#Telejornalismo: Jornal Nacional completa 40 anos no ar na TV brasileira
setembro 05, 2009
Há quatro décadas, por volta das 20h, o brasileiro senta na frente da TV para ver as principais notícias do Brasil e do mundo. Pioneiro no formato e parte importante da história do telejornalismo, o Jornal Nacional (JN), completou 40 anos no ar na TV Globo de forma original e imprimindo uma forte identidade visual - copiada descaradamente pela concorrência na TV aberta.
Querendo ou não, é o telejornal de referência na mídia e também o de maior audiência no mundo, com média de 35 pontos de audiência - segundo o Ibope, onde cada ponto equivale a cerca de 60 mil residências na Grande São Paulo.
Considerado a "Primeira Página" do telejornalismo brasileiro, o noticiário é apresentado atualmente pelos jornalistas Willian Bonner e Fátima Bernardes, desde 1999. Criado por Armando Nogueira, o Jornal Nacional foi ao ar pela primeira vez em 1º de setembro de 1969, quando foi apresentado por Cid Moreira e Hilton Gomes.
Com apenas quatro anos de vida e em fase de amadurecimento, a TV Globo apostou no novo sistema de microondas da Embratel e fez o primeiro noticiário transmitido simultaneamente para várias cidades brasileiras.
Leia também:
Querendo ou não, é o telejornal de referência na mídia e também o de maior audiência no mundo, com média de 35 pontos de audiência - segundo o Ibope, onde cada ponto equivale a cerca de 60 mil residências na Grande São Paulo.
Considerado a "Primeira Página" do telejornalismo brasileiro, o noticiário é apresentado atualmente pelos jornalistas Willian Bonner e Fátima Bernardes, desde 1999. Criado por Armando Nogueira, o Jornal Nacional foi ao ar pela primeira vez em 1º de setembro de 1969, quando foi apresentado por Cid Moreira e Hilton Gomes.
Com apenas quatro anos de vida e em fase de amadurecimento, a TV Globo apostou no novo sistema de microondas da Embratel e fez o primeiro noticiário transmitido simultaneamente para várias cidades brasileiras.
Leia também:
- Monografia - Edição no Jornal Nacional e Jornal da Record (2007)
- Portal Imprensa entrevista William Bonner nos 40 anos do JN
- 40 anos de "Jornal Nacional" e a carta de um velho jornalista
O JN é um telejornal bastante copiado pelos seus concorrentes. Mas, o que estas emissoras esquecem é que telejornalismo não é apenas um nome, e sim uma equipe. Constatação essa que se fez presente durante toda semana de comemoração dos 40 anos do Jornal Nacional. De que adianta um nome se não há equipe, muito menos estrutura para fazer um telejornal para todo o Brasil?
- Portal Imprensa entrevista William Bonner nos 40 anos do JN
- 40 anos de "Jornal Nacional" e a carta de um velho jornalista
O JN é um telejornal bastante copiado pelos seus concorrentes. Mas, o que estas emissoras esquecem é que telejornalismo não é apenas um nome, e sim uma equipe. Constatação essa que se fez presente durante toda semana de comemoração dos 40 anos do Jornal Nacional. De que adianta um nome se não há equipe, muito menos estrutura para fazer um telejornal para todo o Brasil?
Tudo bem que por causa da medição de audiência principal do Brasil ser em São Paulo, o mesmo JN também se "atropela" algumas vezes privilegiando notícias - muitas vezes, apenas pautas internacionais, do Rio de Janeiro ou da capital paulista. No entanto, é o único telejornal com presença de uma equipe em várias Praças (cidades) brasileiras e do mundo. Talvez, o principal desafio de um noticiário desse porte seja decidir o que entra e o que sai de um telejornal de grande visibilidade como o Jornal Nacional.
Curiosidade
De acordo com a jornalista, escritora e pesquisadora em Telejornalismo Vera Íris Paternostro, foi a primeira vez que o nome de um telejornal brasileiro se apresentava na forma de sigla. Embora o nome "Jornal Nacional" tivesse um apelo significativo, a Globo optou em utilizar somente as duas letras iniciais que sofreu incorporações com o decorrer dos anos. O uso desse formato de logotipo também está presente em outros jornalísticos da emissora, como o Globo Repórter (R), Jornal da Globo (JG) e Jornal Hoje (JH).
