#Helena: Personagem da novela Viver a Vida e a cultura da submissão

novembro 18, 2009


Polêmico, o autor Manoel Carlos inovou ao escalar atriz Taís Araújo para protagonizar uma Helena negra, modelo, famosa e rica que vive no mundo da moda, na novela Viver a Vida, da TV Globo.

Mas, a crítica à trama feita pela mídia especializada é pontual: a novela conseguiu a façanha de criar uma “barriga” nos primeiros dois meses de estréia, enrolando na apresentação dos personagens e, principalmente, da história. 

A Helena criada por Maneco não levanta a bandeira da cultura negra e, por isso, foi criticada por interpretar “uma branca”. Esse tipo de afirmação me dá "nó na garganta" e só reforça o preconceito velado que existe em nossa sociedade. 

Afinal, os negros vivem, estudam, trabalham, namoram e se relacionamento da mesma forma que um branco, índio, amarelo, etc. Todos são seres humanos que vivem em sociedade.

Veja também:



Inicialmente, circulou na mídia que a Helena seria médica. Mas, logo depois foi confirmado que ela seria uma modelo. Assim que a trama começou a personagem não agradou.

Não pelo fato de ser uma protagonista negra, mas sim por ela ser chata, certinha, dá lição de moral em todo mundo, não ter conflito e, aparentemente, viver um "mar de rosa" no relacionamento amoroso e na vida profissional. Um bom personagem precisa ter altivez e, principalmente, de um conflito próprio para resolver. Helena só se envolve no conflito dos outros.

Confesso que era fã de Manoel Carlos por ser um dos poucos autores que consegue escrever bem sobre os acontecimentos do cotidiano e que possui sensibilidade única na construção dos diálogos dos personagens. Estou com nojo da cena de humilhação que vi no capítulo de ontem (17/11) na novela e peguei birra! Pode ser que volte a assisti-la, quem sabe.


Assim como outros tantos telespectadores, esperava uma Helena forte, determinada e que venceu tabus e preconceitos por conseguir fama e sucesso profissional sendo negra. Não se trata de defender a bandeira da negritude e do racismo velado na sociedade, mas de interagir com os outros personagens da trama com personalidade.

Ser negro não é só uma questão de levantar a bandeira do racismo, mas de mostrar orgulho de uma etnia que ajudou a construir esse país (e porque não dizer o mundo) com a sua cultura, culinária, religião e música que influenciou toda a humanidade. Infelizmente, a raça negra vive a sombra da escravidão e a submissão de um povo que esteve à margem da sociedade durante séculos.

Aos poucos, o negro consegue se ver na mídia brasileira – o que já é uma grande vitória. Por exemplo, produtos cosméticos já são feitos para esse grupo (do qual me incluo) que também querem se sentir parte da sociedade. Não se trata de discriminação ou de presunção, mas o mundo é diverso e existem vários padrões de beleza.


No capítulo da última terça-feira (17/11) da novela Viver a Vida, exibida na TV Globo, foi marcada por uma profunda humilhação, submissão e desvalorização do negro, afetando diretamente o orgulho desta etnia. Boa parte dos veículos de comunicação noticiou esse capítulo como a "Tereza vinga o sofrimento da filha", passando justamente essa ideia de culpa - o que é ridículo.

Durante uma determinada cena, a personagem Helena (Taís Araújo) pede perdão à Tereza (Lilian Cabral) por causa do acidente de Luciana (Aline Moraes). Apesar do contexto “emocional” que uma novela normalmente costuma explorar, Helena assumiu uma culpa que não era sua. Querendo ou não, acidentes acontecem. Não há como fugir disso: faz parte da vida.

Claro, é normal ter compaixão por uma pessoa que acabou de ficar tetraplégica, mesmo que ela seja mimada e arrogante, mas culpa: isso não. Quando alguém assume uma culpa é porque ele se responsabiliza por algo – e não foi isso que aconteceu.

