#Evita: Musical recria a biografia de ícone da Argentina nos palcos de São Paulo

julho 03, 2011



Unir a suavidade do canto, a emoção da dança e a beleza da interpretação em único espetáculo nem sempre é uma tarefa fácil. E todos estes elementos podem ser encontrados no musical Evita, que esteve em cartaz no Teatro Alfa, no bairro Santo Amaro, em São Paulo, até o dia 31 de julho. Nesta quinta-feira (30/06), graças à simpatia e o bom relacionamento da amiga @flavyapereira com os colegas da imprensa, @elis_amancio, Flávia e e eu fomos assistir como convidados o espetáculo Evita. Desde já agradeço à produção do musical pelo modo solícito que nos recebeu.

Em Evita, a atriz e cantora Paola Capovilla dá vida à Eva Duarte (1919 - 1952), mais conhecida como Eva Peron, que saiu da pobreza absoluta para alcançar o topo da sociedade argentina, ao casar-se com o coronel Juan Domingos Peron e, futuramente, se tornar primeira-dama. Mais do que atriz e personalidade pública, Evita foi um importante amuleto para Peron conquistar a presidência da Argentina e, literalmente, foi a “grande mulher ao lado de um grande homem”.

Existe uma expressão que fala que a “Evita é uma ótima amiga, mas como inimiga ela consegue ser melhor ainda”. Esta frase forte ilustra o quanto Evita era uma mulher astúcia e que sabia como ninguém jogar com todos os seus artifícios para conseguir aquilo que queria. Ao mesmo tempo, isso ilustra muito bem a sagacidade dessa personagem da história argentina que, ao falecer aos 33 anos de câncer de colo de útero, promoveu uma verdadeira comoção na Argentina e fez com que os olhos do mundo todo se voltassem novamente à ela.

O musical foi originalmente concebido na Broadway, em 1978, cuja temporada de estréia lhe rendeu seis prêmios Tony na época. A versão brasileira da história de Evita Perón contou com elenco de 45 atores (entre eles o global Daniel Boaventura, como Juan Perón) e uma orquestra com 20 músicos. A direção geral é de Jorge Takla. Sendo o meu segundo musical nesta semana, posso dizer que trata-se de um espetáculo muito difícil de ser executado, pois ele é todo cantado, o que exige muito dos artistas envolvidos.

Para mim, o grande destaque do espetáculo é o ator e cantor Fred Silveira, que faz o papel de Che Guevara, uma espécie de narrador da história. Fred possui muita segurança interpretativa, principalmente com o canto. Em vários momentos, o personagem vivido pela ator, com apenas um olhar, mostrava toda crítica em torno da história de Evita....e isso foi muito bacana porque não foi um narrador passivo da história, muito pelo contrário, interagia o tempo todo com os elementos do espetáculo e segurou – ao lado dos demais artistas coadjuvantes, boa parte do espetáculo. 

Daniel Boa Ventura, que fez o papel de Peron, nos dá impressão de ser uma participação especial no musical, com poucas cenas....mas todas sempre bem executadas, mostrando-se um ator versátil e que domina com bastante segurança o canto lírico. Já Paola Capovilla, que fez Evita, mostrou-se uma grata surpresa como atriz e uma voz diferenciada, única e marcante. 

Em uma das cenas, já como Evita Peron, ela lembrou fisicamente Lady Gaga, com as roupas estavagantes. Outro destaque foi a atriz Bianca Tadini, que fez o papel de amante de Peron, e emocionou toda a platéia com a beleza do seu canto e interpretação. Enfim, Evita foi um espetáculo maravilhoso! Espero que ele faça turnê pelas outras capitais do Brasil, pois outros lugares do país merecem ver a beleza deste espetáculo. Recomendo!





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Jornalista

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2 comentários

  1. Excelente post, realmente é difícil unir todas as características para um espetáculo.

    by: sex shop

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  2. Deve ser um musical muito bonito....só de ter o Daniel Boaventura já vale o ingresso....hehehe :)

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