Curiosidade
De acordo com a jornalista, escritora e pesquisadora em Telejornalismo Vera Íris Paternostro, foi a primeira vez que o nome de um telejornal brasileiro se apresentava na forma de sigla. Embora o nome "Jornal Nacional" tivesse um apelo significativo, a Globo optou em utilizar somente as duas letras iniciais que sofreu incorporações com o decorrer dos anos. O uso desse formato de logotipo também está presente em outros jornalísticos da emissora, como o Globo Repórter (R), Jornal da Globo (JG) e Jornal Hoje (JH).
Para quem não conhece, Vera Íris é autora do livro “O Texto na TV: manual de Telejornalismo”, reeditado em 2005. Já em 2006, coordenou a edição do livro “Globo News 10 anos – 24 horas no ar”. Na Globo News - primeiro canal brasileiro all news, Paternostro esteve desde a fundação. No livro, ela conta histórias e relatos sobre a implantação do canal. Jornalista há mais de 30 anos e conhecida nacionalmente por profissionais e estudantes de Comunicação, Vera Íris Paternostro é leitura obrigatória para quem quer entender um pouco mais sobre o processo da produção noticiosa em TV.
Telejornal
Como qualquer produto audiovisual que está há tanto tempo no ar, o Jornal Nacional já sofreu (e sofre) constantes modificações, elogios e críticas. Também teve as suas "escorregadas" na cobertura jornalística que arranham de certa forma a história da imprensa como no caso das "Diretas Já" ou o resumo do "Debate Eleitoral entre Collor e Lula", em 1989.
Mesmo assim, essas passagens são importantes e nos ajudam a entender o quanto é necessária a existência de uma imprensa ética e responsável, onde a liberdade de expressão é a base constante para uma produção noticiosa feita por profissionais compromissados com a sociedade e - acima de tudo, capacitados.
Telejornal
Como qualquer produto audiovisual que está há tanto tempo no ar, o Jornal Nacional já sofreu (e sofre) constantes modificações, elogios e críticas. Também teve as suas "escorregadas" na cobertura jornalística que arranham de certa forma a história da imprensa como no caso das "Diretas Já" ou o resumo do "Debate Eleitoral entre Collor e Lula", em 1989.
Mesmo assim, essas passagens são importantes e nos ajudam a entender o quanto é necessária a existência de uma imprensa ética e responsável, onde a liberdade de expressão é a base constante para uma produção noticiosa feita por profissionais compromissados com a sociedade e - acima de tudo, capacitados.
Outra característica do JN é o fato dele estar atento as novidades tecnológicas e a convergência midiática proposta pela internet, cujo o site do telejornal é um exemplo disso. Baseado no formato de telejornalismo norte-americano, o Jornal Nacional ao longo dos seus 40 anos soube se reiventar e na semana das suas comemorações mostrou para o telespectador a importância de humananizar as notícias, deixar o jornalismo mais informal e aproximar os fatos do dia ao cotidiano do telespectador.
Para essa semana de festividades, o JN inaugurou um novo cenário, ganhou uma programação visual mais moderna, com nova bancada ergométrica e computadores com monitores mais finos. A principal novidade apresentada foi um globo terrestre que fica girando, ao fundo. Além disso, a redação do telejornal, que aparece atrás dos apresentadores, foi mantida - além da cor azul do noticiário ser acrescida de uma tênue linha vermelha.
Entrevista
Para essa semana de festividades, o JN inaugurou um novo cenário, ganhou uma programação visual mais moderna, com nova bancada ergométrica e computadores com monitores mais finos. A principal novidade apresentada foi um globo terrestre que fica girando, ao fundo. Além disso, a redação do telejornal, que aparece atrás dos apresentadores, foi mantida - além da cor azul do noticiário ser acrescida de uma tênue linha vermelha.