Qual é a culpa de Helena? Ela sabotou o carro? Armou um plano para deixar a filha do marido acidentada? Helena colocou Luciana no ônibus de propósito sabendo que iria acontecer o acidente? Não. Fico me perguntando se o contexto fosse outro: se a vítima fosse a personagem de Taís Araujo, será que a Luciana teria tanto remorso?

É normal que os pais fiquem ao lado de um filho, ainda mais quando ele sofre um acidente. Mas o que está acontecendo com a Helena é vergonhoso e, no mínimo, humilhante. Humilhação não só à personagem, mas a etnia negra que se vê mais uma vez submissa na TV. 

Esse artigo não tem a presunção de discutir se houve ou não racismo em Viver a Vida. Não é isso. É apenas questionar essa submissão e sentimento de culpa que caiu sobre a personagem de Taís Araújo.  

Seria a hora ideal para o Maneco colocar uma Helena firme, dona de si e determinada, assim como as Helenas que foram interpretadas por Vera Ficher e e Christiane Torloni. A Helena virou a "Geni" de Viver a Vida, assim como a música de Chico Buarque. Todo mundo agora quer jogar uma pedra. Assim não dá!

Apesar do tom de humor, o Casseta e Planeta foi sábio ao parodiar a novela e retratar de forma bem humorada que a Helena não é culpada por tudo de ruim que acontece no mundo. Todos somos. Afinal, somos responsáveis por nossas escolhas.


Fotos: TV Globo / Divulgação.



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Jornalista

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22 comentários

  1. Oi Wander, concordo com você e sabe sou noveleira, daquelas que xinga personagem ruim e etc., quando assisti a cena do bofete da Teresa na Helena fiquei com raiva.
    que absurdo!!!!!!!!!!!
    inversão de valores e conceitos, seria tão melhor que a Helena fosse um personagem "normal" como todas as outras Helenas desse novelista...
    triste isso!
    abs

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  2. Meu amigo Wander!! Eu estou maravilhada com seu post, como sempre vc mandando muito bem... Mas vc falou tudo o que estava engasgado desde ontem.
    Até hoje eu estou esperando a verdadeira trama do Manoel Carlos, porque o que eu vi até agora não me agradou nada e não tem a cara dele. Lamentávelmente as personagens se confundem e perderam a essência de valores que ele mesmo ajudou a construir nas tramas anteriores. Viver a vida ainda não agradou e deixou explícito o pre-conceito que infelizmente existe na nossa sociedade.
    Parabéns meu amigo, falou tudo!
    Beijos

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  3. Não assisto a novela e por isso não vi a cena em questão, mas assisti pedaços em intervalos comerciais e ouvi e li muito a respeito no rádio e internet.

    Prefiro mais o estilo do autor Silvio Luiz, sei lá, o Manoel Carlos coloca a realidade um pouco distante onde chove dinheiro,.etc, mas é questão de preferência.

    Quanto ao preconceito, basta ver que os negros ainda são escalados para interpretar empregados domésticos, motoristas, etc. O próprio Manoel Carlos tem este costume. Não sei se nesta novela isso também acontece, mas nas anteriores que assisti.

    A novela é uma importante formadora de opinião — infelizmente — e os autores têm de ter responsabilidade com o que entregam para as pessoas verem.

    Abração

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  4. Olá Wander!

    Gostei também do que você escreveu. Acho que o autor se perdeu na sua história, cometendo o mesmo erro de outras novelas: preconceito e submissão.
    Abços,

    Beth

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  5. Nossa..desisti de assistir esse novela,serio mesmo. ela tá tão chata, que dá vontade de desligar a tv e seguir o que o titulo da novela sugere, que álias é redudante até no nome. Viver a vida? e a próxima novela da globo vai ser o que? sair pra fora?. E com relação ao preconceito,apesar de dizer que vivemos em um país livre. O preconceito ainda reina e a mídia tm um papel de alienar as pessoas, e devemos ter ponto de vista critico, com o que estamos assistindo. É por isso que eu prefiro desligar a tv e viver a vida ;)

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  6. Qualquer personagem dito polêmico de novelas para mim não diz nada. É tudo onda. Polêmica é maior, isso é cultura de massa. Em uma novela a Débora Falabela cheirava, portanto falava-se do vício. A novela acaba, acaba o problema. Com essa será igual, e na próxima terá mais uma polêmica que entrará por um ouvido e sairá por outro, sem debates amplos, etc.

    abç
    Pobre Esponja

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  7. O fato de distinguir as raças como "benevolência" já caracteriza o preconceito.
    Belo post e texto!
    Eu também não entendo a culpa da Helena.
    Abs!

