 5ª Mostra CineBH.
Foto: Daniel Iglesias/Universo Produção.

A 5ª Mostra CineBH faz parte do projeto Cinema sem Fronteiras – um programa internacional de audiovisual que reúne as mostras anuais que a Universo Produção realiza em Minas Gerais, tendo o seguinte calendário: Mostra de Cinema de Tiradentes [centrada na produção contemporânea, em janeiro], CineOP [que difunde o audiovisual como patrimônio, em junho], em Ouro Preto e a Mostra CineBH [que contextualiza o mercado audiovisual, em outubro, na capital dos mineiros).

Como sempre, a formação e educação de novos públicos e profissionais para o cinema brasileiro estiveram no centro das preocupações da Mostra CineBH, seja através da realização de 37 sessões Cine Escola – que beneficiaram 9520 alunos de 48 escolas da rede pública de ensino – ou na realização das sete oficinas oferecidas gratuitamente e que certificaram um total de 205 alunos.

Entre as oficinas oferecidas, esteve a de Linguagem Cinematográfica, ministrada pelo critico Cleber Eduardo, com 30 participantes entre 18 e 25 anos. A partir dessa oficina, foram selecionados os cinco integrantes do Júri Jovem, que terá a responsabilidade de, durante a 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes, escolher o melhor filme da Mostra Aurora - recorte da programação direcionada a novos realizadores de longa-metragem. Os integrantes do Júri Jovem da Mostra Aurora são Bianca Rolff (Belo Horizonte, 20 anos), Julio Cruz (Contagem, 20 anos), Katiusca Alves (Mariana, 24 anos), Leonardo Barros (Belo Horizonte, 19 anos) e Maria Navarro (Belo Horizonte, 21 anos).

Brasil CineMundi

O Brasil CineMundi contou ainda com uma ampla programação de debates, aproveitando as diversas experiências de seus convidados para amplificar a discussão em torno da produção independente, sua viabilização e distribuição. As mesas discutiram as políticas públicas no cenário das coproduções; a produção independente no mercado audiovisual; os fundos de investimento, mecanismos e incentivos à produção, exibição e difusão do cinema no mercado mundial; as film commissions; o diálogo entre cinema e televisão; e as alternativas de distribuição para a produção independente.
O ator Rodrigo Santoro na pré-estreia do filme "Meu País"
na 5ª Mostra CineBH. Foto: Daniel Iglesias/Universo Produção.

“O audiovisual precisa de uma política pública de Estado, não de Governo. Uma política que seja perene, pois começamos a engatinhar apenas rumo a uma indústria, mas temos um potencial altíssimo”, afirmou Ana Paula Santana, Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, em sua participação na mesa de abertura do evento, “O Mercado Audiovisual e as Políticas Públicas no Cenário das Coproduções”.

“O CineMundi foi muito bom para nós e, definitivamente, o encontro alcançou minhas expectativas. Todos os diretores e produtores eram muito interessantes, confiantes e inteligentes. Fiquei muito feliz com a seleção dos projetos, a escolha das pessoas e tudo mais”, afirmou Janneke Langelaan, uma das convidadas internacionais do Brasil CineMundi, responsável pelo fundo de financiamento holandês Hubert Bals Fund.

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Colaborou: Ariane Lemos.




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1 comentários

  1. Uau...que festival mais interessante esse de BH...fiquei aqui morrendo de vontade. Se teve até participação do gato do Santoro é pq o eventou bombou mesmo. Adorei!

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