Entrevista
Para comemorar os 40 anos do Jornal Nacional os apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes inauguraram uma rodada de entrevistas durante a semana com os repórteres que estão há mais tempo reportando as principais notícias do Brasil e no mundo no telejornal. Nomes como: Sandra Passarinho, Isabela Scalabrini, Ernesto Paglia, Franciso José e Heraldo Pereira passaram pela bancada para conversar com os apresentadores sobre as suas experiências profissionais e contar os bastidores do JN.
Todas as entrevistas foram excelentes pelo fato de pela primeira vez um noticiário nacional homenagear um membro da sua equipe e não os apresentadores. Cada entrevista foi uma verdadeira aula de telejornalismo e uma possibilidade para quem estava do outro lado da telinha entender um pouco mais de perto a dificuldade de se colocar um telejornal nacional (e diário) no ar, além de podermos compartilhar experiências importantes da história do telejornalismo brasileiro.
Pelo fato - no meu caso, de ser um jornalista negro ainda em início de carreira, a entrevista que mais me emocionou foi a do repórter Heraldo Pereira - da TV Globo de Brasília, que também atua como apresentador substituto do JN e comentarista de política do Jornal da Globo. Heraldo contou histórias sobre a sua carreira jornalística e dividiu experiências importantes que o marcaram como ser humano e profissional.
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Jornalista
26 comentários
Sinceramente, gosto pouco da Globo, e prefiro o Jornal da Globo e o Jornal Hoje... O nacional me causa repulsa, mas fazer o que né?
ResponderExcluirNão posso negar que apesar do passado negro, a Globo corre atrás de algumas notícias interessantes para seu horário nobre.
Wander:
ResponderExcluirParabéns pela excelente matéria. Queiram ou não, odiada por uns, idolatrada por outros, imparcial para uns, não imparcial para outros, comprometida, jornalisticamente correta ou não, etc., a Rede Globo é o maior e mais importante canal de notícias do país e respeitado no mundo inteiro.
Críticas à parte, é esta a verdade que deve prevalecer, para desespero dos concorrentes. E que quiser ocupar o seu lugar vai ter de investir e ralar muito, este é o fato.
Particularmente, não concordo com algumas posturas assumidas pela emissora em determinados assuntos, mas nem por isso deixo de ver, diariamente, "todos os seus jornais" (e mais os dos concorrentes, é claro).
Foi uma justa homenagem esta que, em boa hora e com o espírito de um verdadeiro jornalista, imparcial, você levantou. Por isso, a credibilidade das suas matérias. Parabéns!
Mudando de assunto: Há uma notícia que coloquei hoje (10 minutos atrás) hoje sobre parcerias de blogs no diHITT, onde é citado o Café com notícias e o DDD, explicando como a rede colaborou para que essa parceria se formasse.
Paralelamente, no blog "Debata, Desvende e Divulgue!" (ainda está na 1ª página) há uma notícia sobre as novas parcerias com referências em destque ao Café com Notícias e exibição do vídeo sobre o seu anoversário. Na barra direita, lançamos a seção "Galeria dos Blogs Nota 10", um mini-slide show, onde vocês também participam. São 10 blogs nota 10 e o Café é um dos mais novos integrantes.
Passe por lá e confira!
Oi, Wander!
ResponderExcluirComo estudante de jornalismo, também considerei o JN dessa semana uma verdadeira aula. Pela primeira vez, consegui perceber as pessoas, os jornalistas, por detrás dos leitores de notícias Willian e Fátima. E bacana você ter lembrado do site do JN: assisti tudo através dele, já que estudo no turno da noite.
As entrevistas com os repórteres, bem como as reportagens sobre as praças da Globo ficaram excelentes, isso sem mencionar o novo cenário, né? Ficou show!
A concorrência pode falar o que quiser da Globo, mas que eles são competentes nessa parte da criação visual e de conteúdo, ninguém pode negar, né?