    Carol Sakurá

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  8. Acho que o problema está mesmo na "Helena" de Taís Araújo... PÉSSIMA! Independante da cor da pele, a artista incorporou uma mulher insossa, chata e artificial! As críticas a ela não são em vão...

    Quanto a questão da submissão, talvez haja mesmo um exagero na postura escrita para primeira Helena negra de Manoel Carlos, mas não levo para o lado do preconceito! Na minha opinião, Cristiane Torloni também passou pela novela de Maneco despercebida por motivos semelhantes... a professora era omissa e não reagia a quase nada na trama.

    É isso. Contudo, espero que Taís ainda tenha tempo pra se redimir (como Helena e como representante negra), pois tem nas mãos um importante papel, visto que já entrou para a historia da tv brasileira ao chegar onde nenhuma outra atriz negra conseguiu!

    Apolinário.
    www.dapoesiaaocaos.blogspot.com

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  9. Li com muita atenção ao que foi abordado nesta postagem e, antes de mais nada, queria parabenizá-lo pela maneira de portar-se perante a conceituação do que se refere ao seu ponto de vista: Não afeta a ninguém, não exclui os demais e dá espaço ao leitor tirar as suas próprias conclusões.
    Bom, voltando ao tema proposto, eu pude sim acompanhar esse capítulo desde o seu começo, não apenas o capítulo, mas todo o desdenhar da trama de Viver a Vida. Não tenho lembranças específicas do perfil das outras Helenas que Maneco criou, tampouco criei uma visão crítica a respeito disso a ponto de obter condições comparativas de tais personagens. Mas é em restrinção à Viver a Vida que eu reafirmo o que você disse. Não diria que Maneco insinuaria uma discriminação racial em meio as consequências do acidente, mas que há um sensacionalismo ilógico em torno de Helena, isso sim. É natural que, de início, ela mesma se sinta culpada, que os outros, principalmente Tereza, se sinta indiferente a ela, mas de forma nenhuma poderia haver uma acusação tão direta e definitiva no qual está acontecendo agora. É preciso que exista um bom senso da parte do próprio ator, e que, dessa maneira, finalize-se imediatamente essa "marcação" contínua com a personagem de Helena. Só assim, a trama atingirá um objetivo mais fiel ao perfil clássico das Helenas guerreiras que Maneco criou. É isso. Abraços !

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  10. Parabéns pelo texto Wander. Excelente a sua análise. No meu ponto de vista não houve racismo, já que nunca vi a Taís como a primeira protagonista negra, o Obama como o primeiro presidente negro, etc. Vejo a Taís como atriz, e ela infelizmente não me agradou até agora.O autor está previlegiando os textos da Tereza e deixando a Helena em segundo plano, ou melhor, só chorando. Não gosto de agressão nem em novela e muito menos de submissão, como foi na cena citada. A novela até hoje não disse a que veio, e acho que não precisa desse tipo de recurso para provocar discussão.

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  11. Nos últimos dias muito tem se falado sobre Taís Araújo e sua personagem em Viver a Vida, uma questão racial. A Helena não é negra, ela é famosa. Famosos não são negros, feios, gordos, estranhos, velhos, eles são famosos. É outro "status".

    Por exemplo: um jogador de futebol, desses que não são bonitos, caso não fosse famoso, não tivesse dinheiro, a mulherada gritaria lindo, tesão e afins? Mas ele é famoso...