@Siegrfried: Eu já sou o contrário: não gosto do JH por achar as pautas muito superficiais e o JG passar muito tarde - apesar de ser um bom noticiário. Na verdade, os meus telejornais preferidos são o Jornal da Band e o Jornal Nacional. Gostava do Jornal da Record na época da Adriana Araújo. Depois das últimas mudanças, a Record perdeu a sua identidade. Mas é fato: a Globo sabe correr atrás de boas notícias para o seu horário nobre, vc tem toda razão. Abraço
ResponderExcluir@ Ivo S. G. Reis: Obrigado, Ivo! Apesar das críticas e/ou elogios, a Globo conseguiu imprimir um estilo e uma qualidade técnica e estética para o seu Jornalismo, coisa que vemos dificilmente em outras emissoras. Já passei lá no "Debata, Desvende e Divulgue!" e só tenho a agradecer pelo espaço e carinho com o que vc recebeu o Café com Notícias na Rede DDD. Abraço
@Lucas Catta Prêta: Oi, Catta Prêta! Eu tb fiquei ali babando com essa "aula" de telejornalismo que o JN deu essa semana em todos os sentidos. Ver essa humanização dos apresentadores com o público deu muito mais brilho ao noticiário! O cenário novo ficou fora de série e a reportagem sobre cada Praça foi de arrepiar...rs...muito bem feito! Há tempo que não via um telejornal tão bem produzido (e conduzido). Esses 40 anos do JN me fez ver que a Globo não tem concorrentes, só plagiadores. E quem perde com isso é o telespectador. Abraço
cara o jornalismo da globo tem
ResponderExcluirque tira o chapel prbns
pra eles .
Não assisto o jornal nacional, prefiro mais o jornal hoje, e o regional da minha cidade, apesar de que a globo manipula muito o jeito dos brasileiros pensarem sobre tal assunto.
ResponderExcluirMuito interessante a postagem, bem completa, com bastante informação, um ótimo vídeo...
ResponderExcluirbom, gosto mais de jornal impresso mesmo, so assisto telejornal as vezes, mas achei bem interessante. otimo blog xD
ResponderExcluirTodos tenta imitar o jornal nacional, mas ninguem consegue, eles leva a noticia de uma forma diferente dos outros, os demais jornais tenta segurar o povo com uma noticia "bombastica", o jn mostra a noticia de forma clara e rapida.
ResponderExcluirSó tive a oportunidade se assistir a entrevista do Heraldo Pereira e é como você disse: "uma aula".
ResponderExcluirSão excelentes profissionais, mas a TV Globo é conservadora e de elite.
Talvez com o tempo eles consigam verdadeiramente consquistar a maioria.
Nossa...
ResponderExcluirMuito bom o seu blog,vou indica-lo para alguns amigos. Tbm tenho, mais ainda sou aspirante nesse mundo blogueiro, porem a cada dia estou melhorando, da uma olhadinha no meu :
www.leandronarciso.blogspot.com/
abraços
Olá Wander,
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de agradecer pelos comentários em meu blog. Gostei da sua sugestão e vou tentar adotá-la.
Quanto ao JN, apsar de ser um grande telejornal, confesso não gostar muito. Prefiro o telejornal da Band.
desde que eu me entendo por gente eu vejo esse jornal...*
ResponderExcluiro melhor são os cabelos da fátima bernades...rsrs...*
serei apedrejado, eu sei. Mas prefiro o Jornal da Record que o da Globo. Sempre tenho uma sensação que o Jornal da Globo está culiada com o governo, permitindo que em todas as opiniões emitidas a palavra do Governo é sempre a última ser emitida. Não gosto do Edir Macedo, mas a carta branca dele no trabalho da Rede Record, fez com que ela pudesse ser muito mais hoje do que era antes. Vamos ver no que vai dar os próximos capítulos da briga destas duas redes. (acho que terminou em pizza mesmo hehehe)
ResponderExcluirNa realidade o Jornal Nacional seja para você, que é mais novo, algo inédito. Mas seu formato foi copiado do "Repórter Esso" que era, na época referência em jornalismo.
ResponderExcluirA Globo, foi sempre uma permuta entre seu apoio e o patrocínio da ditadura militar. E, amparada financeiramente pela ditadura não era referência: era a única fonte de informação existente na época.
Mesmo hoje o Jornal Nacional tem acesso a informações priveligiadas já que é um órgão de divulgação de poderosos interesses.
A alteração de seu formato se deve à queda de audiência e credibilidade nesta defesa ferrenha de interesses reacionários.
Assim, mesmo com a difícil ascensão das demais emissoras, estas últimas estão se impondo pelo estilo informal e sendo seguidas pelo Jornal Nacional, que tenta imprimir um ar de informalidade e abertura democrática que nunca teve e nunca terá.
Pelo menos enquanto órgão de divulgação que realmente é. Aliás acabei de publicar um post sobre este mesmo assunto.
Abraço
Oi, Erick!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário. Tenho que discordar com vc num ponto: o "Jornal Nacional" não foi inspirado no "Repórter Esso", pois os dois possuiam linguagens diferentes. Não sou eu que digo isso, são os pesquisadores da área de telejornalismo - o que se pode comprovar assistindo os arquivos existentes dos dois noticiários e fazendo a análise comparativa.
O "Repórter Esso" privilegia a figura do âncora, além de dar amplo destaque as notas lidas pelo apresentador. Já no "Jornal Nacional" a linguagem é outra. Existem dois apresentadores que chamam matérias dos repórteres e complementam essas matérias com notas de roda pé ou notas curtas. Além disso, o JN invetiu em padronizão do texto e estética visual, coisa que até então não se fazia no telejornalismo.
Aqui no Brasil infelizmente os veículos de comunicação não deixam muito claro para o público qual é a linha editorial que defendem. E isso faz com que o telespectador se confunda ou pense que há algo relacionado a manipulação ou omissão noticiosa.
Um programa de 40 anos precisa se reinventar de tempos e tempos até para não perder audiência e cativar o público. Não estou defendendo o JN, só quero lhe explicar como ele atua, ok.
Depois quero ir lá ver o seu post sobre o assunto.
Abraço :D
Em minha leitura, há 40 anos o Jornal Nacional, filho da ditatura militar e inserido na ordem tecnobucrocrática capitalista, nos faz engolir diariamente a ordem social vigente sem compromisso algum com a realidade sócio-histórica no qual deveriamos estar inseridos. A rede Globo, como um todo, nos impõe discursos e valores consumistas, individualistas. Notícias humanistas? Jamais! Principalmente quando, ao lado das empresas transnacionais, ela demoniza movimentos sociais de caráter significativo no Brasil e os interesses do povo, que provavelmente não são da nossa burguesia. O JN é tendencioso, imparcial e enquanto grupo monopolista, freia a democracia brasileira e a democratização da comunicação. Sua ética e voltada aos interesses da elite brasileira e isso é muito claro pra quem lembra da eleição do Collor, os debates editados a favor do Collor, realização de telenovela em que o bomzinho tem o perfil de dele, entre outros. O JN nos torna, no meu ponto de vista, imbecis, ao modo do homer simpson (da mesma forma como o próprio Boner descreveu seu público). Nesse sentido, ao comemorar os 40 anos do jornal, deveriamos, ao inves de vangloriar toda a espetacularização que o jornal provoca (seus cenarios inovadores, uso da alta tecnologia) refletir sobre os efeitos provocados por ele e suas reais intenções bem como a forma pela qual as informações produzidas pelos grandes meios de comunicação são mercantilizados, verdadeiros produtos a serem vendidos, sem compromisso algum com o digno direito a informação, enquanto fonte única de cidadania e democracia.
ResponderExcluirOi, Bárbara!
ResponderExcluirGostei muito do tom acalourado do seu comentário por ser a síntese do que eu escutava na minha época de faculdade de Jornalismo.
Nâo que vc esteja certa ou equivocada, pq cada um tem o direito de ter uma opinião. Mas é o que comentei acima com o Erick: no Brasil os veículos de comunicação não deixam claro para o público qual linha editorial defendem.
Dessa maneira, muitas pessoas acreditam no mito da manipulação ou omissão noticiosa. O fato é que cada empresa tem o seu perfil. Cabe o telespectador - No caso do JN, decidir o que aceita para si como conteúdo informativo.
E fazer essa leitura crítica de uma notícia em um país com alto índice analfabetismo torna-se um imenso desafio para todo comunicador e/ou jornalista.
O fato é que não existe um veículo imparcial pq cada um segue um pensamento orientado pelo dono, pela política local ou pela publicidade. Não podemos ser ingênuos em acreditar que exista um veículo que não siga isso: todos seguem!