    Helena é modelo assim como a Naomi. Alguém vê essa modelo como negra? Não, e sim como uma super famosa. Nunca vi ninguém discutindo a raça dela... por isso, o mesmo acontece com Helena, que é modelo internacional!

    E acho que o fato de Helena se ajoelhar tinha tudo a ver com a situação, foi uma tentativa desesperada de tentar contornar o incontornável. Ela sabia que iria sobrar par ela, e que, talvez se humilhando, pudesse ter alguma chance.

    Vem cá, quantas vezes nós não fizemos alguma coisa absurda como essa? Negros ou brancos, a humilhação é a mesma e a tentativa desesperada idem.

    Só acho engraçada essa hipocrisia que diferencia um negro, um homossexual ou qualquer outra "minoria". Na rua são humilhados, quando famosos, idolatrados.

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  12. É meu caro Wander, tem muito tempo que não assisto novelas, e muito menos as globais, mas me espantou ver Maneco escalar uma Helena Negra, e me escandalizou vê-la interpretando uma patricinha qualquer.
    Confesso que fiquei indignado com isso e concordo em gênero, número e grau contigo!
    Parabéns pelo Post!

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  13. Não estou acompanhando a novela, pois estudo nesse horário e o pouco que vejo, realmente essa Helena está mais frágil. Mas acredito que todas as Helenas foram fracas em certo ponto. E concordo com o post em termos, sim ela se humilhou embora não tenha assistido a cena, mas quem não o faz em momentos de apreensão e desespero. Mas o fato é que senão fosse uma Helena negra, talvez isso não chocasse tanto. Sou negra e fiquei surpresa com a escalação da atriz, mas também feliz ao mesmo tempo. E não importa se ela será patricinha, médica,sensivel ou in-tolerante.E sim, o negro tem que mostrar e lutar pelo seu espaço na telinha, e no mundo.Eu espero que a personagem de a volta por cima e mosre a fibra de Helena.Mas agora temos que aguardar para ver o que Maneco revelará a seguir.

    O blog está cada vez, melhor.

    http://acordesmusicais.blogspot.com/

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  14. Se a Helena da Thaís Araujo está chata eu não sei pq não sou noveleiro mas que ela (Thaís) é uma chata, isso é.

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  15. Wander, adorei seu texto e concordo com vc. A Helena de Taís Aráujo é chata e vive os problemas dos outros personagens, não o dela. Detesto essa coisa de submissão. Isso é falta de amor próprio e personalidade, sério.

    Espero sinceramente depois de toda essa polêmica durante a semana que o Manoel Carlos dê uma agitada em "Viver a Vida" pq tem dia que a novela me dá sono...rs. Desse jeito vou parar de assistir!


    Beijos

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  16. Que eu ja adoreii o post é FATO..
    AFINAL TO SEMPRE POR AQUI.. RS

    VC ESCREVE SUPER BEM

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  17. Oi Wander

    Preciso confessar que dessa vez Maneco tb me decepcionou. Nao sou muito fã de novelas, mas as dele gosto de acompanhar qdo posso e essa eu já parei de acomnpanhar faz tempo.
    Acho tudo muito arrastado.
    Pra vc ter uma ideia, a Helena e sua trupe foi para Petra antes de eu ir para Maranhao. Fui, passeei, conheci mil lugares, voltei e a mulher ainda nao tinha desfilado. (Lá nao assisti TV)... rsrsrsr
    Entende?
    Nao dá
    E é por isso que a novela Caras e Bocas é um sucesso, nao tem problema que nao se resolva em uma semana. É dinamica....
    Helena está mesmo muito submissa, mas o que me incomoda mesmo é que o dia de Manoel Carlos tem 72 horas de duraçao!

    Bjs

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  18. Wander, confesso que a última novela que assisti foi "O Rei do Gado" pelo final da década de 90. E assisti assim... sem compromisso.