E o Jornalista, como profissional, tem que estar ciente disso quando vai trabalhar em determinado veículo de comunicação ou empresa, pois cada um defende um pensamento e tem uma visão a respeito do mundo.
Se vc não concorda com a linha do veículo X ou Y é uma coisa. Mas no mercado de trabalho as coisas são completamente diferentes, por isso sugiro que vc abra um pouco mais a mente.
Voltando ao caso do JN, como mesmo citei no post, ele teve (ou têm) os seus atropelos. Mas o fato é que o Brasil tem que se orgulhar de ter um noticiário há 40 anos no ar com identidade visual e linguagem original: isso é raro, ainda mais se tratando de TV aberta.
Se vc fazer um estudo de linguagem jornalística do JN nos últimos cinco anos vai perceber essa humanização das notícias que falei. Até bem pouco tempo atrás, os apresentadores e repórteres apenas informavam. Hoje eles conversam sobre a notícia e tem notas ou cabeças (texto lido pelos apresentadores) muito mais próximas da linguagem coloquial.
E isso tem que ser levado em conta, pois foi o primeiro telejornal nacional em horário nobre que topou o desafio de se humanizar e incentivar a participação do público por meio da convergência digital proposta pela internet.
Qual outro telejornal faz isso hoje na TV aberta que oferece conteúdo via internet na íntegra? O JN sabe da "concorrência" informativa da internet e está atento a isso.
É um telejornal com forte linguagem visual e editorial. Se vc ver uma matéria do JN e uma de outra emissora, sem a identificação prévia, sabe diferenciar esses dois produtos por causa dessa identidade que lhe falei, pois ela gritante.
Como jornalista e pesquisador de mídia eletrônica sempre convido os leitores do "Café com Notícias" ou amigos a fazerem essa reflexão. Todo veículo defende uma linha de pensamento vinda do dono, política local ou publicidade.
Não podemos culpar X ou Y por isso. O que podemos fazer como público é ler, ouvir ou assistir mais empresas de comunicação e sermos mais críticos em relação a notícia que recebemos.
Confesso que estou adorando os leitores se posicionarem de forma tão crítica, pois o debate desse assunto é uma prestação de serviço à sociedade.
Abraço :D
Não há dúvidas que o Jornal Nacional existe de uma forma muito presente na vida dos brasileiros há muito tempo, é uma espécie de tradição as oito da noite, porém como todo meio comunicação, ele também puxa a sardinha de quem paga o bagé.
ResponderExcluirgrande JN!!
ResponderExcluirLembro do brisola detonando geral com o direito de resposta dele.
Abraços
Wander,
ResponderExcluirExcelente post.
O Jornal Nacional é ícone do jornalismo brasileiro. Não estou comentando sobre ideologia, nem linha editorial, etc.
A questão é que o brasileiro liga e assiste o JN.
Logo, merece crítica, destaque e análise.
Adorei o blog.
Sds, Viviane.
Wander, o jornalismo global cada vez se consolida na produção e qualidade técnica de meu material. O justamente por saber da fórmula que deu tão certo que suas concorrentes seguem o mesmo caminho, inclusive na contratação de profissionais anteriormente ligados com a emissora.
ResponderExcluirValeu,
All3X
40 anos de adulteração de notícias e manipulação do povo brasileiro... Parabéns pro jornal!
ResponderExcluirO JN tornou-se uma espécie de veículo da versão "oficial" dos fatos. Tomar conhecimento dessas versões é quase obrigatório.
ResponderExcluirMas eu considero um jornalismo "asséptico", frio e constantemente manipulador das opiniões.
Só realmente gostaria que, de forma autocrítica, os programas de 40 anos tivessem citado o papel desse veículo durante o governo Médice.
ResponderExcluire o papel dele durante o debate entre Lula e Collor, em 1989.
Isso eles não fizeram. Sequer citaram as patifarias da ditadura que acobertaram, as manipulações e as contribuições para a derrocada da democracia.
Nunca vi um telejornal mais antidemocrático que o JN.
Abraço.
R%elamente o Jornal Nacional deu uma aula de jornalismo em seus 40 anos.
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