    Sabe, Wander, me cansei do estilo "novela" de ser da Globo. Na verdade, não tenho mais paciência para novelas. Elas brincam com a "cara" do telespectador. Minha mãe acompanha todas desde o início da década de 80, e hoje diz, com ar de quem conhece tudo de novela da Globo que está "tudo a mesma coisa". Tem dia que até vai dormir mais cedo porque disse que não faz falta ficar sem assistir um capítulo (ou até uma semana de novela), no fim, é tudo a "mesma coisa!.

    Achei fantástica a construção narrativa que você fez, mesmo não assistindo a novela em questão, vi que o discurso das novelas globais estão cada vez mais em decadência. Bem que poderiam aproveitar estes espaços "nobres" para levantar questões relevantes, e claro, trazendo sugestivas soluções.

    Parabéns pelo texto e credibilidade.
    Ah, e aproveito para agradecer pela promoção do Livro JN em que fui contemplada uhuuuuuu. Mega beijo e ótimo fim de semana para a galera blogueira.

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  19. Compadre, eu estava escrevendo um comentário enorme e, como estou em outro notebook, o teclado aprontou das suas e apagou tudo.

    O que eu dizia é o seguinte: primeiro, colocando o dedo na ferida... Vc realmente acha que a cena do tapa (que eu assisti e odiei tb) só aconteceu por se tratar de uma personagem negra? Se a personagem fosse branca, a cena teria sido diferente? Eu acho que não. A cena foi como foi para aumentar a dramaticidade e carregar no tom de culpa injusta impingido ao personagem da Taís, como vc bem pontuou e com o qual estou totalmente de acordo.

    Também estou de acordo que é um absurdo essa ideia de que ela está vivendo um papel de branca... O negro pode e deve, como todo mundo, ser bem sucedido. E digo mais, dentro de uma sociedade bem resolvida, por que não podem existir pessoas negras que não se envolvem com as questões da raça por si só e tem uma vida mais alheia e menos engajada? Agora, só porque o personagem é negro tem que ficar o tempo todo levantando essa bandeira? O personagem de Taís mostra que ela vive em outro contexto e tem outras preocupações, como pessoa bem sucedida e bem resolvida e, esse toque de alienação não deixa de ser algo que pode totalmente acontecer e revelar outro tipo de cotidiano.

    Seria a mesma coisa se eu, como mulher, ficasse o tempo todo apenas pontuando o quanto o meu gênero foi injustiçado ao longo da história em vez de ter uma vida normal, como qualquer outra pessoa. A Helena decidiu fazer a sua própria vida sem ter que ficar se valendo disso o tempo todo e tem direito a isso, o que não a torna ninguém diferente do que ela é, e nem uma representante da raça com menos valor.

    Eu tenho assistido a novela regularmente e não vejo a trama por esse lado do racismo velado. Helena sofre por ter se casado com Marcos e, consequentemente, passa por culpada de ter desfeito um casamento, roubado um pai, etc, um drama geralmente previsível para quem está na mesma situação. E a "culpa" exacerbada também passa longe das questões racistas. A cena foi chocante e realmente a primeira coisa com que a associamos foi com uma prática racista. Mas, passado o choque, nos damos conta que Helena não foi esbofeteada por ser negra. Tudo isso é só pra valorizar a volta por cima da personagem. rs

    Um amigo meu sempre diz: novela é tudo igual, a mocinha sofre o pão que o diabo amassou a novela toda e depois dá a volta por cima no final. E não é que é assim? ;)

    Adorei a sua argumentação, viu?

    Beijocas!

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  20. Acho que dessa vez tu vacilou muito. Quer dizer que o personagem por ser negro tem que obrigatoriamente mostrar tabus e preconceitos que venceu? Já parou pra pensar que muitos negros passam a vida sem nunca sofrer nada de preconceito? Que tem também elite negra no país que ganha bem?

    Nada a ver essa coisa de submissão também, quer dizer a guria tem que ser akelas personagens chatas femininas mandonas estilo suzana vieira?


    Pelo amor de deus Wander.

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  21. Os seriados americanos e europeus tem um nivel muito mais alto do que qualquer produto feito pela Globo atualmente.
    Faz muito tempo que não assisto nada vindo dessa emissora.

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